terça-feira, 23 de agosto de 2005

Notículas

Primeiro as bobeiras:

O Fenômeno (com o rol de conquistas dele, tinha que colocar esse apelido aqui) deve contracenar com o Garfield no próximo filme do gato. Daí andei me perguntando...

Ele é bonitão, um galã de cinema? Não.
Ele é talentoso, um Lima Duarte do subúrbio? Não.
Ele é amigão do pessoal de Hollywood, parceirão de festas e com comentários pertinentes sobre o mundo do entretenimento? Muito menos.

Isso me faz ver que o mongolismo é uma doença de caráter universal, e que ser troncho não é coisa de farofeiro brasileiro. Imaginem o nível de um filme de um gato computadorizado (engraçado nos quadrinhos, mas o Quarteto Fantástico também veio de gibis) com um jogador de futebol feio batendo bola. Se era para chamar alguém dentuço, que fosse a Mônica. Pelo menos ela é desenho, e seria bem mais talentosa do que o Ronaldo.

Hoje consegui a façanha de, para pegar um ônibus com ar-condicionado para vir para minha querida Terra do Nunca Jacacity, andar todo o trajeto do 268 até a Presidente Vargas. Isso quer dizer que eu, que estava no final da Rio Branco, andei até o Largo da Carioca - por dentro -, e caminhei da Rua da Assembléia até o meio da Presidente, passando pela Praça Tiradentes e oscambau. Digo que isso não foi muito inteligente, porque fiz um trajeto umas quatro vezes maior do que o necessário.

Como desculpa tenho que estava sem café e almoço, mantendo minha sanidade com balas de eucalipto. Isso encarando uma hora de fila na Varig, e descobrindo neste exato momento que errei lá e vou ter que trocar de novo o bilhete.

Posso dizer que estou cada vez mais preparado para minhas andanças surtadas, que espero realizar com gosto e sem noção nenhuma, pelo querido Continente Vovô. Como parte do treinamento já dormi nove horas em três dias, passei praticamente um dia sem comer e andei quilômetros desnecessariamente. Agora só falta aprender russo e tô no ponto.

Agora coisas mais sérias:

Fiquei sabendo através de minha mãe - noticiário ao vivo de assuntos relacionados à violência, drogas e vaciladas de terceiros - que a polícia está descobrindo um monte de gente famosa relacionada ao tráfico. Divulgaram uma história, confirmada a partir de escutas telefônicas, que uma artista famosa que namora o Bem-te-vi foi para uma festa de seu rival pelo comando do tráfico levando uma amiga modelo famosa, e como se não bastasse isso cheirou até a mãe lá e ganhou três mil (assim como a outra), para trair o bicho voador. Claro, artista famoso é sinônimo de Globo, o que faz com que as pessoas nunca sejam conhecidas - no máximo punidas internamente com uma geladeira de dois anos na Malhação, a Sibéria da emissora. Mas será que esse negócio de involvimento de famosos com traficantes ainda surpreende alguém?


Nnnnnnnnão...

Pois é. Além do mais, é como diz o ditado: passarinho do tráfico que come pedra de crack sabe o assento que tem.

Outra coisa que preciso falar sobre não é coisa, é uma pessoa. Marilena Chauí. Não sei onde está o link, mas quem for procurar no Globo de hoje vai achar, na parte que fala sobre o Brasil (quer dizer, na seção "matem o governo" do jornal).

Quando tive aula de Ética na Publicidade, meu professor falava dela como uma deusa. Babava por seu vídeo, e não conseguia enterder o porquê de tamanha admiração. Afinal, ela é tão bonita quanto uma ema deformada. Mas lendo seu discurso entendi.

Finalmente uma voz consciente no meio da bagunça que estabeleceram no país. O período de caça às bruxas recebeu uma voz diferente da maioria. Alguém que não concorda com o que foi feito mas não concorda com o "massacre", como disse muito bem o Veríssimo na coluna de ontem.

Aliás, o que está acontecendo com o Globo? Colocou duas vozes que falam diferente do que ele quer? Estou começando a ficar assustado. Só falta eu voltar e encontrar um caderno especial sobre o candidato favorito nas pesquisas, Zé Maria do PSTU. Aviso que se encontrar isso volto para lá na hora! Nem pego minhas malas, vou viver cantando fado na Romênia.

Enfim, isso não importa. Leiam Marilena Chauí e aprendam a não dar ouvidos ao que 99% dos veículos de comunicação dizem. Mesmo que concordem com eles, escutem o outro lado. Ou vão ficar surdos do ouvido esquerdo.

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