Hoje acordei com essa chuvinha escrotinha que não justifica abrir o guarda-chuva mas me deixa razoavelmente molhado. Consegui descansar de ontem e vim para o trabalho feliz e contente por mais um dia na labuta (labuta!). Mas eis que entro no ônibus...
...e percebo que a vida não é tão calma assim. Até pensei em escrever este post falando sobre tolerância. Isso porque uma senhora não muito simpática passou por mim trombando sem dar um pio, ficou de cara emburrada mais à frente e quando uma menina ofereceu o lugar a ela, sentou (-se, mas não quero colocar isso) e nem disse um 'brizsfgghhado' resmungado. Cheguei a pensar em dizer que isso é reflexo da falta de perspectiva, da educação meia-bomba de parte da população - aquela que não entende nada, mesmo que você explique com deseinhos simples e coloque na cara dela.
O problema é que ela não era a única. As pessoas se degladiavam dentro do 49 (Fonseca-Icaraí-Centro) para sentar, para passar, para olhar pros lados. Ninguém era capaz de pedir um "dá licença", um "por favor" nem pedir "desculpa" quando pisava no seu calcanhar. Chegou ao cúmulo de uma velhinha dar um golpe de caratê no braço do cara da frente (e não tô exagerando, ela bateu com a mão aberta de lado no cara, só porque queria passar. Sendo que ainda tinha um monte de gente na frente, e todo mundo parado).
Tá explicado porquê tenho tanta implicância com dizerem que "o bom do Brasil é o brasileiro"?
terça-feira, 26 de abril de 2005
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