Estava eu voltando do almoço com Carol, andando tranquilamente pelas ruas do Centro do Rio, quando algo de inusitado aconteceu.
Aproximava-me da esquina da Rua Tal com a Rua Sei Lá quando, ao passar em frente a um jornaleiro, um papel voa das mãos de uma moça indefesa. Ela estava de costas, o que não me permitia ver seu rosto. Cortei dois transeuntes tal qual Fernando Alonso dando couro no alemão (este ano, pelo menos) e qual não foi minha surpresa quando vi aquele pedaço de folha flutuando pelo ar, pairando feito uma gaivota depois de um belo tiro ao alvo nos pedestres, na minha frente?
“Meu Deus, minha folha! Ela tá vuanu!” foi o que ouvi, mas nem deu tempo de ela se lamentar mais porque segurei a fujona listrada e agarrei-a contra meu peito. Um “ufa...” chegou aos meus ouvidos, e entendi como o Superman se sente quando salva o mundo. Se tivesse um “S” no lugar do desenho psicodélico da minha camisa seqüestrada do meu irmão, tentaria voar ou entortar um poste. Será que começaria ali minha carreira de super-herói?
Ao me virar para entregar o papel à pobre mulher, percebi que a vida de herói pode ser muito triste. E foi assim que acabou minha saga de super-homem.
A partir de agora serei só Alexandre, o redator.
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