Eu comecei a planejar essa postagem dias atrás. Como não fiz nada antes, esqueci o que ia escrever. Ou seja, mentalmente vou começar tudo de novo. Se alguma coisa não fizer sentido... Bom, dane-se.
O início da minha semana foi de trabalho razoável. Saí segunda 0h, por causa de uma concorrência. Era pra quarta, mas terça 19h o dono da agência diz que brifou errado. Saí às 21h, razoavelmente irritado. Mas isso não foi nada: saí quarta às 2h15 e quinta às 4h30.
Pelo menos eu não fui trabalhar sexta, e ganhamos a concorrência. Agora vamos ver se finalmente aumentam meu salário, porque vai entrar uma grana forte por lá.
Agora vamos ao que interessa.
Sexta era o dia de um show que eu esperava há muito tempo. Radiohead finalmente viria ao Brasil. E ainda ia ter Los Hermanos antes. Mas aí, minha pequena ficou mal e o negócio ia ser só com os gringos, mesmo. Lá fomos nós quatro (sim, tinham mais duas pessoas), chegando a tempo de ouvir "we are the robots" e outras coisas mais de Kraftwerk. Interessante. A galera devia estar viajando horrores com aquelas luzes e sons bizarros - com certeza tinha gente na onda de ácido e afins. Bom, que se dane. Subimos - como eu disse, estava com a minha pequena, um lugar alto era fundamental - e ficamos na expectativa.
(pausa: vou narrar tudo em primeira pessoa. Quero falar da minha impressão, e assim é mais fácil; quem quiser que escreva seu próprio texto.)
Eis que as luzes se apagam. E entra aquele povo estranho da banda, liderados pelo Tom Yorke. Aliás, se ele fosse brasileiro, com certeza moraria em Copacabana, iria toda sexta à Fosfobox e faria cinema na UFF.
Vou pular as músicas que não conheço, e vou seguir a ordem que lembro. Sei que rolou Airbag, There there, Karma police, Just e Creep fechou o show. Aliás, realmente um show. Vários momentos emocionantes, viajantes (pelo menos umas 3 vezes me peguei olhando pro céu, com a visão periférica naquelas luzes loucas que passavam nos tubos do palco e ouvidos ligados na música) e muito, muito valiosos. Daqueles que não se esquecem nunca. Depois de Roger Waters, um dos melhores concertos que já vi na vida. Inclusive por tanta coisa que passava na minha cabeça, e que só vou conseguir organizar pra explanar em breve.
Nem lembro quanto foi, mas valeu cada centavo.
Aí, sábado minha pequena foi pra casa (tava realmente mal, e achei bonito ela não querer arriscar passar virose pro pai em recuperação) e fiquei em Jaca. Resolvi ir com Alan ao cine, ver Watchman. E valeu pra fechar o fds cultural.
O filme é doido. Muito. A história é complexa. Muito. Mas é cheio de argumentos interessantes, que valem reflexão sobre coisas que você acredita. Sobre como consertar o mundo, se é que você tem essa ambição. Eu tenho. E, de quebra, ainda tem uma das melhores aberturas de filme que eu me lembro. Tão boa quanto Senhor da Armas (Guerra). E que se desenrola enquanto toca Times are a-changin', do mestre Bob. Fora o resto da trilha, que tem até Jimi Hendrix. Fora sei lá mais o quê, que já tô todo enrolado escrevendo um monte de coisas enquanto fico revoltado com o Flamengo tomando sacode do timeco do vasco e penso no que ainda tenho que fazer hoje.
Enfim, se você tem 2h40 livres e está com disposição de ver um filme cabeça com linguagem visual excelente e bem doido, vá ver. Vale cada centavo. E serão bem menos centavos que o show do Radiohead.
domingo, 22 de março de 2009
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Um comentário:
AHHHHHHHHHHHHHHHH
RADIOHEAD É FODA!!!
E como você esqueceu de mencionar Street Spirit???
E sim, realmente eu tava mal... cruzes! Isso foi o único ponto negativo da festa...
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