sábado, 31 de março de 2007

gênio, rabino e duas gravatas periclitantes

Confortably numb
Pink Floyd

Composição: Waters And Gilmour

Hello,
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me
Is there anyone at home?

Come on now
I hear you're feeling down
I can ease your pain
And get you on your feet again

Relax
I'll need some information first
Just the basic facts
Can you show me where it hurts

There is no pain, you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
When I was a child I had a fever
My hands felt just like two balloons

Now I've got that feeling once again
I can't explain, you would not understand
This is not how I am
I have become comfortably numb

I have become comfortably numb

O.K.
Just a little pin prick
There'll be no more aaaaaaaah!
But you may feel a little sick
Can you stand up?
I do belive it's working, good
That'll keep you going, through the show
Come on it's time to go.

There is no pain you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move, but I can't hear what you're saying
When I was a child
I caught a fleeting glimpse
Out of the corner of my eye
I turned to look but it was gone
I cannot put my finger on it now
The child is grown
The dream is gone
And I have become
Comfortably numb.

Eu fui. E você?

***

- Excuse me, sir. May I see your bag?

-Desculpa, eu não falar inglês. Nem português. Só um mistura bizarra dos dois.

- Sir, may I see your bag?

- Lamento, mas eu não falar inglês! Eu ser rabino do Brasil. Ser importante e vou embora daqui!

O segurança toma a bolsa do rabino na marra. Abre enquanto ele esbraveja em sua língua rabina híbrida:

- Você ser um cretina desgraçada! Eu vou falar com minha presidente, ele vai declarar guerra a sua país!

- Sir, what it it? (gravatas, pra quem não leu a notícia)

- É... ser... isso ser... meu senhora, eu não saber bem o que ser isso, nem como parar no meu bolsa.

- Come with me, please. We have to tak in private.

- Solta meu mão, seu bicha! Você ser um cretina, um preconceituosa, um safada! Eu rezar pra minha Deus e Ela ferrar você! Seu família vai morrer e eu tomar toda sua dinheira, eu ser judeu!

E foi assim que um rabino repleto de histórias positivas e representante da classe judia no Brasil, líder de manifestações pelos direitos do homem e pregador de valores divinos, foi preso roubando gravatas.

Ao que parece, 28 milhões de judeus ao redor do mundo contribuíram para pagar a fiança de 3 mil dólares. Pra poder dividir bem o custo e não ficar pesado, se entrassem menos pessoas.

sexta-feira, 23 de março de 2007

"O bom do Brasil é o..."

brasileiro.

Obrigado, Alan, por me mostrar como nosso país é caipira. Apesar de que a gente sabe que aí não fica atrás...
***
E é o brasileiro de novo!

"O comando do trafico na Rocinha, no Rio, baixou uma serie de medidas para reduzir a atençao da imprensa e da policia. Estao proibidos furtos nas redondezas e tiros a esmo disparados por seus 'soldados', mesmo que sejam de brincadeira. Nota do Ancelmo Gois hoje no Globo diz que quem desobedecer tem que pagar uma caixa de muniçao, multa q significa uma despesa em torno de R$ 600 ou R$ 700."

No BlueBus

quinta-feira, 22 de março de 2007

A música do século


-Ôôô...

"...Obina é melhor que o metrô, Obina é melhor que o metrô, Obina é melhor que o metrôôô!"


ps: se um dia disserem que o Souza é o Jardel da Gávea, quero meu crédito. Falei isso ontem, no Maracanã, e todos concordaram e repetiram. Não roubem minha idéia!

quarta-feira, 14 de março de 2007

Acredite se quiser


E isso é apenas parte do absurdo...

Procura-se um inconformista

Às oito horas da manhã de um dia como qualquer outro, chego no ponto de ônibus com o mesmo cansaço e, provavelmente, a mesma cara de todos os dias. Não reclamo, mas também não agradeço. Não é ingratidão, é falta de reflexão. Parar pra pensar é pra quando dá tempo, deixou de ser uma ação natural para se tornar uma obrigação com horário marcado. Uma visita ao dentista.

Às oito horas da manhã de um dia como qualquer outro, um garoto de seus quinze anos – menos, provavelmente – está correndo atrás de um ônibus que o deixe entrar. Qualquer ônibus, qualquer direção. Para ele, isso é tão indiferente quanto o que ele vai conseguir vender lá dentro. Tão indiferente quanto o futuro dele. Tão indiferente quanto o que as pessoas pensam do seu jeito roto, do seu aparente retardamento e da sua condição social e financeira inferior.

Às oito horas da manhã de um dia como qualquer outro eu e ele nos encontramos. Ele nem percebe minha existência mas, por incrível que pareça, eu percebo a dele. Os papéis se inverteram, eu me sinto o deslocado. Sou um estranho, um insignificante. Só cheguei ao encontro não marcado com ele porque meu pai me deu uma carona até aquele ponto, razoavelmente distante da nossa casa. Só estou indo trabalhar no lugar que sempre quis porque tive educação, alimentação, saúde, apoio, escola particular, pai, mãe, casa, segurança. Ele chegou ali porque acordou cedo, porque se não vender amendoim e bala não vai ter o que comer, e se tiver pai e mãe esperando em casa vai tomar esporro – ou surra, vai saber – porque não ajudou a colocar o feijão na mesa, e vai escutar de longe o lamento de seus pais por terem um filho deficiente e não um jogador de futebol, pagodeiro ou avião do tráfico local.

As discrepâncias da vida são constrangedoras pra quem desvia o olhar para elas, e não delas. O peso de uma vitória admirada pela sociedade não se compara à vitória de quem consegue sobreviver em um mundo que espera enterrar o mais rápido possível os que não nasceram para disputar uma vaga de líder. Os milhões de olhos à espreita dos Josés e Marias são o Big Brother da vida real. Vacilou, é eliminado. Está for a do jogo, e pode chorar à vontade que seu lugar é ao lado dos perdedores. E de lá você não sai.

O garoto que vende bala de ônibus em ônibus às oito da manhã de um dia como qualquer outro é um deles. Sem jeito com suas limitações, cambaleando entre o orelhão e o meio-fio, procura onde deixar suas coisas. Busca um pouco do descanso que a vida lhe deve, e que unca vai receber. Na sua situação, só descansa morto. O que não faria diferença para os que estão ali e passam por ele como se fosse parte da paisagem. Ele é um enfeite feio que acabou no lugar errado, mas que daqui a pouco vai ser retirado para seu lugar de origem. De onde esperam que nunca saia mais.

Como eu notei e senti vergonha pela situação, sou um deslocado. Nada de indiferença, nada de salvamento. Estou compadecido da situação, que mais cedo ou mais tarde vai se descolar da minha retina e fazer parte de um passado distante, onde eu fazia parte da minoria que vislumbrava dias melhores. Utopia é peça de museu, e o destino do homem é ser como os outros: cego.

Enquanto enxergar a luz no fim do túnel, quero nunca me abater. Se existe um Deus no céu, é para Ele que peço desesperadamente para não me deixar endurecer, porque essa é a arma de quem manda. E quem lidera guia a massa para o abate, sem dó ou consideração. Não posso me deixar levar pela maioria, no meu dicionário ainda existe piedade, comiseração, empatia, esperança, perseverança. Meu pai dos burros é mais inteligente que o dos outros. Ou, ao menos, mais humano. Que eu tenha forças para seguir sempre em frente quando tentam me puxar para trás, para subir enquanto procuram me afundar, e para falar enquanto atitudes frias não congelam minha língua e meu coração. Se eu nunca mais encontrar aquele menino que representa o tempo em que vivemos, pelo menos deixo aqui a homenagem a quem fez acordar meu lado inconformista.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Festa no apê

Não, não rolou bundalelê. Tampouco era festa da bricolagem, como rola de vez em quando na Leroy Merlin. Era a festa da pintura, uma que você entra, faz um esforço descomunal, se caga de tinta e não acerta a mão direito.

Ainda assim é uma festa inexplicavelmente boa. Mentira, sei explicar, sim. É porque você etá fazendo uma coisa que vai levar para o resto da vida, um aprendizado que serve para suas próximas casas, para cada reinício de vida. E a vida são reinícios constantes.

Bom porque, quando eu estiver dentro do Viveiro (ou Queijo Prato, depende do ponto-de-vista), vou saber que ali tem minha mão e meu suor. Literalmente.

Mas não só meu. Também de pessoas importantes, amigos, companheiros e parceiros que estarão lado a lado pelo resto da vida. Afinal, amigo é um irmão que você escolheu. Namorada é sua companheira - no meu caso, pra vida. E pai, mesmo não aparecendo, todo mundo sabe que só tem um.

Por isso, vale a homenagem aos guerreiros e incansáveis - nem tanto - que estiveram em Copa, montando uma nova vida.


Os três mosqueteiros.


"Lá vai a biônica..."

E assim começa uma nova vida.

quinta-feira, 8 de março de 2007

"Amigo, eu nunca vi isso!!!"

"Então é isso, encerrou o assunto. Arnaldo disse que foi pênalti, mas que não era pra marcar."
Galvão Bueno

quarta-feira, 7 de março de 2007

Sábado à noite...

Trabalhei. Domingo também. E sexta tinha ficado até às 21:30.

Vale a pena?

A pergunta é: terá valido?

Daqui a uma semana, mais ou menos, saberei. Aí divido a façanha com vocês.

Torçam pelo seu atarefado amigo redator estagiário.

Continua...