Qual o grau de concentração do ser humano? Varia, você poderia dizer. Provavelmente vai dizer. E concordo com você. Ou não.
Ou não porque, na verdade, o poder de concentração pode ser padrão em determinados períodos da humanidade. Por exemplo: na época em que vivemos, com um sem-número de aparelhos eletrônicos à nossa volta, constantemente somos desafiados a manter nossa concentração. É celular, msn, TV, trabalhos, tudo ao mesmo tempo agora. E a vida segue.
As exigências do homem contemporâneo impõem esse ritmo frenético. É necessário se manter informado sobre as últimas notícias, a moda de Tóquio, a cotação do arroz na China, a quantidade de dentes de tubarção encontrados na perna de um surfista na Austrália - sem ele junto para contar história - e os métodos vudus de uma tribo centro-sub-supra-infa saariana que podem influenciar no mundo dos negócios. E no seu emprego, claro.
Por isso o stress. Por isso tantos pacotes de turismo, remédios, depressão, brigas, desigualdade, calos, cãimbras para fala dizer as coisas mais simples como "árvores somos nós". Por isso as propagandas que dizem para você desacelerar. Por isso a vida anda desse jeito.
Por que estou falando tudo isso? Talvez seja para provar a veracidade do que digo, já que digito isso enquanto escuto música, digito a mono e falo com minha pequena. Ou talvez seja só pra enrolar enquanto não posso me concentrar na minha temível monografia, encalhada na décima-nona página. Vocês nunca vão saber.
Pelo menos a Ponte não fica parada na volta do feriadão.
terça-feira, 21 de novembro de 2006
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