Primeiro o bom. Domingo fui à formatura da Rachel, publicitária UFRJóloga, na Casa de España, em Botafogo. Sinceramente eu nem queria me formar, mas agora me sinto tentado a isso. Tudo muito bonito, tudo na amizade, mas o mais legal foi o hino.
Vocês devem ter passado pela experiência de ter que cantar o hino nacional ao menos todas as segundas, enquanto estavam no primário. Formavam fila por ordem crescente de tamanho e entoavam bonitinhos, em alto e bom som, todos os versos. Isso sem fazer nenhuma bagunça nem bater palmas.
Tudo bem que nem todo mundo aprendeu isso - tanto que boa parte das pessoas que estavam na formatura aplaudiram -, mas é bonito ver que existe gente que conhece a letra. E, para ser sincero, ouvir o hino ainda me emociona. Continuo cantando tudo alto e sem errar nada. Nem confundir "Brasil, um sonho intenso, um raio vívido" com "Brasil de amor eterno seja símbolo", coisa que 99,17% das crianças faziam. Não digo adultos porque tenho reparado que os afazeres dos mais velhos fazem que que eles esqueçam coisas "menos imporantes". Como essa letra, por exemplo.
Isso, sim, é ser patriota. Pelo menos eu penso. Acho muitomais importante saber cantar o hino que representa a nação a xingar argentinos porque eles colocam o coração em tudo que se rfere à pátria, por exemplo. Apesar de gostar tanto de argentinos quanto de paulistas-padrão, isso eu tenho que admitir...
***
Segunda fui almoçar com os abilidosos e os estrelados, e comi feito um porquinho desorientado no rodízio de massas. É bom ver que é possível fazer amizades de verdade em pouco tempo de convivência. De quebra, ganhei um freela no mesmo lugar de onde fui ido, o que vai ser muito útil para minha combalida finança pelos próximos meses.
Como se não bastasse, comi feito um urso prestes a hibernar em outro rodízio de massas, à noite. Dessa vez com a turma da UFF, grandes comunicólogos eamigos - dos melhores que eu tenho. Isso depois de fotografar em PB e badernar mais uma vez com o pessoal da formatura, que já deve estar de saco cheio de mim. É bom ver que dá para ter amizades em vários lugares diferentes.
Mas o fato de eu fazer amizades facilmente não deve se dever a uma possível cara de trouxa, que pessoas lá da Buenos Aires 93, 103 (loja de fotografia) devem ter visto em mim. Como alguém em sã consciência trocaria uma máquina manual sem fotômetro por um cartão de memória para a digital? Ou acreditaria que uma Nikon FM2 que custaria 1800 troços seria vendida, apenas por um belo par de olhos castanhos, a 1200? Ou que eu trocaria minhas duas máquinas - digital e manual - por uma FM2 usada?
Deus, será que estou encolhendo e não percebi? Será que tenho cara de criança? Ou será que eles têm um espírito aproveitador aguçado? Seja como for, só queiram ir lá para atirar a esmo e acertar um cara mais velho com cara de pilantra. No saco, para doer muito, e depois dizer que é por tentar enganar os outros.
***
Leiam e aprendam a cantar. Joaquim Osório Duque Estrada teve trabalho para escrever essa preciosidade. Copa do Mundo vem aí, pelo menos.
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito à própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza!
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado o sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.
Ó Pátria amada,
Idolatrada
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula:
Paz no Futuro e glória no Passado!
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme quem te adora a própria morte!
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil
quarta-feira, 3 de agosto de 2005
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