terça-feira, 22 de setembro de 2009

4+7(+3)+3(+5)

Não, não é aquela prova das Olimpíadas do Faustão em que a pessoa ia num carrinho fazendo contas e, se errasse ao chegar no fim do percurso, ia de cara no chão. Nem é um teste pra saber se vocês precisaram colar pra passar de ano. Até porque, quem precisa de ajuda pra fazer a conta aí de cima provavelmente mal sabe assinar o nome - apesar de que tem muito miserável que não consegue assimilar que precisa lavar a mão depois de cagar, mas não erra uma maldita conta do crediário das Casas Bahia. E a conta não dá 22.

Seguindo a minha vontade de não fazer despedidas, acabei me despedindo de mais um monte de gente no fim de semana. Primeiro, 4 pessoas que marcaram meus 2 anos em Copa (estou arredondando o tempo porque nunca lembro o período exato). Depois, 10 pessoas da família, de sangue ou por afinidade. Fechando com mais 8 da família, pra todo mundo ter certeza de que vai se livrar de mim.

Foram dias de relembrar histórias, algumas que nem fazia tanta questão mas que acabaram me divertindo do mesmo jeito. Ir a lugares legais, ou ficar no melhor deles (quem mora ou já morou fora sabe que não existe nada igual à casa dos pais). E, como parte da tradição familiar, comer feito um porco depressivo com tênia.

Também foram dias de aprendizado. Por exemplo, descobri que o Dênis Marques sabe matar a bola no peito, ainda que ele faça isso muito bem no treino e no jogo mate todos os ataques do todo-poderoso (ps: Mengão rumo à Júpiter, que Tóquio é coisa de quem sonha baixo). Aprendi também que quem passa o carnaval em Ouro Preto pode voltar com a gengiva verde. Guna, se vocês preferirem.

Outra coisa muito importante que descobri: eu não sou um saco sem fundo, e como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, meu estômago só pode aceitar algo se estiver minimamente liberado. Garganta não serve de depósito pra guardar coisas. Quer dizer, pra certas pessoas e casos, sim, mas eu não tenho nada a ver com isso.

É possível sair e economizar dinheiro. O nome disso é auto-controle. Finalmente eu aprendi mas, por segurança, vou escrever um manual de instruções sobre o assunto e deixar na carteira.

Dormir é importante, mas não pra mim. Posso descansar até 4 horas umas duas vezes por semana sem problemas.

São Pedro não é seu pai nem seu amigo. Se você quiser algo com relação ao tempo, fale com os russos, que jogam sal em nuvem e oscambau. Pedro não se importa com você.

Nem todos são amigos. Mas quando são, são muito. E nem distância ou tempo longe não fazem diferença.

***

Caso alguém ainda se lembre da minha promessa de escrever sobre a Bienal, explico: eu não quis. Mas isso é hoje; falo dela amanhã. E se alguém achar que o post acabou meio perdido, explico: não estava mais prestando a menor atenção ao que estava escrevendo. Tá vindo um cheiro absurdamente bom de empadão lá da cozinha. Quem mora na casa dos pais (e tem uma mãe que cozinha muito muito bem) sabe do que estou falando.

Viajar tem um quê de corredor da morte. Você sempre consegue umas regalias antes de ir.

2 comentários:

Diego Peralta disse...

Faltou relato dos Anos Incríveis! rs

Cá disse...

Po, vc tinha que mencionar gengiva verde num mesmo post que tênia? Vou vomitar.