Admito que sou um tipo, digamos assim, peculiar. Minha hiperatividade, minha falta de necessidade de sono (estou virado - mais uma vez; e sei que pode ser prejudicial no futuro, mas no presente é necessário, o que faz com que isso nao venha ao caso), minha forma de lidar com as coisas - boas e ruins. Mas este ano me fez pensar em muita coisa sobre esse meu jeito. E ainda nao me ajudou a chegar a nenhuma conclusao.
Vamos analisar genericamente, talvez sirva para vocês também. Você sabe o que te faz realmente feliz e realmente triste? Sabe dizer "sim" e "nao" na hora certa, quando se faz necessário? Sabe manejar coisas que vao contra a sua vontade, atitudes que estao em desacordo com seus princípios, pensamentos controversos? O que você gosta e o que nao gosta?
Tenho percebido que muitas dessas coisas sao deixadas de lado, que a gente nao se conhece de verdade. Eu, pelo menos. E este tempo longe está me clareando as idéias. Minha mente está se organizando, mostrando a ela mesma como deve ser minha vida. Inclusive, muitas das coisas que devo fazer e como se estabelecem prioridades.
Claro, posso estar errado. Mas quando você pensa na possibilidade de estar enganado diminui consideravelmente as chances de acertar. Veja bem, nao digo nao pensar que pode dar errado, porque é sempre bom estar preparado para tudo. Mas é importante acreditar que tudo o que você faz é por um motivo que tende a levar a um objetivo satisfatório, uma vitória importante para sua vida. E é assim que tenho visto este tempo longe do Brasil.
Sinceramente, sei o que vai acontecer aqui na faculdade, sei o que vai acontecer em Sevilla, sei com quem vai ser bom manter contato das pessoas que conheci aqui e quem vai se tornar (ou já se tornou, nao vem ao caso) amigo de verdade, daqueles que você faz o possível e o impossível para ver bem sempre - como procuro fazer e como os vários amigos que tenho na terra adorada, sei cada vez mais o que quero e nao quero, gosto e nao gosto, e acima de tudo aonde quero chegar na minha vida. E nao vou medir esforços para alcançar tudo pelo qual tenho lutado tanto. Mas sei que posso conseguir e sei que vale a pena.
E meu tempo de autoreflexao nesta viagem vai atingir o ponto máximo daqui a um pouco de tempo. Quanto menos tempo tenho, mas quero e sou obrigado a fazer um balanço da minha vida. Espero que meus cálculos estejam certos e que ela esteja realmente pendendo para o lado positivo.
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Digo isso para que todos possam pensar o quanto se conhecem. Ainda somos jovens e temos tempo de mudar tudo que nao queremos em nós.
A gente tem várias vidas, mas só vive uma de cada vez. Aproveitem essa.
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Meu plano-sonho europeu segue firme e forte. Mochilao Quéchua de 70l a 64.90 euros, luvas a 4.95 e gorro a 6.50. Com o cartao de memória a 50, está praticamente fechado o kit básico de projeto. A ver.
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Deixei por último um trechinho do email de Natal que recebi de Alexandre, meu sogro, pai da minha pequena. É sempre bom ler algo tao animador, que te incentiva tanto, já que nem todos sabem da importância disso. Enfim, aprendam uma coisa. Quem te valoriza merece ser elogiado.
Obrigado, Alexandre, por tudo. E Celinha também. Inclusive, e principalmente, pela minha pequena linda.
"(os gregos) precisavam antes viver aventuras extraordinárias, passar por grandes privações e dificuldades para, preparados, produzir grandiosas façanhas, alcançar excepcionais vitórias."
Nao sei até aonde vou poder chegar, tudo o que vou poder fazer, mas este é o caminho que tenho seguido. E é a confiança dos que amo que me fazem ter força para passar por dificuldades, como sempre foi na minha vida. E que me fazem superar todos os obstáculos, como tenho conseguido.
Obrigado a todos os que realmente estao ao meu lado, e tenham a certeza de que vou continuar sempre ao lado de vocês. Para tudo. Como um amigo de verdade.
terça-feira, 27 de dezembro de 2005
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