Cheguei no meu limite. E quando você está no limite (não o programa), seja qual for o motivo, precisa de uma válvula de escape.
Já tentei várias. Infelizmente, elas estão na rua - salvo papel e caneta, que levo pra todo canto e vive salvando minha sanidade (um bloquinho de 5347 páginas que comprei perto do Natal já está na metade, cheio de poesias, inícios de contos e idéias em geral). Enfim, sei o que pode me salvar. Um violão.
Verdade, não toco faz muito tempo. Inclusive, deixei o meu em Jacacity. Verdade também que, depois de comprar um, vou tocar e abandoná-lo por certos períodos, pegando poeira e torcendo pra eu não estar com os dedos sem mobilidade - o que passa toda vez que me afasto. Mas nada disso importa, porque ter um instrumento ao meu lado ajuda no meu equilíbrio. Mais do que Actimel àquelas mães jovens dos comerciais. Fico viajando com ele (violão, não comercial) mesmo sem ser muito bom nisso, e esqueço o que está a minha volta. Exatamente o que preciso, apesar de ter mais coisas longe de mim que ao meu redor.
Infelizmente, não tenho grana pra um violão. Usado, talvez, mas os que encontrei são ruins. O mercado de trabalho espanhol continua ruim e daqui a pouco, quando voltar com carga total ao esquema "pasta debaixo do braço e sorriso de redator apátrida", vou ter que contar com muita sorte pra conseguir algo que me permita pagar mestrado, aluguel e um Fender 0km baratinho que vi numa loja. Mas é assim que a vida funciona quando você está longe de tudo e de todos, não é mesmo?
Queria escrever aqui sobre meu curta de terror que está competindo num site e precisa de votos, ou das minhas descobertas barcelonescas por estes dias, quem sabe até dos meus planos loucos. Mas minha mente foi dominada pelo desejo de ter um violão outra vez. E só consegui escrever sobre isso.
Fica a mensagem. Preciso de um violão.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
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Um comentário:
Curta de terror????????????
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