De uns dias pra cá, só se fala na visita do Papa ao Brasil. Parece o Pan do Rio, que 15 em cada 10 veículos de comunicação citam ininterruptamente. Depois criticam os brasileiros, da pátria de chuteiras.
Na verdade, somos a pátria da oportunidade. Se derem uma chance, um motivo qualquer para fugirmos dos assuntos principais, então “vamos que vamos”. O Bento tá chegando? Então que se dane política, ciência, violência e até o Pan 2007.
Não sei se é porque não sou católico, mas ver o Papa não é nenhuma coisa mirabolante. Você fica lá, esperando, ele aparece na janelinha, dá um tchauzinho, fala em 28 línguas que não o português e vai brincar de paintball com sua farda nazista, depois. Pra ser sincero, nem sei qual Papa eu vi. Se foi o JP – II, não Morgan – foi legal, senão, não. Vai que ele ficou lá de cima mirando "aquele neguinho mulambento do terceiro mundo"?
Mas como nem tudo são flores papais, sempre rola um papo de violência. Seja pelos 182 milhões de seguranças para a santidade, seja pelas vítimas da violência no Rio “do Pan do Brasil”. Aí sempre rola aquela passeata da galera da Zona Sul, que se veste de branco, pede paz no calçadão e vai fumar seu baseado comprado junto ao traficante, lá no pé do morro. Taí a movimentação de domingo que não me deixa mentir, em Ipanema, com participação até do Minc.
(ps: Minc, pára de falar besteira e trata de esconder sua plantação de maconha no quintal de casa, porque ela ainda é proibida e seria ridículo um secretário estadual ir preso por cultivo de drogas)
Então os moradores da Vila Cruzeiro, do João ou de sei lá aonde na Penha foram às ruas protestar contra a ocupação do morro? A polícia está errada em reprimir? Tá certo. Vai pedir paz ao manda-chuva da área, pra ver se ele não vai te encher de bala. E de revólver, não da Juquinha.
Tenho pena deles, que provavelmente são obrigados a fazer isso. (quem já foi lá, conversou ou conviveu com esse pessoal sabe como é a lei do morro) Mas me irrita ver os jornais e algumas dessas ONGs comprando a imagem. Poderia ficar argumentando eternamente pra desmontar as justificativas deles, mas como isso me dá ódio prefiro mandar todos pro inferno. É mais simples e poupa tempo.
E vida longa ao caveirão, que impede os PMs com coletes vencidos e calibres .38 de tomarem granadadas da bandidagem. Se eu fosse eles, colocava jornalistas e a galera do Viva Rio de escudo humano. Aí quero ver reclamarem. Até porque, morto não reclama.
Mas chega de críticas. Depois desse corte nas postagens regressivas, voltarei à programação (a)normal. O próximo texto vai ser sobre programação cultural de qualidade – ou não. Confiram e planejem melhor seu próximo final de semana.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
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