segunda-feira, 27 de junho de 2005

Esse cara é bom!

John Malkovich é oscambau, quero ser Chico Buarque.

"Chico Buarque foi eleito o 'Brasileiro do Século' pelo caderno literário do jornal Le Monde."

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Em entrevista ao jornal La Vanguardia, de Barcelona, o cantor Chico Buarque diz que 'a idiotice vem crescendo perigosamente' no Brasil nos últimos 15 anos. Faz a declaraçao respondendo a uma pergunta a respeito da busca pela fama no país, acrescentando que foi na década de 1990 que "começou a idiotice". Diz que muita gente no Brasil 'anda cercada de guarda-costas, sobretudo os famosos, porque ter guarda-costas te torna ainda mais famoso'. O cantor também ironiza na entrevista sua inclusao em listas dos brasileiros mais 'sexy' da atualidade - 'Isso é ridículo, esta lista é ridícula. Eu tenho 60 anos, você não está vendo?'. Reproduzido pela BBC Brasil e pela Folha."

Isso fora as músicas, fora os textos, fora a fama de galã aos sessenta. Esse cara, sim, é bom. E morte ao Caetano.

O que será que colocarei de homenagem...

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O que será que me dá que me bole por dentro
Será que me dá
Que brota a flor da pele será que me dá
E que me sobe as faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo me faz implorar
O que não tem medida nem nunca terá
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente que não devia
Que desacata a gente que é revelia
Que é feito aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos toda alquimia
Que nem todos os santos será que será
O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro será que me dá
Que me perturba o sono será que me dá
Que todos os ardores me vem atiçar
Que todos os tremores me vem agitar
E todos os suores me vem encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem juízo"

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