sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Por favor, salvem a professorinha

Não sei quem viu hoje - vulgo ontem - a Grande Família, provavelmente o único programa de humor da Globo onde você vê humor. Até procurei o nome dos roteiristas, porque eles merecem ser citados: Cláudio Paiva, Bernardo Guilherme e Marcelo Gonçalves.

Mas não é disso que quero falar. Pra quem viu o último episódio, Nenê dava aula para Agostinho e Paulão, da oficina mecânica. Os dois eram absurdamente burros, preguiçosos e pilantras. Se você viu, riu. Mas na vida real não tem tanta graça. Ou tem, mas é feio rir. Mas eu ri assim mesmo. Porque é inacreditável que alguém escreva publicidade - a minha profissão! - desse jeito:

(ditado de português dado por mama na quinta série do colégio em que dá aula; vou poupar o nome dos terroristas)

*publissidade
*blubisidade
*brobisidade
*pluplicidade
*pubrisidade
*plublusidade
*púlblicidade
*publiciu
*prubicidade (2x)
*prubisidade
*públicidade
*publisidada
*puplicidade

Fiquei feliz de ver que teve uma pessoa que "só" colocou acento no "pu". Claro que teve gente acertando, apesar de ser a grande minoria. Fora as outras palavras que nem vou citar. A não ser "desenho enrolado" no lugar de "desenrolado". Tenebroso.

Pois fiquem sabendo que o governo determina que todas as crianças passem de ano, para "não ficarem traumatizadas, desestimular seu aprendizado e incentivá-las a concluir o ensino". Aí, aproveita e já arranja o santinho do candidato pras próximas eleições, porque daqui a mais um pouco elas vão às urnas.

Por favor, ajudem a salvar minha querida mãe. Já que o governo não colabora, dêem uma aposentadoria decente a ela, ou pelo menos alunos razoáveis. Porque, depois de tudo isso, não tenho certeza se "o bom do Brasil é o brasileiro"...
***
Parece que quase que um avião da Gol e um da Tam se chocam, um aterrisando e outro decolando. Saindo daqui do Rio, indo pra Campinas. Aí, você começa a se perguntar qual o verdadeiro lance do acidente do Legacy, com quem está a verdade e tudo. Eu, pelo menos, fico me perguntando isso.

De qualquer forma, já deixo avisado aqui na Ponte que se um dia eu estiver viajando e acontecer alguma coisa com o meu vôo, eu juro que dou um jeito de entrar na torre de controle e dar uma sova em todo mundo que estiver dentro da sala. A não ser que eu morra. Aí passo a tarefa pra vocês.

Honrem a Ponte Elétrica e vinguem meu bom nome.
***
Quase que me esqueço de falar do evento de hoje, que não disse que ia porque não tive tempo. Ruim. Uma pena, porque tenho certeza que o Fábio Saboya, como diretor de criação da DM9-SP e criativo rodado no mercado, tem muito o que dizer. Essa é a bosta de fazer palestra pra esses estudantes despreparados e avoados que entram nas faculdades hoje em dia. Faz o cara explicar que "nas agências se trabalha em dupla de criação - um redator e um diretor de arte, que tem esse cargo mas não manda no redator".

Pelo menos eu acordei às 6:30 da manhã, passei 2 horas no trânsito, fiquei com fome e gastei meu dinheiro todo num almoço porque esqueci a senha do meu cartão de débido e não fiz a mono hoje porque não tive tempo. Mono que tenho exatamente 10 dias para terminar.

Viva à minha quinta-feira. Ainda bem que "eu sou brasileiro e não desisto nunca".

Um comentário:

Anônimo disse...

Mono.. pra que mono ???
Stereo é muito melhor...