sexta-feira, 29 de junho de 2007
Ops
terça-feira, 26 de junho de 2007
Foi mal
"O prefeito de Salvador, João Henrique, (PMDB) conseguiu proibir judicialmente a rádio, site, blog e revista Metrópole de citarem indevidamente seu nome.
Caso desrespeite a decisão, a empresa deverá pagar R$ 200 mil de multa, segundo decisão da 2ª Vara Cível, Silvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho.
O prefeito entrou com recurso logo depois da publicação da primeira edição da Metrópole, distribuída gratuitamente, que usou uma caricatura sua na capa e abordou sua atuação na prefeitura.
A decisão impede os veículos da rede de publicarem "quaisquer alusão e referências explícitas ou implícitas, depreciativas ao nome, a honra, ao caráter, a intimidade, a vida privada e a imagem do autor ou ao cargo que o mesmo ocupa na Administração Municipal, ainda que tais alusões, referência ou imagem venham dissimuladas em personagem caricaturas, participantes, afiliadas ouvintes e outros"." (aqui)
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"Geralmente quando aqui se fala da violência que tomou o Rio de Janeiro, da qual está vivo bárbaro exemplo no assassinato do menino João Helio, bom número de leitores localiza nas favelas, nos negros e pobres a origem de todos os males.
Alvo fácil para as propostas de sempre: remover essa gente, passar o trator, dar-lhe casa bem longe, na periferia, mas com ônibus para que possa continuar sendo doméstico, pedreiro, encanador e (por que não?) traficante, desde que suas balas perdidas só sejam achadas por seus iguais.
São opiniões respeitáveis, como todas as que aportam neste blog. Talvez delas se possa extrair destino para os cinco jovens que encheram de pancada Sirley Dias de Carvalho Pinto, 32 anos. Ela esperava um ônibus de madrugada numa das áreas mais abonadas da Barra da Tijuca." (e por aí vai, aqui) Ou seja, se fossem velhos, ou desempregados, poderiam ir presos. Talvez se fossem favelados. Pelo menos pobres. Talvez isso seja tão injusto quanto prender um policial - ou coisa que o valha, já que a maioria é tão bandida quanto bandidos estabelecidos, só que com carteira assinada - por matar um aposentado na fila de um caixa eletrônico. Fila, aliás, que ele queria furar. Talvez por precisar correr de volta à delegacia para fazer alguma justiça.
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"Os apresentadores Vesgo (Rodrigo Scarpa) e Silvio (Wellington Muniz) foram barrados da festa de lançamento da novela Sete Pecados, organizada pela Globo no último domingo dentro do Second Life. Diversos fãs foram também expulsos do local por fazerem a "dança do siri", de acordo com o blog de Vesgo." (pra quem ainda não viu, aqui - valeu, mô)
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Depois desse combo, o que eu posso escrever? Estava vendo o jornal quando o pai de um dos garotos apareceu em cena. Literalmente, porque ele só podia estar atuando. Ou quem diz que "gostaria de pedir desculpas à ela, mas é necessário ver que seria uma injustiça manter jovens, estudantes, que trabalham, presos".
Será que vai passar a ser natural espancar quem você acha que merece? "Putz, achei que era gay". "Ih, jurava que era cearense". "Caramba, e não era Maria o nome dela?!".
Entramos na cultura do "foi mal".
Foi mal, mas isso eu não aceito. Ou a gente começa a mudar ou nosso país vai ficar (cada vez mais) um inferno. E eu quero demais ajudar o país, mas se achar que não tem jeito vou embora.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Esperem amanhã
Nada disse tem importância. Hoje à noite, sim, vai ser boladão. Amanhã eu conto.
sábado, 16 de junho de 2007
A propaganda é a alma do negócio
Não postei antes porque minha semana foi deveras corrida. Vejam bem, até portifólio novo eu tenho. Bonitão, boladão, com peças da DPZ, mas ainda faltando títulos únicos que falem por si só, sem necessidade de texto. Pois é, nem tudo é perfeito. Mas já é um bom começo.
Comecei oficialmente a temporada de caça à vaga de redator jr.
Enquanto a vaga não vem, observo com mais tempo os fatos do mundo, como a queda de qualidade da propaganda. Ou escândalos que envolvem políticos, vagabundas diplomadas e dinheiro por fora. Como esse assunto já encheu, falamos de publicidade.
Quem viu alguma vez o comercial do Pedrinho querendo cagar na casa do amigo, levante a mão. Quem quis matar o Pedrinho, a mãe dele e todos os que participaram desse atentado à inteligência levantem a mão com uma pistola.
Deus, será que tem gente tão imbecil assim no país? "Mãe, eu quero fazer cocô. Mas eu quero fazer na casa do Pedrinho!" é uma das coisas mais idiotas que já produziram por esses anos. Se tem gente que ganha dinheiro pra fazer isso, em algum lugar do país eu poderia ser um diretor de criação com um salário exorbitante.
Maldita desigualdade de oportunidades!
E por falar em mongolices, recebi uma carta do Credicard Citi. Claro, é pra eu fazer um cartão. Apesar de já ter um deles, o que mostra o tamanho da desorganização dos cretinos - nem tiram da lista de mala direta quem já tem o produto deles.
Mas o pior é o texto. Explica passo-a-passo as vantagens de se obter o cartão. E diz exatamente que "eu escolho uma data de vencimento (com asterisco dizendo que depende deles também) e todo mês pago nesta data". Não é incrível? Eu escolho uma data para pagar e, como benefício, eu pago na data que escolhi!
Sério, burrice tem limite. Ou não, no caso deles.
Pra fechar a postagem estilo "socorram a propaganda", fica a dica. Lá embaixo tem dois links. Uma é pro Buzina Louca, blog do professor e amigo Eduardo Barbato. Vale conferir pra ver o que acontece de melhor na propaganda mundial. E logo abaixo tem o blog da vovó danada, com o que acontece de pior nos bastidores da propaganda brasileira. Preparem seu estômago e divirtam-se.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Only you...
De mutantes, já bastam os X-Men.
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Hoje de manhã eu estava aqui, tentando pensar em títulos (imagens, conveitos, aquilo tudo), quando algo excelente me veio à cabeça. Infelizmente não tinha nada a ver com o trabalho, mas ainda assim gostei bastante. E compartilho com vocês.
Um apelido legal para anão seria 1/3, né? Um terço. Um terço de parede.
Pode até ser humor negro. Mas que é legal, isso é.
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Apesar das várias passagens aparentes na Ponte, parece que só minha-pequena-que não-posso-falar-o-nome-aqui estaciona suas idéias por essas bandas. Oh!, triste sina de uma via de idéias, caminho de mão única para a morte infinda de pensamentos prodigiosos.
Enfim, obrigado, mô. O título dessa postagem foi para você.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Medo
Alan e eu nos divertimos muito, conhecemos gente legal, viajamos juntos pela primeira vez, e tudo começou aí; de qualquer jeito, rever isso dá medo.
Mas se querem saber, faria tudo de novo com um sorriso infinito. E aposto que ele também.
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Leia o livro, vá saber...
Hélio de Almeida Fernandes, meu professor, orientador e, acima de tudo, amigo, fez a noite de autógrafos por sua nova publicação na livraria do Unibanco Artiplex, em Botafogo. Um espaço muito bom, diga-se de passagem. A não ser que o povo alternativo-cult-descolado-quase-emo te incomode. Aí, vai pro Caldeirão da Via Show.
Enfim, lá estava o Hélio com seu Epístolas ao Peixe e sua impressionante disposição, semi-sorrindo para fotos, assinando cópias e mais cópias e conversando com qualquer pessoa que se chegasse. Carminha, sua esposa, estava lá. Claro. Uma das senhoras com mais disposição que eu já vi. Andava de um lado para o outro, uma perfeita anfitriã. Se cordialidade valesse dinheiro, ela compraria o Eike Batista e mandaria ele lustrar seus sapatos com as bochechas.
Os dois estavam acompanhados de seus filhos, netos, parentes cuja relação não entendi muito bem e uma legião de amigos, colegas, fãs e afins. Estava cheio, o que deve ser difícil em um país como o nosso, repleto de escassos leitores. Entre essas pessoas estavam ainda meu pai, Alan e Señor Almeyda, prestigiando junto comigo.
Obviamente comprei o livro. Obviamente ele assinou, o que transforma esse no terceiro autógrafo da minha vida – o segundo dele, já que nunca me importei com assinaturas. O que vale aí é a amizade, não uma histeria pelo nome alheio escrito na publicação.
E só para saberem, o primeiro foi de um autor que não conhecia, mas era garoto e o professor incentivou a ir pegar seu autógrafo. Quase obrigou, na verdade. Coincidência ou não, foi um dos raros livros na minha vida que reli. Duas vezes. Então deve ser bom.
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Por um acaso, esta calorosa noite de recepção e demonstração de amizades foi uma das mais frias do ano. O dia, que já tinha batido recorde (pra mim) ao marcar míseros 19º 13h30 em Ipanema (!!!), chegou aos 16º às 19h40, na praia de Copacabana.
É como diz a música. “Moro num país tropical / abençoado por Deus / e bonito por natureza”.
Aliás, vamos falar da parte de ser abençoado.
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Reza a lenda-piada que Deus, ao escolher o que colocaria de catástrofe em cada país para equilibrar a criação do mundo, escolheu furacões nos EUA, terremotos no Japão, vulcões na Itália e políticos no Brasil. Acho que Ele exagerou na dose.
Vejam bem: no Japão, dois políticos acusados por irregularidades – acusados, não condenados – se suicidaram. Inclusive, na foto do enterro de um deles, a viúva sequer chorava. É a vergonha da desonra.
Na China, vira e mexe condenados por corrupção são mandados pra cucuia. A bola da vez é um fulado que recebeu 850 mil Tio Sans por uma coisa qualquer que não lembro. Aliás, eles estão endurecendo penas para pessoas de cargos públicos que forem pegas em seus erros: perda do cargo, expulsão do Partido Comunista e coisas mais.
E aqui? Ah, o Brasil tem um povo, amigo, solidário, tranqüilo e receptivo. Verdade: recebe muito bem quem mete a mão nos cofres públicos, quem sonega, rouba e atrasa nosso desenvolvimento. Colocou uma gravata, é doutor. E virou doutor, liberou geral.
É triste. Desanimador, na verdade. Outro dia discutia em sala (infelizmente, ainda preciso ser aluno) essa situação, e a professora disse que o brasileiro não quer saber das coisas. Não quer que mudem, muito menos vai se esforçar para isso. Estou cada vez mais inclinado a concordar. Enquanto isso, o Brasil caminha a passos largos para a beira do abismo. Ou o fundo do poço, o fim da linha ou qualquer outra analogia que vocês prefiram e represente bem nosso atual estado de degradação.
Mas “o bom do Brasil é o brasileiro”, não é verdade?