sexta-feira, 30 de setembro de 2005

Rá!!!

Meu irmao tirou 92% (eu disse noventa e dois por cento) no Enem, vulgo Exame Nacional do Ensino Médio (sei que é o contrário, mas que se dane).

Minha namorada passou no mestrado da UFF, ficando em quarto lugar.

Dois motivos e tanto para me animar aqui, nao?

E ainda bem que eles sao inteligentes, imagina dependerem de um cara que começa a entender as aulas agora?
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Nunca vi uma estrutura tao maravilhosa. Cada dia que venho para Isla de la Cartuja, onde estudo, fico mais embasbacado. Sabia que a Facultad de Comunicación tem alguns milhares de títulos em DVD, Digital e VHS para assistirmos em várias salas aqui mesmo ou levar para casa?

Isso lembra alguma faculdade do Brasil? Claro que nao, porque aí isso nao existe. Mas também, porque uma faculdade de comunicaçao deveria ter filmes e documentários disponíveis para seus alunos?
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Nao sei como meus amigos estao pelo Brasil. Na verdade, ninguém me manda notícias. It makes me a sad panda... Gente, nao é porque eu sou o isolado da galera que nao quero saber de vocês, tá?

Aliás, justamente por ser o isolado que quero saber de vocês.
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Ontem vi uma parada muito doida aqui. A maior avenida do bairro ao lado de onde eu moro fica fechada, com um milhao de policiais, para os estudantes. Uma espécie de Cantareira (para quem conhece), só que várias vezes maior. E nao rola absolutamente nada.

Acontece o seguinte. Os milhares de estudantes daqui vao para lá e bebem. Bebem. E bebem mais. Na verdade é exagerado, mas essa parece ser a diversao principal daqui: beber.

Nunca vi povo trabalhar tao pouco. Deve ser por isso que todo mundo da Comunidade Européia injeta dinheiro na Espanha. Porque eles nao conseguem ganhar sozinhos. Depois todos ficam boladoes noróticos com eles e eles ficam com a habitual cara de bunda, tirando onda de playboys aproveitadores da vida. Mas isso é papo para o próximo post.
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Só para frisar: parabéns Alan e Carol, as duas pessoas mais inteligentes que eu conheço. E olha que conheço muita gente. E nao quero menosprezar os demais, mas eles continuam me imnpressionando.

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

E o tema de hoje é...

Capacidade de adaptaçao

Pois é, como vocês já devem saber, passei uma semana e meia sem casa, sendo que uma semana no albergue, pulando de quarto em quarto, e meia na casa dos meus amigos de Sampa (mas ainda nao aceito "desencana"). Agora vou para meu apartamento lá perto deles, e quem quiser depois dou até endereço. Mas esse nao é o tema.

O lance é o seguinte: passamos dias andando pelos quatro cantos da cidade - e no meu caso nao é exagero, já que caminhei por boa parte dos bairros daqui - e comendo pouco e mal e dormindo pouco e mal e sem certeza de onde iríamos parar, nem com quem. Boa parte de nós (quase todos, na verdade) ganhamos em real, o que faz com que cada cêntimo gasto fosse uma facada no saco (de quem tem) ou no peito (de todos, sendo que as meninas sofreriam mais). O medo quase venceu a esperança, o que faria Regina Duarte muito feliz.

Isso nao só serviu para unir mais nós oito como provou também uma característica dos brasileiros. A capacidade de adaptaçao. Para nós, tirando raros momentos, estava tudo sempre bem, tudo sempre ia se acertar. Havia aquela sensaçao de que o melhor estava reservado para a gente, como eu acho que realmente aconteceu.

Aqui, talvez vocês nao saibam, tudo é muito fácil para os gringos. Eles têm tudo sempre, o que quiserem e a hora em que quiserem. Bancam as coisas com a maior facilidade. Nao estao acostumados a passarem perrengue como a gente.

Daí acontece o que rolou. Nós ficamos tranquilos e eles, desesperados. Vi um anúncio que dizia "busco piso, habitación o ático en cualquier zona". Ou seja, tá valendo qualquer parada. E nao é assim que funciona. Por isso tem tanto executivo canarinho se dando bem aqui fora. Porque eles nao conseguem se safar diante de algumas coisas que encaramos como bem simples. E que, na verdade, acabam sendo.

Aqui tem muita coisa incomparavelmente melhor do que no Brasil. Infelizmente, e daqui a mais um pouco vou provar com fotos. Incluindo a Facultad de Comunicación, que me dá dó de comparar com a daí. Na verdade, me dá pena de lembrar. Mas o que a gente aprende aí eles nunca vao conseguir na Europa.

Quando reclamarem daí, criançada, lembrem o que nosso povo aprende desde pequenos e que vocês dificilmente verao aqui fora. Capacidade de adaptaçao. Saibam como fazer bom uso dela. Isso vai ser uma ajuda e tanto para subirem na vida.

Eita! (plagiando Rê)

Ontem eu vi:
- clone do Frodo no bandeijao da Facultad de Ingeniería (vale dizer que, por apenas três euros, como dois pratos, sobremesa, pao e oscambau);
- uma mistura de Sarney com Ulisses Guimaraes andando por aí, como turista;
- e o mais impressionante, um anao com cara de índio falando espanhol e vendendo bijuterias no meio da rua.

É, Sevilla é bem doida.
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Vejam como sao as coisas. Vim estudar e, até agora, só consegui ir a duas das quatro aulas que tive. Tudo por culpa da burocracia e dos perrengues que tive que resolver. Cruz, isso aqui parece a UFF.

Só que com milhoes de euros sendo investidos em tudo.
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Agora tenho vários amigos aqui, também. Uma galera muito gente fina, que com certeza visitará o Rio (e minha casa) quando eu voltar. Mas nao precisam ficar com ciúmes, meu coraçao tem lugar para todos.
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Por falar nisso, tô com saudades demais de vocês daí. Mas vou te dizer que aqui está maravilhoso também, já me sinto um sevillano. Tô até pensando em me candidatar a vereador aqui...
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Chega de Ponte por hoje porque tô nos Correios, pagando 75 cêntimos por meia hora. Hoje nao usei lá na faculdade. Que azar, hein? Mas daqui a pouco vou ter telefone aqui, e quem quiser gastar uns catouze mil reais por minuto pra falar comigo será muito bem atendido.

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Enfim...

Foi mal escrever pouco hoje, mas é que tô com vergonha de digitar textos grandes. Afinal de contas, o computador da Facultad de Comunicación fica dentro da biblioteca. Parece coisa de português...

Aliás, depois vou contar coisas de português. Parece piada mas aconteceu aqui. Depois dizem que nao sao burros... (lembrete: ainda nao sei cadê a bosta do til)

O que queria dizer é que, além de ter assistido a minha primeira aula hoje, o que me faz semi-oficialmente aluno, agora tenho um piso!!! Vulgo apartamento!!! Ahhhhhh!!!!!!!

Foi mal, tava boladao norótico com a situaçao. Mas agora divido apê com mais um amigo de Balneáio Camboriú e duas meninas também amigas daí da UFF. De Direito. Ainda por cima, moro perto de cinco neo-amigos também, quatro da PUC-Campinas e um brasileiro que veio de Marseille. Muito irado. Una pequeña familia en Sevilla.

Agora nao sou mais um sem-teto. Mas, ainda assim, torçam para que o contrato seja assinado sem problemas. Depois explico o porquê. Mas torçam, Murphy tá na minha cola.

Obs: tenho lindas fotos que vocês ainda nao podem ver. Azar o seu, porque aqui é lindo.

domingo, 18 de setembro de 2005

Sevillona boladona - parte dois

O albergue é tranquilo, apesar do meu colchao de molas ser torto e querer me catapultar para o teto branco. É bem doido ter uma cama entre a de um zaragozenze (?), Davi, e um alemao de Frankfurt (frankfurtiano, e da escola de Frankfurt - rá!), Alex. Mas os caras* sao gente boa, ou parecem. Davi parece ser zen - e deve ser mesmo, porque nessa manha fui ao banheiro e esqueci a chave do lado de dentro. Fiquei trancado. Ainda bem que tava de calça.

Peguei a camisa de um cara do quarto ao lado e fui à recepçao, dando de cara com ele e Alex. Expliquei a cagada que tinha feito e ele nem aí, peguei a chave reserva e subi com cara de bunda. A culpa é do Inturjoven que nao coloca do lado de fora das portas dos quartos avisos tipo "la puerta no se abre por fora", ou coisa parecida com um espanhol melhor.
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Perdi o café por causa disso, daí fui comer na rua. Tostados (dois paes grandes na chapa) e juco (?) por dois euros. Nao sabia o que era, enchi os paes de azeite e molho de tomate. Mas é bom. Comprei um jornal para procurar apê (piso). O nome é Cambalache, que quer dizer cambalacho e é o Balcao daqui. Andei demais pela cidade, com a mochila nas costas e sem rumo. Percebi uns negócios diferentes e outros parecidos com o Brasil, mas os parecidos sao uma bosta:

-no canal deles tem gente remando, mas parece limpo;
-as ruas tem sujeira, mas é muito pouco, fora uns presentes dos perros;
-tem um Audi A8 por esquina, e nao é exagero;
-tudo é bem cuidado, pichaçoes sao poucas, o turismo é exploradíssimo;
-tem uns caras com pinta de africanos ilegais nos sinais, vendendo uns troços que nao reparei.

Para uma cidade com um milhao de habitantes e que lembra Niterói (só porque dá para ir a pé aos lugares, tá?), Sevilla é impressionante.

Imaginem o texto abaixo com imagens. Um cara de mochila nas costas, falando, andando olhando para todos os lados que nem criança no Tivoli Park. Texto lido em off:

"-café da manha: 2 euros em dinheiro.
-classificados: 2 euros em dinheiro.
-bebida no parque e almoço com Coca-Cola: 9,10 euros em dinheiro.
Voltar ao albergue sem resolver absolutamente nada: nao tem preço.
Existem coisas que o dinheiro compra. Mas nem sempre sao boas."
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Escrevi tudo isso com o quartzo rosa e o verde que Carol me deu. Nas horas em que tudo dá errado a saudade aperta mais, porque nao há para onde correr. Mas isso melhorou, já. Escrever na Ponte alivia...
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"P-p-p-p-por hoje é só, pe-pe-pe-pessoal!"

*o alemao já partiu e no lugar dele está um dinamarquês com cara de japa, cujo nome eu esqueci. Que coisa feia...

Sevillona boladona - parte um

Escrevo ainda do caderno, mas já de Sevilla. Obstáculos me perseguem como os cachorros ao Ashton Kutcher (?) num filme bobo com o Steve Martin que vi no DVD do ônibus. Sim, aqui ônibus intermunicipal tem DVD. TVs de tela plana também. Mas...

sempre tem um mas. E o meu equivale a um "maaaaaaaaaaaaaaaaaas". Tudo corria bem, desde a casa da Mariester e Bruno até a estaçao de ônibus. Mesmo com a dificuldade óbvia de andar por uma cidade grande e que nao conheço bem com uma mochila pesada e duas malas - uma delas com 27kg e sensaçao de um elefante com alça e rodinhas - conseguia me safar, com meu espanhol razoável.

PAUSA PARA ANÁLISE DO MEU ESPANHOL

.compreensao - 6,3
.fala - 4,8
.leitura - 8,2
.escrita - nao testada ainda
.deduçao - 7
.chute/espiritismo lingüístico - 8

Meu problema foi quando cheguei â estaçao. Primeiro, errei bobeira, quando nao me liguei que deveria comprar o bilhete antes. Mas corrigi a tempo e pegaria o das 11h se... se... se...

Tá, chega. Se um casal de velhos e uma gorda, tao simpáticos quanto tapados, nao tivesse me indicado errado a plataforma. Sei que eu deveria saber que "plaza" é o lugar no ônibus, mas isso é obrigaçao para qualquer um que fale espanhol. Menos para eles. E, enquanto eu amaldiçoava o atraso do piloto, ele dava a volta só para passar na minha frente.
***
Moral (resumida) da história: de tentar lugar em outro ônibus, entrar e ser retirado de um e a boa vontade dos motoristas contrastando com a ranzinzez do gerente da Secorbus, saí às 16:30h. Com cinco horas e meia de atraso e sentado atrás de um povo muito - eu disse muito, entendam como demais - farofa e ao lado de uma romena antipática. Para avacalhar de vez o negócio, peguei três acidentes na entrada de Andalucía, cuja capital é Sevilla, e cheguei na rodoviária escura às 23:10. Peguei táxi e cheguei no albergue às 23:30h.

Pelo menos cheguei, né? Imagina um turista chgeio de tralha às 23:10 na Novo Rio? Eu rio disso (trocadilho 10 - rá!).

Teoria e prática

Teoria: Encarar as etapas da vida e da viagem com a maior naturalidade. "Faço o que tenho que fazer, arrumo as malas, distribuo beijos e abraços e tchau".

Prática: últimos três ou quatro dias sem praticamente virados, mala pronta duas horas antes de sair de casa e uma força descomunal pra segurar a onda. Despedida é barra.

O atraso do vôo no Rio serviu para passar mais um tempo ao lado de quem amo - pai, mae, Alan, minha pequena grande Cá, Alexandre e Celinha e Fabio e Rê e Nessa - e que representaram ainda outros que amo e nao puderam ir. Agëntei as lágrimas até antes de minha pequena, mas com ela, Alan e meus pais nao deu. Admito, caíram alguns ciscos nos meus olhos. Aprendam, cranças, nunca olhem para trás depois de se despedir.
***
quase perdi o aviao pra Sao Paulo. Iso porque a inexperiência quase nao me deixou entender que nao importava o destino final ser Milao, mas sim a conexao para a terra da garoa. Onde nao garoava.

Um madrilenho falador me servia de guia involuntário desde o check-in no Rio. Ele realmente falava muito, mas era (é) uma boa pessoa. E seviu para treinar minha compreensao de espanhol. Nível seis.
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Sao Paulo - Guarulhos, na verdade - foi so de passagem. Graças a Deus. Mas pelo menos nao rolou nesse aviao o apagao que deu no que fui para lá. Sério, pela primeira vez fiquei com medo de voar. Nao imaginava um Boeing com a bateria arriada, tendo que fazer uma chupeta uns quilômetros acima do solo.
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Vôo tranquilo, comidas razoáveis, povo deveras farofa, fundao do aviao (me senti em um dos ônibus do colégio, só faltou bundalelê de alguém na janela) e cheguei em Madrid. Resumo em uma palavra e três pontos: nossa...
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Madrid é organizadíssima. O aeroporto é enorme e show. Os carros no estacionamento foram todos usados no 60 segundos e ainda sobra - só de A8 vi uns quatro. Gente do mundo todo, várias línguas e dessa vez eu era o gringo. Irado.
***
Tudo isso eu escrevo num caderno, numa cama na casa de Bruno e Mariester, brasileiríssimos e amigos da Viviana, rubro-negros que moram aqui há quase cinco anos. Fora Mariana, a filhinha deles de nove meses. Lindíssima. Criada pelos dois vai ser uma pessoa maravilhosa, porque os dois sao. Têm salvo minha vida desde o Rio. Só tenho que agradecer a eles - e a Vvi. Devo uma vida a cada um deles por tudo.

Com certeza vou estar atualizando (telemarketing? Rá!) a Ponte com base em Sevilla, que merecerá um post à parte. No tenho dúvidas.

Esperem (ansiosos, roendo as unhas e se empanturrando de sorvete) pelo próximo capítulo (que terao lido antes desse, mas fazer o quê).

Querida, cheguei!!!

Sim, cheguei e a Ponte Elétrica está de volta, para a alegria geral da naçao. Mas com pequenos dois detalhes:

1) como devem ter percebido, ainda nao sei aonde fica o til. Na verdade, acho que nao tem aqui;

2) vou postar com a hora daqui, pra ficar mais realista. Fiquem sabendo que, por enquanto, a diferença é de cinco horas. Por enquanto porque depois deve cair para umas três (fim do horário de verao, acho, e início do daí);

3) pelo menos por enquanto nao vou colocar coisas novas aqui todos os dias, porque estou acessando de um cybercafé e a hora custa a bagatela de 1,90 euros!!!

Assim sendo, acostumem-se. Mas nunca deixem de ler a Ponte. E quando chegarem a essa mensagem já terao lido as que falo daqui, mas enfim...

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Diga tchau, Lilica...

Pessoas e pessôos, é chegada a hora. Foi bom estar com vocês, brincar com vocês, mas agora só daqui a alguns dias. Vários dias. Por isso, quero deixar alguns recados por aqui:

1) A Ponte não pára. Só não mudo o nome para Ponte Electrica porque acima de tudo, brasileiro. Quer dizer, acima de tudo rubro-negro, mas a Ponte é afutebolística. Parcialmente;

2) Quando digo que a Ponte não pára, quero dizer que continuarei a postar aqui. Não garanto entre os dias 15 e 19, mas vale a pena conferir. Sempre vale;

3) Comentários, dicas e sugestões continuam bem-vindos. Patrocínios também;

4) Não me cobrem exclusividade para nada, sou um só para CATOUZE mil amigos. Ainda não sei transformar minhas 24h habituais em 72, como minha pequena;

5) Não, não estou pronto. Não estou tranquilo. Na verdade, são quatro da manhã e ainda nem arrumei a mala. Mas não estou boladão nem nada, o mais marcante no presente momento é a ansiedade;

6) Não esperem presentes, sou estudante e classe média. O mensalão foi pago com meu dinheiro.

Agradeço aqui por todos os telefonemas, presenças, abraços, choradas no ombro e desejadas de boa viagem. Agradeço a paciência e a ajuda. Nãosei como minha vida seria sem cada um de vocês (inclusive pessoas que não lêem - e que perdem muito por isso -, com menção honrosa para pai e mãe).

Caso não escreva mais até estar lá, cuidem-se por aqui, comportem-se direitinho e tudo de bom para todos vocês. Beijos e abraços já saudosos, e até a volta.

E por falar em lá, olha o que me espera:

Razoável, né?

3 anos

Poderia dizer um monte de coisas, todas lindas e verdadeiras. Mas posso resumir em poucas palavras: amor.

Amor por uma menina linda, por dentro e por fora, que além de minha amiga e companheira é a mulher que amo. Que me atura desde 13 de setembro de 2002. E que, apesar de indas e vindas, de altos e baixos, de fins e recomeços, é a pequena que quero ao meu lado para a vida inteira.

Agradeço sempre a Deus pelo que recebi. Desde o começo da minha vida. Além de pai, mãe e irmão maravilhosos, ganhei de presente amigos que são como irmãos e uma namorada que vale por todas as mulheres. Minha primeira e, se tudo correr bem como espero, única mulher pra vida toda.

Nessa fase nova e meio doida que tô passando agora, uma certeza fica: que eu amo demais minha menina. E Cá, para você: sempre, e desde sempre, eu te amo.

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Postado às duas e catouze...


Olha o meu pé. Bonito, né?

Olha só

*Guaraná Antarctica e Compre Bem (do Pão de Açúcar) devem deixar a Duda, porque o Duda se envolveu nesses escândalos todos. É o preço que se paga por receber milhões e aparecer como bandido na TV. Mas, em minha humilde opinião, eu acho que

*Brad Pitt vai ser Jesse James no cinema. Sua escolha foi

*Morreu a campanha da Vivo. Eles estavam anunciando a tecnologia 3G sem ela estar funcionando no Brasil. Vai ver, era só para garantir que as pessoas soubessem. Sempre disse que

*Netinho lança hoje um canal de Tv para negros. É a segmentação de mercado, além de uma tentativa de atender a uma grande parcela - excluída - da população. Ou de ganhar dinheiro em cima de pobre, já que a grande maioria de negros é pobre no país (exclusão social, falta de oportunidades e coisas que vocês já devem saber). Na verdade isso é porque

*Hong Kong agora tem Disney. Será que os chineses vão abrir os olhos quando estiverem na montanha russa? Sinceramente, isso só pode ser

Meu Deus, não dei opinião nenhuma!!! O que será que estou pensando nesse momento?


Não importa. Queria postar essa foto. Pareço louco, né?

Deixem nos comentários suas opiniões. É bom ouvir o que os outros pensam. Por isso temos dois ouvidos.

Constatação

A Ponte Elétrica é mais do que "sua revista eletrônica diária de entretenimento e informações relevantes de assuntos ligados a todo o Universo".

Ela é um oráculo.

Final de semana e a viagem

Bem, amigos da Ponte Elétrica. Desculpem a demora, mas o ritmo de vida se freneticiza a cada minuto que passa, tornando as coisas ainda mais complicadas e misteriosas (?). Graças a essa maravilhosa desculpa que acabei de pensar, só estou atualizando a Ponte agora. Que seja.

Como parte das comemorações (? de novo) de despedida, sábado e domingo foram dias bem legais. Kurti muitu minha familia, meu irmaunzinhu, minha namo, meux primux e meus miguxos, assim como um desses adolescentes-mongolóides de quinze anos escreveriam. Sábado à noite tudo pode mudar, e o que mudou foi minha sorte. Ganhei uma disputadíssima partida de sueca - na praia, com direito a água de coco e batatas fritas - jogando em dupla com Alan, contra Carol e Márcio primo. Isso com Priscila, sua namorada (do meu primo, não sua que lê) assistindo ao show. Deve ter balançado com sua escolha perante tamanha superioridade jogacional. Família Mota é dez.

Domingo foi deveras divertido também. Primeiro que acordei meio-dia, após dormir umas 5h da matina. Com direito a banho frio logo antes de deitar, para acostumar meu corpo com as exigências climáticas alhures. Eu disse alhures. Meu amigo extra-família mais antigo - já que meu irmão é o mais antigo amigo de todos os que tenho (tirando meus pais, mas falo de pessoas de faixa etária parecida - e chega de justificar!) - resolveu dar o ar de sua graça, aparecer na minha casa, comer sobremesa gostosa que minha mãe havia preparado e me emprestou minha camisa de manga comprida que tinha esquecido com ele há quase um ano. devo precisar, presumo eu não sei. Ah, sim, seu nome (o dele, não seu que lê) é Bruno. Bruninho, o advogado-com-jeitão-de-político. trouxe a namorada, e quando saiu chegaram André e Lívia (meu irmão recém-descoberto e sua namorada, já aprovada por minha pessoa), freqüentador assíduo da Ponte, para ir ao kart planejado no dia com Alan, Carol e eu. Vale dizer que minha incorporada momentânea de Senna me fez subir do sexto lugar da largada para o quinto final, com direito a ultrapassagem roubada em cima de mim quando era o quarto. Mas assim funciona o Brasil, na certeza da impunidade. Só porque ele era conhecido do dono. Claro, porque corremos com mais sete pessoas desconhecidas e os dois primeiros lugares, na classificação e no geral, não se davam ao trabalho de sair do carro de uma corrida para outra. Clara desvantagem para nós...

Ainda rolou - e o blogger me privou de homenagear - aniversários importantíssimos. Sexta, meu pai, meu exemplo e meu herói, que ainda por cima tem a paciência para aturar seu filho (seu eu, não de você que lê). O principal responsável pela minha ida. O primeiro homem da casa. Sábado meu primo Marquinhos, conhecido vulgarmente no seio familiar como meu filho. Ou seja, neto do meu pai. Fora o fato de não ter dado tempo de prestar mais homenagens ao Alan, que além de irmão e amigo é motivo de orgulho para mim. E o mais impressionante: além de orgulho, exemplo. O que prova que sou adotado.

Parabéns ao meu pai por ter achado um menino tão parecido com ele. Assim ninguém desconfia da minha origem desconhecida e alienígena.
***
Admito que minha ficha caiu. Não sei se completamente, mas o suficiente para me deixar deveras bolado. Hoje à tarde, e só o Alan notou. Menos mal. E ainda bem que vocês não viram, porque assim não saberão o que houve e posso negar até a morte qualquer coisa que digam, sendo verdade ou não.

Vou sentir saudades.

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

Bom sinal?

Estava eu hoje, acabando com minhas já minguadas energias comprando coisas importantes para minha espairecida temporária quando de repente, não mais que de repente, eis quem eu vejo no Barrashopping, tomando seu cafezinho para tentar acabar com a eterna cara de bunda dormente? Carlinhos!

Será que isso é um bom sinal para meu querido e combalido mengão? Será que ele vai fazer alguma coisa para resolver a situação caótica em que está mergulhado o mais querido do Brasil?


Ô, meu rei, nem sombra de ser eu! Deve de ser o outro aí de baixo...


Ih, rapaz, também não sou eu não. Eu já dancei muito, mas esse que você quer ver é o outro. Ele deve estar dormindo agora.

Mas por outro lado, agora virou bagunça de vez com a minha pilantrada e excessivamente puxa-sáquica profissão:

"O Governo húngaro doou a uma associação que defende os interesses das prostitutas o equivalente a US$ 100 mil. O objetivo é mandar 15 prostitutas para o Instituto de Mídia de Budapest por 1 ano. Vão aprender outros idiomas, tecnologia da informação e gestão de negócios, entre outros assuntos. Sairão com diploma de marketing e propaganda. A iniciativa é parte do programa de incentivo do Governo para tirar as prostitutas das ruas da capital do país. As beneficiadas pelo programa tem que ter educação secundária e precisam passar por uma entrevista com psicólogos para apurar a real disposição para mudar de profissão. Notícia em inglês no Budapest Times."

Ora, vejam só. Cada vez mais minha profissão e a mais antiga de todas se mistura. Mas já aviso logo que não estou à venda. Nenhuma parte.

E, de bônus, uma quentinha. A Central de Atendimento do Banco do Brasil acabou de me ligar. Não posso dizer quem foi porque simplesmente não entendi. Acabei sendo hipnotizado por uma operadora-máquina que faz xixi - sentada, presumo - e tem como única reação parar sua fala no meio quando alguém tem a ousada idéia de agradecer a ela.

Ainda não consegui descobrir qual a vantagem de "treinar" operadoras de telemarketing para agirem como robôs. Além de gerar um distanciamento automático, que pode fazer com que as pessoas percam um pouco o intresse, pode gerar certa antipatia. No meu caso, fico mais é com pena delas (ou deles, mas normalmente são mulheres). imaginem como dev ser depois do trabalho, já habituadas com esse jeito-padrão de falar:

- Oi, senhor, a Joana agradece sua cantada, mas prefere deixar claro que não é permitido passar a mão na bunda. Apesar de estar cansada, ela poderia muito bem tentar acertar a sua cara com algo pesado, ou mesmo com a própria mão, alegando assim legítima defesa. Se voc~e, por outro lado, pedir desculpas e disser que não fez de propósito, existe a possibilidade de ser perdoado e receber um sorriso em troca das gentis palavras, o que lhe daria o direito de chamá-la para sair, seja um jantar fora ou um cineminha. Obrigado pela atenção e tenha uma boa noite, ou

- Senhor Dagoberto, o senhor acaba de ganhar um incrível chute no saco pela cara de pau de chegar em casa a esta hora, sabendo que hoje é nosso aniversário de casamento. Para retirar meu pé de sua genitália basta informar nome completo, data de nascimento e casamento, identidade e CPF sem enrolar a língua, telefone da vagabunda que deixou esta marca no seu pescoço e alguma referência que possa comprovar a historinha mentirosa que o senhor vai contar para tentar despistar sua esposa, que no caso vem a ser eu. Em caso negativo de algum destes itens o senhor, infelizmente, terá que dormir na casa de cachorro, sem direito a chororôs ou crises falsas de ciúme. Obrigado e volte sempre.

Conclusão: eca.

Ode aos meus amigos

O dia, seis de setembro de dois mil e cinco. Uma terça-feira chuvosa, aquela garoa que desanima os cariocas e enche de orgulho, sabe-se lá Deus por qual motivo, nossos vizinhos sem praia. Véspera de feriado, do dia da Independência do Brasil.

Pois neste dia com cara de morto, trinta pessoas maravilhosas, grandes amigos e amigas de (quase) todas as partes da minha vida se reuniram no Waxy para comemorar (?) minha partida. Trinta que me lembre agora, espero não estar cometendo injustiças. Todos lá, dividindo o espaço, balançando-se em uns bancos doidos, bebendo rápido para aproveitar a promoção em dobro, jogando e rindo e conversando e me chamando e se pegando (mas não falo quem) e viajando e querendo viajar... Uma noite para ficar na história. Pelo menos na minha.

Não sabia como ia ser, não conhecia o lugar que Nelson, o urso Panda em extinção, havia indicado, estava tenso e preocupado. Mas no final tudo deu certo, muito mais certo do que eu esperava, e a noite foi divertidíssima. Nem vou fazer destaques, mesmo com pessoas merecendo, porque seria uma injustiça. Mas vale citar meus erros em seqüência na sinuca, matando o Guilherme do coração e matando o jogo ao matar a bola sete. Coisa de quem tá indo embora e precisava ficar feliz.

A todos os que estiverem lendo isso e tenham ido, um obrigado de coração pela amizade e, claro, a presença no dia. Fiquem sabendo que vou sentir falta demais de todos, e quanto mais perto chega o dia e mais a ficha caminha em direção ao chão, mais estranha é a sensação que sinto. Uma perda temporária que me incomoda bastante, mas que sei que posso superar. Afinal, não são nem seis meses. A todos os que não puderam ir por um motivo qualquer, fiquem sabendo que também agradeço a amizade e vou sentir falta. Todos moram no meu coração, que é do tamanho da cueca do seu fulano que fugia com cem mil Tio Sams dentro.

Fiquem sabendo que, apesar de meu dinheiro ser curto - o que vai me fazer não trazer presentes -, não vou esquecer de ninguém, e espero na volta encontrar todos aqui, morrendo de saudades de mim e minhas piadas inigualáveis e meu jeito inestimável e minha modéstia suprema. Afinal, como diz um vídeo-documentário muito bem produzido, "dez, dez, Alê é dez".

Tá, foi mal o ataque de Nietszche. Culpa do livro. Fora a brincadeira, espero rever todos logo, esbanjando saúde e sucesso. Vocês merecem.

E como não podia deixar de ser, acompanhem a Ponte. Ela manterá a todos sempre por dentro de tudo (ou quase tudo) o que acontece lá fora, comigo e com o mundo que nos cerca. No caso específico, cercará mais a mim do que a vocês.

Muitos beijos e abraços (beijos - meninas e abraços - meninos) e até a próxima postagem. Amanhã.

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

Hoje

Hoje tem pré-até breve. Quem sabe, sabe. Quem não sabe, liga pra mim que eu falo. Isso se lerem a tempo, mas tudo bem.

Hoje tem Brasil contra Sevilla, jogo que eu sonhava em ver mas que foi antecipado em um mês nos meus sonhos. Quer dizer, na verdade meu sonho estava atrasado um mês mas isso não vem ao caso.

Hoje li que "El Tigre" chegou dizendo que só vai dar motivos para falar sobre o futebol dele. Mas qualquer pessoa mais atenta (ou menos cega) vai conseguir perceber que, por baixo do manto sagrado rubro-negro, parace se esconder uma razoável barriga de chopp. E viva à boemia!

Hoje, contando a partir de (só para manter a estrutura de como escrevo), fica faltando exatamente uma semana para 3 anos e 8 dias para cinco meses. Coisas importantes atrás de coisas importantes.

Hoje deixo brevemente Jacarepaguá, lugar que amo e me faz muito bem. Espero que Niterói e o Moema (ah!, Moema...) não me façam mal.

Hoje comecei bem o dia: com uma saudade estranha e uma ponta de tristeza.

"Hoje eu acordei com sono, e sem vontade de acordar...". Isso é Barão, Bilhetinho azul. Escutem, é muito boa. É parte da minha trilha sonora para lá. O certo é que eu tô vivendo, eu tô tentando...

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Tudo ao mesmo tempo agora

Foi mal se já usei este título em outro post. Mas primeiro que, na verdade, não me importa nem um pouco. Segundo que, se realmente escrevi, está provado que tudo pode piorar. Sempre. Mesmo que não pareça.

Agora falta uma semana, um dia e meio para o grande acontecimento e descobri que estou com uma leve conjuntivite. Se parar para pensar em todas as coisas que tenho que fazer em tão pouco tempo, dá vontade de chorar. O que seria bom para limpar minha vista direita.

Como se não bastasse, tenho que avisar a mais ou menos 14.014 (catouze mil e catouze) pessoas sobre a mudança de planos para amanhã. Sim, porque as coisas mudam. Mesmo quando você não espera ou quando acha que elas não podem mudar. Ou tem certeza plena e absoluta que elas não deveriam mudar. Mas é como diz o Gigante Guerreiro Daileon. "Enfim..."
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Não posso deixar de comentar o que ouvi no Jornal Hoje de hoje (rá!). Que as pessoas de Brasília enfim puderam sentir orgulho novamente de morar na cidade. Tudo graças à vitória humilhante da seleção em cima do Chile. Constatações:

1) Imparcialidade é tudo. Afinal de contas, não há porque se orgulhar naquela cidade, onde todas as pessoas são canalhas. Mesmo as que estão cobrindo os assuntos. Mesmo as que estão de passagem. Mesmo as honestas. Mas isso ninguém lembra, porque não dá para defender a Sin City do cerrado, lugar onde todos os vícios e pecados proliferam;

2) Pátria de chuteiras aonde, né?

Enfim...

domingo, 4 de setembro de 2005

Tá bom!

Escrevo aqui depois de ver o Brasil aplicar uma pequena sova nos chilenos. Um baile com idreito a três gols de ex-flamenguista e excelente atuação de um ex-zagueiro também parte da nação ruro-negra. Tá é bom!

Constato, por outro lado, que vaso ruim realmente não quebra. Só isso pode explicar o fato de "Zagallou morreu" ter treze letras e nunca ter acontecido. Vejam bem, não estou agourando. Mas se tanta gente morre - já que é um processo natural, a continuação da vida -, porque ele não vai logo?

Será que ainda falta alguma missão aqui na Terra para ele concluir? Será que ele não quer que as minhocas o engulam?

sábado, 3 de setembro de 2005

Parabéns!


É, você mesmo. Você merece o melhor que eu possa imaginar.

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Ecce homo

Sim, este é o título do livro do Nietzsche. Não, não vou falar sobre ele. Acontece que ele tem me inspirado, e feito com que eu pense sobre como me tornei o que sou.

Para início de conversa, acho isso uma furada. A gente se torna o que é a cada instante. Não sou definitivo, não nasci assim nem pretendo ser desse jeito o resto da vida. No momento, sou o que acho certo, o que é melhor para mim e o que não consegui mudar ainda.

Mas vamos ao que sou. Além de um rapaz latino-americano com muito pouco dinheiro no banco, sou pouco ligado ao mundo financeiro. Reais, dólares, euros, nada disso fez muito minha cabeça como fim. Como meio, sempre. Preciso dele para chegar aonde quero, aos meus objetivos. Que não são poucos. Caso estejam curiosos, explico. Quem não estiver, lê outros posts. Ou espera o próximo, já que esse é só sobre minha humilde pessoa.

Sempre fui ligado aos problemas do homem, das injustiças, da terra. Ver desigualdades, roubos e afins me tira do sério desde pequeno, e não poder fazer o que gostaria mais ainda. A pior sensação é a de impotência. O que tem acontecido muito. Isso porque sempre sonhei alto, sempre tive grandes esperanças. Tanto de fazer a diferença quanto de ajudar quem pode fazer a conseguir.

Sou um cara cheio de defeitos. Basicamente com coisas que podem me matar. Vingança, raiva e rancor ficam guardados do lado direito do peito. Curto correr riscos que normalmente são desnecessários. Ainda espero o dia que vou precisar matar alguém mau (não sei porque, mas acho que um dia vou precisar). Nada disso é muito saudável, mas também faz parte de mim.

Humor salva tudo, ou quase. Mesmo quando fico para baixo por muito tempo, escondo com sorriso. Primeiro porque ninguém precisa ficar mal com as minhas coisas, segundo porque não interessa aos outros como me sinto. Não sei se sou tão engraçado quanto penso, mas pelo menos me divirto comigo mesmo. Odeio perder piada, adoro quem ri comigo - mesmo de coisas ruins.

Isso vem da criação e dos genes. Ontem e hoje reparava nos meus pais e no meu irmão, e percebi que herdei um pouco de cada (menos do Alan, claro; mas com ele também aprendo). Honestidade, humor, respeito, responsabilidade e mesmo rancor e raiva. Muito vem deles, boa parte de como a vida me moldou e boa parte do que já era antes (coisa de espírita, se não acredita o problema é seu). Mas fico feliz com o resultado temporário de ser assim.

Blá blá blá. Poderia falar muito mais, só que o post ficaria enorme. Falei sobre mim para que vocês pensassem um pouco sobre como vocês são, se estão satisfeitos, o que poderia mudar. É sempre bom fazer uma reflexão, uma auto-avaliação, e conseguir dar mais uns passinhos para evoluir. Afinal, você acha que está aqui para quê? Ler a Ponte?

Resposta: sim, mas não só isso.

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Fora do Tom

Sei que tem gente que gosta, mas como tem gente que gosta de comer gente não me sinto mal por falar sobre um programa de humor. Falar, não, debochar. E humor, não, porque é o Show doTom.

É engraçado que todo ex-global faz questão de dizer que seu emprego é melhor do que o que tinha na antiga emissora. Sendo ou não. Mas o Tom Cavalcante parece fazer questão de querer fazer graça com o programa dos outros para "mostrar" que o seu é melhor. Mostrar entre aspas, mesmo, porque nãao consegue e fica um climão de imitação barata - literalmente - para ver se rola uma identificação do público e consequente audiência. Vou citar três coisas que vi em meros cinco minutos, daí vocês vão me entender:

1) o Tom coloca umas oito dançarinas em cima de umas plataformas redondinhas, e elas têm que ficar em cima dançando. O problema é que o espaço é pequeno, então elas só mexem os braços e rebolam um pouco. Com uma cara de tédio que chega a dar pena. Ou medo;

2) seu convidado-fofoqueiro é o Amin Khader, um idiota que vive sendo humilhado pelo pessoal do Pânico. Ele é tão bucha que alguns artistas debocham também. Ou seja, ele é aquele típico cara-sem-graça-que-tenta-fazer-gracinhas-e-é-ridicularizado. Patético;

3) não sei se é sempre, mas ontem tinha um cara imitando o Faustão (bem, tenho que admitir) que não saía do palco nem por um decreto. Ainda por cima ficava anunciando tudo o que ia aparecer no programa. Dividia o palco com o Tom e o Tiririca, o maior humorista do Brasil. Caramba!, não sabia que ele tinha sido eleito o maior. Mas pelo menos o seu Cavalcante não se acha o maior. Já é alguma coisa.

Com tudo isso, o Show do Tom tem mais cara de um Placebão do Faustão. E caso não tenham entendido, isso foi uma paródia ao nomedo programa do gordo. Excelente, diga-se de passagem. Podem rir e me louvar nos comentários.

Moral da história: quem engole Show do Tom sabe o cheiro que suas idéias têm.