Este post deve ser grande e sem ordem certa. Mas seu conteúdo será interessante e fará pensar. Assim, larguem de ser preguiçosos e comecem daí de baixo até o final, passando pela seção "comentário" e deixando o seu antes de sair da Internet para meditar por algumas horas.
O sentido da vida
Você está sentado casa (trabalho/praia/restaurante/igreja/calçada/banco de praça) e se dá conta de que alguma coisa anda errado com sua vida, porque você não se sente realizado e plenamente feliz com ela. Vão dizer que pode ser por um sem-número de motivos, e estão certos. Podem dizer que é pelo estado atual do mundo, individualista. Estão certos. Mas é claro que sempre vai ter aquele motivo bobo que se esconde por detrás de todos esses e você não vê. Ou não quer ver, porque é bobo.
Aconteceu isso comigo. Não sei exatamente aonde foi, só sei que foi. E foi bem fundo, tocando lá naquele sentimento que sempre disse que nunca tive: medo.
É, Alê sente medo. Não sempre, não forte, não razoável, mas sente. Se negava, agora cansei. Isso está longe de ser a pior coisa do mundo, todo mundo sente por algum motivo. O meu é meu talento.
Na verdade, não é meu talento. É a dúvida sobre sua existência. De repente foi ele quem ficou lá na barriga da minha mãe, sem conseguir passar pela abertura constrangedora do parto natural. Daí meu irmão teria se aproveitado e pego. Posso ter esquecido no CI - Classe de Iniciação, pra quem não sabe - que fiz aqui em Jacacity. Sabe como é, ninguém se importa com os da Iniciação, deixei na sala junto com a merendeira e a tia nem percebeu. Quando acabou a aula, a moça da limpeza entrou na sala, pegou e jogou por cima do muro da escola pra o terreno baldio que tinha do lado. Preguiçosa! Ainda por cima acabou me prejudicando. Deveria colocar seu nome na boca do sapo.
Poderia ter deixado meu talento de lado pra jogar bola, meu vício de infãncia, adolescência e fase adulta, e depois nunca mais o ter visto. O que seria burrice. Ou um monte de outras coisas poderiam ter acontecido para eu perder o coitado.
Mas isso é bobeira, eu sei. Não que seja talentoso, isso só o tempo vai dizer. Mas sou esforçado, e com isso já posso conseguir uma recompensa mínima com dignidade. O que seria razoável para meu atual estado de não-trabalhador. Vulgo desempregado. E faria com que melhorasse meu humor, o moral e a auto-estima. Além de jogar um cobre pro bolso, que tá mais vazio do que igreja em final de Copa do Mundo.
Sinceramente, perdi o rumo do post. Mas posso terminar com algumas considerações - admitindo que, dessa história-revelação que contei vocês tenham apreendido alguma coisa:
1 - sozinho ninguém caminha;
2 - em grupos grandes ninguém caminha;
3 - se você tentar abraçar o mundo vai abraçar a lápide mais cedo (a não ser que vcê ache saudável estar na Internet às 5:40 de um sábado porque não consegue dormir, preocupado e pensativo - e com fome, acabei de perceber);
4 - dinheiro não traz felicidade, mas a falta dele traz tristeza;
5 - é fundamental você reconhecer seus vícios, mas ninguém precisa saber deles;
6 - nunca dê ouvidos para seus ouvidos - cansados, eles escutam muita coisa;
7 - deixar as coisas para cima da hora é terrível; quando não é culpa sua, ainda assim é terrível - com a diferença que é impossível resolver sozinho;
8 - se você está com dúvidas como estas, pode ser que elas tenham fundamento; prepare-se para o pior;
9 - todos têm algo especial para mostrar, mas é aconselhável procurar devagar para ter uma desculpa caso não consiga achar (a de ter procurado devagar, caso não tenham entendido);
10 - Deus existe, e a prova é colocar tantos obstáculos no seu caminho que te fazem ter a certeza de que, se estão aí, só Deus pode ajudar a ultrapassá-los. Isso se chama marketing pessoal.
Com isso acabo de descobrir também que fazer listas é difícil. Em todo caso, já preparo minha próxima: cinco músicas que certamente estariam na minha banda cover, eu cantando.
ps: sei lá qual é o sentido da vida. Espero que tenham chegado às suas próprias conclusões.
domingo, 30 de abril de 2006
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