Acabei de ler no Globo uma reportagem no caderno Rio que diz que "morador de rua é o maior problema de Copacabana". Pelo que está escrito, isso "incomoda os turistas".
Deve incomodar mesmo. Ainda mais sabendo que essas pessoas dormem na calçada e embaixo de marquises por prazer. E ainda tem essa coisa de não ter o que comer, de não ter higiene, de conviver com a eterna ameaça de serem mortos ou de morrerem sem assistência. A mais pura diversão, que para o azar dos gringos eles não têm direito - nem aqui nem no seu país de origem.
E eu achando que o o maior problema de Copacabana - e do Rio, e do Brasil, e do mundo - era a desigualdade social. Não sabia que o problema está no resultado final, e não nas origens da questão. Vivendo e aprendendo.
Sinceramente, eu acreditava que havia limites para mau gosto e ignorância. Ainda bem que tinha uma Fernanda Pontes no meio do caminho, para me mostrar que não é bem assim e que o ser humano pode ser bem insensível e displiciente.
***
Chega de escrever, tenho muito texto pra criar. Com o desafio extra de escutar um tiozão marretando a cozinha. Pelo menos ele é um sujeito esclarecido e antenado com o mundo moderno, que sabe que "a tecnologia caminha a passos largos" e, por isso, pediu ao meu pai para comprar uma argamassa que delata mais rápido.
Que bom é viver um um país onde até os pedreiros são cultos.
terça-feira, 17 de outubro de 2006
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