Considerem isso um guia de variedade cultural da capital catalã. Assim, quando vierem (ou voltarem) aqui, saberão o que encontrar e poderão se preparar pra qualquer situação. E atenção à equação: a ordem dos povos não altera a post.
Brasileiros
Não tem um dia que eu saia de casa sem encontrar vários. Grupos, obviamente. É impressionante como nosso povo viaja, independente de crise financeira, desemprego ou o que for. Eu queria saber que Brasil é este, pra me mudar pra lá.
Vale a pena evitá-los, a não ser que você esteja se sentindo só ou queira falar português. Porque existe um ímã verde-amarelo que simplesmente não dá pra desligar. Uma vez feito contato, vocês vão se esbarrar em todas as esquinas do universo.
Marrons
Primeiro: não são os parentes da Alcione. Segundo: essa classificação não é preconceito. É apenas pra facilitar o “reconhecimento de grupo”.
Em sua maioria, africanos são negros, europeus são brancos e asiáticos são os que andam com câmeras penduradas no pescoço. Mas existe um grupo, normalmente imigrantes-não-turistas, que tem um biotipo característico. São compostos basicamente por indianos, paquistaneses, marroquinos e o que os Simpsons já chamaram de “miscellaneous”. A única diferença entre eles é o bigode, mas ainda não sei dizer quem é quem.
Eles têm apenas das expressões: cansaço/tristeza e desafio.
Cansaço/tristeza – são os que parecem ter jogado a toalha. Sabem que não vão mudar de vida ou ser mais respeitados, que continuarão sendo olhados com desconfiança e nada do que fizerem vai mudar isso.
Desafio – sabem de tudo isso aí de cima, mas parece que, se não é pra serem respeitados, querem ser temidos. Variam entre a cara de mau e a de desdém. Toda vez que você passa por eles, acha que vai ser linchado.
Como estes dois tipos só andam em grupos grandes, tenho a forte sensação de que os figurantes de “Quem quer ser um milionário” se mudaram pra cá depois de ganharem uns trocados com o filme.
Turistas
Estamos no outono, Barna não é a cidade mais barata do planeta e, ainda assim, as ruas estão sempre lotadas deles.
Dizem que aqui era um lugar horrível, e que as Olimpíadas de 92 é que promoveram tantas mudanças. De um lugar em que mal dava pra chegar à praia (segundo os próprios catalães), hoje este é um dos principais destinos turísticos do mundo.
Espero que o Rio siga o exemplo. Há muito o que se fazer na cidade maravilhosa pra que ela mereça de fato este apelido e, se não for agora, eu sinceramente não sei quando vai ser.
Barcelona é a prova de que turista rima com competência. Metaforicamente, mas rima.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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