"A Associaçao Brasileira de Odontologia informou no final da tarde de ontem que pediu a suspensao de comercial da Coca Cola. Enviou oficio ao Conar e também a fabricante contra o filme 'Sorrisos'. No roteiro, uma garota usando aparelho ortodôntico abre uma garrafa da bebida com os dentes. A entidade alerta que o gesto, com aparelho ou nao, 'apresenta riscos de microfraturas do esmalte dental ou, ainda, de fraturas maiores dos dentes'.
Segundo a Associaçao, o comercial 'incorre em 2 vícios previstos no artigo 33 do Código Brasileiro de Auto Regulamentaçao Publicitária, que condena os anúncios que manifestem descaso pela segurança, sobretudo quando neles figurarem jovens e crianças ou quando a estes for endereçada a mensagem; e estimulem o uso perigoso do produto oferecido' ".
É, sim. Imaginem o surto de meninas de aparelho tentando agradar filhos de mexicanos sorridentes arrancando a chapinha das garrafas de 290ml da ____________. Daí todas elas parariam no dentista, com dentes ainda mais tortos e gengivas maltratadas. Bom senso e juízo passaram bem longe dos dentistas...
Pra quem não sabe, propaganda não influencia as pessoas desse modo. É como um anúncio antigo, se não me engano da Associação das Agências dos EUA, que mostra uma mulher se barbeando, com o título "ao contrário do qua algumas pessoas pensam, a propaganda não faz você comprar o que não precisa". E nem tem toda essa influência sobre o comportamento do público. Até porque, imagino que fazer como no comercial deve doer bastante.
Além do mais, quando eu tinha sete anos e fui a Salvador pela primeira vez, alguém da minha família abriu uma garrafa de cerveja com os dentes. Ele não usava aparelho, não doeu nele e ainda assim foi reprovado por isso. Depois de todos se mijarem de rir. Meus pais comprovam a história, antes que me chamem de mentiroso.
A publicidade se utiliza muito disso para passar a mensagem. É chamado de criatividade. Ê, cambada...
sexta-feira, 20 de maio de 2005
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