quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Os mano
Entra o "modo puxa-saco", mas com motivos de sobra pra isso. Poucas vezes me senti tão em casa fora de casa. Os pais me trataram como amigo de infância, o irmão me trata como se me conhecesse há tempos, a namorada me trata como se fosse do grupo e os amigos me tratam como se fosse um deles. Só isso já valeria tudo.
Mas ainda teve mais. Almoço de sábado aqui. Restaurante tradicionalíssimo no Bexiga, bairro italiano da capital. Ida à casa dos tios gente fina. Noite na cachaçaria ponto de encontro da cidade. Aliás, além de ser provavelmente a segunda maior do Estado, é cheia de ladeiras - por mais que o pessoal de lá não admita. Domingo de churrascão boladão neurótico fortemente na veia, com muita coisa boa. Muita, mesmo. E ainda volto com receitas, cortesia de Sônia.
Modo desativado, fica a conclusão: ganhei uma família em Campinas.
***
De recordação, além das excelentes experiências vividas, trouxe (mentira, achei na Internet porque esqueci de copiar) o hino informal do XV de Piracicaba, da terra de meu querido fiote e agora também de minha querida (com todo o respeito) Marília. Por favor, leiam com sotaque:
Carxara de forfe
Carcanha de grilo
Asara de barata
Suvaco de cobra
Oreia de besoro
Paster de carne
Garrafão de pinga
Minduim torrado
Já que tá que fique
Treis veis cinco é ...
XV XV XV
Vitória!
Agora vocês já podem enxugar as lágrimas. Ou o xixi.
***
Fatos da semana comentados freneticamente:
-Mengão na Libertadores - quase chorei;
-Bahia subindo e estádio descendo - quase chorei duas vezes;
-cisco no olho - quase chorei.
Minha vida, minha cabeça, tudo anda a mil. Por isso não tenho postado com a freqüência que gostaria. Mas até sexta entra aqui um conto que escrevi no trabalho. Sim, no trabalho. Em algum momento preciso aliviar a tensão caligrafisticamente, não acham?
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Feriadão boladão
Escrever? Não, obrigado.
Ler um livro inteiro? Não, obrigado.
Quem sabe arrumar a casa, finalmente? Não, obrigado.
Prefiro ficar assim, atrasando tudo. Afinal, a vida é melhor para quem precisa fazer tudo com pressa e sofre pressão de todos os lados. (Seria pressão uma pressa grande? As palavras têm o mesmo radical, press, do grego presius?)
E não é que ainda assim foi muito bom?
***
Planos, planos, planos. Me sinto o Cebolinha, ou um daqueles vilões do 007. Tomara que eu saia vencendo no final, porque de Mônicas e Bonds já estou farto (do latim fartius, boladão).
Só sei que eu continuo indo.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Na beira da praia
Vocês sabem, mãe a gente só tem uma. Mas, assim como as de carne e osso, essa também tem a última palavra. Por isso o revide e essa bagunça no mundo.
Se não se pode vencê-los, junte-se a eles. Vou fazer minha parte e ajudar a prejudicar o planeta. Jogar lixo no chão, andar com carro desregulado, deixar luzes acesas, gastar água. Reciclar, que nada. Vou cagar tudo.
Uma das consequências não é a elevação do nível dos mares? Pois é. Tomara que ele avance umas duas quadras pra dentro. Sem nenhum esforço, vou morar na beira da praia de Copacabana. Quer mais?
Um visionário, esse eu.
***
Não é por nada não, mas se você escuta sobre as vendas de veículos que movimentaram a economia brasileira e a felicidade das concessionárias em não manter o estoque e, logo depois e na mesma emissora, vê os males causados pelo excesso de carros nas ruas, não tem alguma coisa errada? Só eu enxergo incoerência nisso?
sábado, 3 de novembro de 2007
Ão, ão, ão...
Pelas pressões que o técnico da seleção brasileira sofre, graças a contínua falta de pontaria dos atacantes escolhidos, ele é obrigado a abrir uma concessão e agradar aos mais de 200 milhões de técnicos que exigem a convocação do artilheiro do Campeonato Brasileiro. Obina é chamado às pressas e chega já recebendo a camisa 11.
Marca ao menos um gol por partida, mas na semi-final perde um pênalti que quase custa a classificação para a sonhada revanche contra um revigorado Uruguai. A síndrome do Maracanazo atinge a todos. Milhões de litros de cerveja são vendidos, o ouro líquido se esvai das prateleiras. Seja para comemorar ou esquecer uma possível derrota. E a esperança brasileira que depositavam no Obinão não é mais a mesma. O que fazer?
Em Salvador, macumba. Em Curitiba, choro emo. Em São Paulo, negócios. Em Rio Branco, tentativas de fazer chegar a luz elétrica. No Rio, pressão. Um corredor humano gigante se forma desde a concentração da seleção, em Jacarepaguá (novo centro econômico-social da cidade) até o estádio Mario Filho. Crianças gritam, mulheres choram, homens berram. Todos querem a vitória. É ela ou a cabeça de todos.
Começa o jogo, passa o jogo, vai acabar o jogo. Chance de ambos os lados, equipes nervosas, dois jogadores expulsos para cada lado, juiz pressionado errando sistematicamente, bandeirinhas com medo de olhar para trás, Joel Santana rouco à beira do gramado. Ninguém sabe mais o que fazer e já se conforma com os pênaltis.
É aí que Juan resolve se arriscar ao ataque. Passa do meio-campo e, vendo o relógio holográfico projetado na cobertura do estádio marcando 44:22, chuta a bola desesperadamente para a área, fazendo um centro de 33 metros. A zaga uruguaia se tenta afastar, mas a bola sobe. Como em filme brasileiro (agora premiado com Oscar todos os anos, junto com os chineses), todos vêem a bola cair em câmera lenta, quicar e subir outra vez, na altura da cabeça do atacante brasileiro mais bem posicionado na área. Obina. Que arma uma bicicleta perfeita, acerta um petardo e coloca a bola no ângulo direito de Izquierdo. Ela ainda bate caprichosamente no travessão, em cima da linha e morre no fundo das redes.
Os uruguaios correm para cima do juiz, pedindo pé alto. Obina corre para a torcida, que não se aguenta e invade o gramado do Maracanã. O Maracanazo é nosso, agora.
Com a confusão formada, os adversários correm para o vestiário, alegando falta de segurança. O trio de arbitragem faz o mesmo, e o árbitro anota a invasão na súmula. A Fifa age rápido, e pune o Brasil pela falta de segurança e organização, além do comportamento inaceitável da torcida.
E o Uruguai é tri com um gol do Obina.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Estou aqui
Saí da DPZ e fui pra Casa da Criação, pra quem não sabe. Fiz três meses ontem, dia 31. Desconheço meu futuro lá. Ao mesmo tempo, a profissão me dá o que pensar. Vocês já pensaram no que fazem da vida? O que a carreira de vocês traz? Realização profissional é uma meta alcançável para boa parte das pessoas com um tanto de talento e outro de dedicação. Mas é tudo? Botar dinheiro no bolso basta para vocês?
Para mim, não.
No meio do turbilhão de pensamentos desencontrados, assisti "Pão com mortadela", uma adaptação de "Misto quente", do Bukowski, que agora está no Teatro da Gávea. Vi no Leblon, saí com os olhos marejados e fui andando até a Gávea, depois Jardim Botânico, peguei um ônibus antes de ser pego por mendigos, passeei por Rio Comprido, Água Santa, Praça da Bandeira, Tijuca. Fiquei por ali, onde fui andando até o metrô Sans Peña para pegar o penúltimo da noite. Ou seja, tarde. Sempre pensando na vida.
Li "Tropicalista lenta luta", do Tom Zé. Uma aula de criatividade e dedicação (fora testemunhos muito engraçados de fatos ridículos e singelos de um iraraense - mais mal nascido que meu pai, o que me é motivo de orgulho, um dia explico o porquê).
Pensei-repensei-rerepensei a vida, andei mais por aí sozinho, acabei com meu parco dinheirinho do freela, andei mais, vi Piaf...
Piaf merece um comentário à parte. Vale ver um grande exemplo do que se deve e do que não se deve fazer, tudo ao mesmo tempo. E se você estiver pra baixo, ver alguém tomar tanto na cabeça lava sua alma, de certa forma. Afinal, você não é a pessoa mais cagada do mundo.
Andei mais, vi muita coisa pelas ruas - ver com outros olhos, não o viciado do dia-a-dia, mas o mesmo que vê as coisas pela primeira vez, como em viagens e descobertas surreais por aí.
Enfim, minha mente chegou ao primeiro bilhão de anos-luz rodados. E a sensação é de estar no meio do caminho para algum lugar desconhecido, e sem ter para quem perguntar porque ninguém foi por essa estrada. Ou pelo menos não conheço ninguém que tenha ido.
Resumindo meu resumo mal sucedido, a vida é curta para deixar as coisas para depois. Arrisque agora ou se cale forçosamente para sempre. E vai por mim, vocês não vão querer isso. Não importa quem está lendo, você tem tempo de mudar.
***
Não sei se fechei o texto anterior como gostaria, mas não faz mal. Deve ser a falta de prática de postar na Ponte. Espero voltar ao tráfego normal para recuperar a manha.
De qualquer jeito, preciso fazer menções honrosas aqui. Alan está bem, minha-pequena-que-não-deixa-eu-citar-o-nome-porque-tem-medinho está bem também. Os dois estão conquistando as coisas.
Graças a Deus. Até porque, convenhamos, alguém tem que ir para a frente.
***
Como não podia deixar de comentar, propaganda. Vi outro dia uma, acho que é do shampu Seda, que diz que "se você não tem brilho, não tem nada".
Sério mesmo? Então as posses de uma pessoa na vida se resumem ao brilho dos cabelos? Pelo que entendi, experiências, conquistas materiais e espirituais, nada disso vale. O bom mesmo é ter um cabelo RGB photoshopado em TV de LCD com mais todas as sglas que queiram demonstrar tecnologia e futuro. Bem que, pelas fotos da juba do Einstein, achava que ele era meio tapado, mesmo.
Nem pesquisei o nome dos gênios criativos para não me irritar. Apesar de que estaria errado.
Meu cabelo está sem brilho.
***
E não percam, na próxima (breve) atualização pontesca: um gosto repentino por academia, o projeto Libertadores 2008, todas as idéias que (não) vão sair do papel para a Copa de 2014 e a narração do gol de bicicleta do Obina na final no Maraca, o estádio da maior torcida do mundo - do lado direito das cadeiras brancas, no gol em frente à Raça, que a essa altura será toda da Flamanguaça, o futuro da Nação.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
sábado, 6 de outubro de 2007
Boa noite?
A frase é do Comandante Pimentel, a voz do BOPE no "Notícias de uma guerra particular". Não é preciso ser um gênio para entender o que ele quis dizer: o governo só entra no morro se for para reprimir. Nada de políticas públicas para os pobres. Excluídos serão sempre excluídos.
Uma vez meu pai foi à uma costureira que trabalhava com ele. Era no pé de um morro qualquer. E o lugar estava em festa, porque um caminhão de entrega do Ponto Frio havia sido roubado naquele instante e o conteúdo estava sendo distribuído aos moradores. Legal o traficante, né?
Não. O apadrinhamento que eles fazem não é função dos governantes, mas na falta de qualquer solução proposta aos miseráveis isso acaba valendo. E mais: se você, transeunte da Ponte, não conseguiria viver bem com um salário mínimo, por que alguém com família conseguiria? Ou melhor, como?
Exatamente. Não vive. E por isso aceita de bom grado o que os bandidos dão a eles. Porque o sonho de consumo dessa gente é como o seu. Só está mais distante de ser alcançado.
E por que os traficantes existem? Porque pessoas como vocês e/ou amigos compram o que é distribuído por eles. Oferta e procura. Preço de mercado. Oportunidade de emprego. Capitalismo. O nome não importa, o vício sim. E é graças a ele que se compram armas, que se pagam os salários acima da média dos envolvidos no crime, que se mantém a vida paralela.
Por isso, antes de reclamar que perdeu o celular ou o tio foi agredido covardemente por um pivete, pensa que o mesmo dinheiro que você (não necessariamente leitor, mas usuário) usou pra ficar doidão (doidona) serviria para fazer algo maior por alguém. Ou o básico, como dar um prato de comida.
Ahan, não é obrigação sua. Como não é obrigação do marginal saber distinguir quem faz alguma coisa boa, quem faz coisa ruim e quem não faz nada. Vamos chamar de daltonismo criminal: uma pessoa com arma na mão não sabe distinguir o verde bom do vermelho ruim. Escolhe um e aperta o gatilho.
E aí, quando vai ser a sua vez?
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Sinto muito
Fica pra proxima.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Novidades
De tudo isso, só a última ainda é passível de mudanças. Então torçam aí, crianças, porque senão não vai haver realmente nenhuma novidade pra contar.
sábado, 22 de setembro de 2007
Uma votação que vale a pena
Não adianta só apontar os ladrões. Devemos mostrar admiração pelos honestos e votar certo - não só no site, mas na vid real.
2008 vem aí. Quem vai representar você no Congresso e no Senado?
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
E o vencedor é...
Estava calmamente lendo o BlueBus quando leio que Paulo Coelho avisa q volta após a morte caso seja necessario. Não é mentira, pode clicar lá. Ele disse que ninguém deve invocá-lo, que ele dá um jeito de aparecer se for preciso mesmo.
Muito bem, PC. Que você seja esquecido queimando no fogo do inferno, tentando abrir passagem entre as almas penadas, que nem você fazia quando queria passar pelos engarrafamentos. O que não vai faltar é livro pra queimar lá embaixo.
Mas juro que, se eu achasse possível, invocaria o Paulo Roger Rabbit só pra matar o morto.
E quando morrer, quero poder atualizar a Ponte de onde estiver, pra contagem de posts não parar nunca.
Amar é...
Depende. Se for amor à profissão, sim. O que, no meu caso, também prova que, quando se faz por amor, não se cobra nada. Literalmente.
Pelo menos, tomei a decisão de ler um livro por semana. Duas, se tiver mais de 500 páginas ou se for em língua diferente de inglês ou espanhol. Vamos ver se consigo. E não me perguntem o que tem a ver com trabalhar sábado e domingo. Só quis contar minha resolução de ano novo.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Um cara legal
Ora, bolas! Por que o Renan deveria ser cassado? Só por alguns poucos escândalos? Por umas ações ilegais de nada? Que preconceito! E ele estava tão seguro da sua inocência e da sua não-cassação que nem renunciou. Isso, sim, é confiança!
Ô homem bom, esse tal de Renan Calheiros!
***
Por outro lado, Raul HomemJung tentou pegar um segurança na mão. Mas quem conseguiu pegar alguém foi o Gabeira, que errou um soco só pra dar um beijinho. Profissional, esse maconheiro.
***
E já li que teve notícia saindo de lá de dentro pelos celulares de alguns políticos. Assim a mídia sabia de tudo mais rápido. Mas como ela é extremamente honesta e imparcial, isso não vai impedir que fale sobre os que a ajudaram, se for preciso.
***
Com isso eu me convenço cada vez mais que essa campanha é muito da verdadeira. Realmente, "o bom do Brasil é o brasileiro", não é?
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
iML
"Deu ontem no Tiago Doria. O blogueiro americano Adam Finley, 30, do TV Squad, morreu na ultima 5a feira, vitima de atropelamento. Nao carregava documentos no momento do acidente. Com a ajuda da Apple, a policia conseguiu identificar o atropelado atraves do numero de serie do iPod que carregava!"
Duvida? Tá aqui.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Meu nome é trabalho - escravo
Obviamente, não por vontade própria.
Fim.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Desculpa o atraso
A MAIOR SESSÃO DE DESCARREGO DO MUNDO! E bem aqui pertinho, na Praia de Botafogo. Foi sexta, às 21 horas. E com a presença do "maior evangelista do mundo" em pessoa - segundo o cartaz que li no ônibus -, Edir Macedo.
Deus vai perdoar minhas piadas por motivos óbvios, então vamos lá. Será que ele chegou até a praia passando pelo meio da multidão ou abriu a platéia como Moisés separou o Mar Vermelho? Teria a polícia ido até lá cobrar alguma explicação ou cumprir mandato de prisão - se é que alguém conseguiu um? Por falar em cobrar, será que ele correu a sacolinha? Porque, se correu, com certeza o evento vai entrar para o Guinness como a maior arrecdação de dízimos da história. Nem a Inquisição ou o Quinto (cobrado pela metrópole portuguesa à colônia brasileira, se estiver errado passei perto mesmo assim, então dane-se) devem ter conseguido tanta grana de uma vez só.
Nada contra a religião em si, se todos os bandidos, drogados e jogadores de futebol que dizem que estão convertidos estiverem falando a verdade, o mundo está um pouco melhor. Mas o Edir pediu pra ser ladráo, Deus mandou pro inferno e ele roubou o estilo do capeta. E ainda cobrou por isso. E a corja dele não faz por menos.
Se um dia vocês passarem perto de qualquer um desses pastores, escondam a carteira. E se for perto do Macedão, deitem no chão e se finjam de mortos. Talvez ele não ataque.
Se tivesse que escolher alguma Universal, seria desse Universo.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Blablá hiperlinkado
O que me lembra Paulo Coelho.
O que me lembra Playboy.
O que me lembra Barbara Paz.
O que me lembra Supla.
O que me lembra que ele fez um show na Barra sábado passado, algo que só descobri quando ia para casa-um com Alan.
O que me lembra que ele chegou hoje a Madrid.
Tudo bem, na verdade não precisava ter escrito absolutamente nenhuma dassas enrolações para falar dele. Mas é que, além de ficar muito mais divertido, abro portas para desfilar minha ira contra muitas dessas coisas que citei. Obviamente começaria pelo PC. Mas não vou.
Só quero deixar marcado aqui (mais um) início para meu querido garoto-prodígio e minha torcida para que essa estadia européiaseja a mais proveitosa e enriquecedora possível. Sei que vai.
E também para abrir as portas para uma possível temporada européia de minha pessoa, tal qual meu xará agora à milanesa. Mas sem ser Pato. (rá, que belo trocadilho só entendido por futebolistas)
Vambora pra terra dos sem-banho, mô?
domingo, 2 de setembro de 2007
Tô irritado
Já que é assim, resumo os assuntos.
Paracatu vai ganhar área de proteção ambiental. É verdade, tá aqui. Agora, ele aqui vai poder voltar pra casa. Afinal, todo mundo sabe que disco voador que se preza se esconde em floresta.
Quixeramobim, realmente, é uma cidade mediováigel. Senão, vejam essa notícia sobre educação e essa aula de uma pessoa extremamente educada e, por que não, helpis no conhecimento de língua portuguesa.
Enfim, essa foi uma postagem cheia de links. Cliquem e divirtam-se.
ps: bonus para vocês se "cagarem, peidarem" de tanto rir, como diria o mestre Dal.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
iJobs
Cada vez mais eu acredito que aquela história de computadores dominando os humanos vai ser verdade, precisando apenas de uns anos a mais para aperfeiçoarem a técnica e perderem o controle sobre os eletrônicos. Inclusive, já faço minha fezinha sobre os próximos passos do Steve:
-iChair
-iWater
-iLatrine
-iPlane
-iCondom
-iMe
Esse seria o último passo antes da dominação total. Por isso, o dia em que qualquer um de vocês ouvir ou ler algo sobre a união "chíptica" entre a Apple e o ser humano, por favor: mate Steve Jobs.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
domingo, 26 de agosto de 2007
Ah, se eu pudesse...
1.vejam, mesmo antes de sair no cinema - inclusive, em outubro vejo nas telonas;
2.não vou falar do filme, mas admito que, se eu pudesse, queria muito fazer como o personagem em uma das cenas: entrar no meio de uma passeata pela paz da "elite dominante", como chama o mestre Dalborgha, e sair metendo dedo na cara de madame e chutando costela de playboy.
Não existe nada pior que hipocresia. Fumar um baseado, meter o nariz e pedir por paz? Subir o morro pra comprar parada da mão de traficante de 10 anos que eu tô tirando da escola pra comprar Nike na Uruguaiana? Reclamar da violência da polícia, que me deu dura quando eu tava indo pra rave com bala e haxixe? Ué, por que não?
Queria devassar a vida dessas pragas que vão chorar o filho preso, logo ele, um bom menino. Ou ela. Ou então atores e atrizes que chegam ligadões pra gravar o Criança Esperança.
Pra não perder o costume, pro inferno todos eles. E quem apóia, concorda e defende. Vai perder o filho com um tiro na cara e fazer o reconhecimento no IML pra ver o que é bom.
É como diz a louca drogada que mora lá no prédio: "moro com traficante, entram no prédio pra roubar, e só tem puritano!".
Que morram vocês todos.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Minuto de sabedoria
Mário Quintana
Qualquer semelhança é a mais pura realidade.
domingo, 12 de agosto de 2007
Política de inserção de portadores de deficiência
Aí veio o Marcio Canuto e seu super hilariante humor com sotaque nordestino. Nada contra o sotaque, mas contra o humor, sim. Até porque o que ele fazia não era engraçado nem se comparado a um livro do Sarney ou a uma videocassetada. Mas vá lá, eram só os dois.
Então colocaram uma horda de repórteres recém-formados pela APAE, cuja última turma graduou os de nomes difíceis: Glenda Kozlowsky, Tadeu Schmidt (tão idiota que o Oscar nunca tocou no seu nome, mesmo sendo irmão – o que prova, de certa forma, sua vergonha e um grande preconceito) e afins. Gente que não faço a menor questão de lembrar agora.
Mas hoje a coisa atingiu seu limite – ou o meu, pelo menos. Fui almoçar em casa, feliz e contente com minha comodidade, e aproveitei para assistir o Jornal Hoje. Sou um cara antenado, afinal de contas. Daí os âncoras, Sandra Annenberg e um fulano que esconde a rechonchudez no terno bonito da emissora, chamaram uma reportagem sobre um cozinheiro imigrante em Paris que virou sucesso na Internet.
VALE-ADENDO: tudo, absolutamente tudo, é sucesso na Internet; isso prova ou que a Internet é um sucesso como um todo ou que o ser humano exagera em tudo. Adivinha minha opinião.
Voltando, eles chamaram a reportagem, o negócio era interessante mas nada demais, e no final ele cantou uma versão em português (leia-se a repórter praticamente obrigou/implorou ao pobre coitado "canta coma kebab, coma kebab, vai, só pra fechar legal minha matéria; eu quero tomar o lugar da Anna, sabe?").
Tá. Normal. Graça um e meio. Acontece que a câmera volta para os âncoras e eles estão rindo. Absurdamente. Vejam bem, até entendo que rissem, eles são a cara do jornal e tinham que dar uma moral pra reportagem. Mas não era pra estarem se cagando de rir. Nunca, em hipótese alguma.
O que prova minha teoria de que a Globo exagerou na sua política de inserção de portadores de deficiência.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
A construção do discurso
Outro dia (que não lembro qual porque só pude postar hoje), apareceu no Jornal Nacional: "Lula anunciou hoje a intenção de transformar o Brasil em um imenso canteiro de obras". Lido pela Fátima Bernardes, com voz solene e ar de resignação/preocupação.
Então a Globo - e o Globo, a Veja e sei lá mais quantos meios de comunicação - passam dias, meses, anos enchendo o saco sobre infraestrutura; produzem reportagens especiais sobre o estado precário das rodovias brasileiras; educam todo o povo com seu profundo e quase atemporal conhecimento sobre tipos, qualidade e pormenores de pistas dos aeroportos; citam meios alternativos de transportes que poderiam, se não resolver, pelo menos ajudar o país a melhorar o caos em que está mergulhado - exemplo, recuperar a malha ferroviária.
Aí, quando o governo resolve anunciar investimentos na área a partir de muito em breve, isso demonstra a vontade do presidente em transformar o país em um imenso canteiro de obras. Ah, tá. Entendi.
Não preciso nem dizer que o Lula não disse a frase acima na coletiva. Mas isso "foi dito", nas entrelinhas. Então por que não se lê nas entrelinhas a intenção de punir os culpados, quando se diz que as investigações estão seguindo, ou por que não se lê nas entrelinhas a vontade de explorar os miseráveis, no discurso super bonito de união e ética da oposição?
Como não sou o Foucault, posso terminar meu estudo sobre a construção do discurso assim: vão pro inferno!
***
Agora, esportes: o Flamengo vai mal, hoje tem jogo e estou com medo de asistir. Infelizmente, não consigo deixar de ver, o que deve render uma boa grana para algum cardiologista em um futuro próximo.
E voltei a jogar bola, o que me faz deveras feliz.
***
Saúde: vai bem, obrigado, e parece que posso operar a miopia. Mas com isso não poderei jogar bola por um mês.
***
Emprego: trabalhando freneticamente para ficar em Casa. Se não for possível, pelo menos que minha estadia lá possa proporcionar bons trabalhos, algum prêmio e uma ida para outra agência - quiçá mais boladona.
Pelo menos tenho dado a sorte de trabalhar com pessoas extremamente criativas, competentes e engraçadas. Motto agora é aprender com o MC.
"Pronto! Atualização concluída com sucesso."
sábado, 4 de agosto de 2007
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Fui pra Casa
Que seja eterno enquanto dure. E que meus trabalhos de nós todos de lá apareçam muito e resolvam os problemas de comunicação dos nossos queridos e amados clientes, para que soltem verbas polpudas para a gente. Afinal, toda Casa precisa de dinheiro para se manter, né?
Com licença, vou trabalhar. Daqui a pouco (pouco mesmo, amanhã) volto com mais textos.
E sim, o francês era o salope do Samir. Buena gente, Naty, has perdido un montón.
E mô, valeu pela força. Mudanças sem apoio são só confusões estabanadas na mente. Você sabe o poder da (sua) mente na (minha) vida, né? ;-)
Aos outros, mantenham o tráfego na Ponte. E visitem aqui, eu também tô lá. "Coé, pow!"
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Há quanto tempo!
Acontece que motivos de força absurdamente maior me fizeram deixar a Ponte ao léu, coitada, esperando um simples tráfego de informação. Provavelmente continue assim mais alguns dias, mas já volta ao ritmo normal.
Acontece que tem um francês na minha casa, mudanças na vida e cabeça a mil. Fora a habitual falta de tempo. Mas não esqueço de vocês, transeuntes queridos nessa terra de quase-ninguém. Paciência, porfi.
Pra não dizer que não falei de flores e matadores... Obina hoje!
ps: não falo de caos aéreo em respeito ao último acidente. Sem piadas de humor negro, inclusive. Poderia ter sido eu ou você. E aí, até quando você quer isso?
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Ops
terça-feira, 26 de junho de 2007
Foi mal
"O prefeito de Salvador, João Henrique, (PMDB) conseguiu proibir judicialmente a rádio, site, blog e revista Metrópole de citarem indevidamente seu nome.
Caso desrespeite a decisão, a empresa deverá pagar R$ 200 mil de multa, segundo decisão da 2ª Vara Cível, Silvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho.
O prefeito entrou com recurso logo depois da publicação da primeira edição da Metrópole, distribuída gratuitamente, que usou uma caricatura sua na capa e abordou sua atuação na prefeitura.
A decisão impede os veículos da rede de publicarem "quaisquer alusão e referências explícitas ou implícitas, depreciativas ao nome, a honra, ao caráter, a intimidade, a vida privada e a imagem do autor ou ao cargo que o mesmo ocupa na Administração Municipal, ainda que tais alusões, referência ou imagem venham dissimuladas em personagem caricaturas, participantes, afiliadas ouvintes e outros"." (aqui)
***
"Geralmente quando aqui se fala da violência que tomou o Rio de Janeiro, da qual está vivo bárbaro exemplo no assassinato do menino João Helio, bom número de leitores localiza nas favelas, nos negros e pobres a origem de todos os males.
Alvo fácil para as propostas de sempre: remover essa gente, passar o trator, dar-lhe casa bem longe, na periferia, mas com ônibus para que possa continuar sendo doméstico, pedreiro, encanador e (por que não?) traficante, desde que suas balas perdidas só sejam achadas por seus iguais.
São opiniões respeitáveis, como todas as que aportam neste blog. Talvez delas se possa extrair destino para os cinco jovens que encheram de pancada Sirley Dias de Carvalho Pinto, 32 anos. Ela esperava um ônibus de madrugada numa das áreas mais abonadas da Barra da Tijuca." (e por aí vai, aqui) Ou seja, se fossem velhos, ou desempregados, poderiam ir presos. Talvez se fossem favelados. Pelo menos pobres. Talvez isso seja tão injusto quanto prender um policial - ou coisa que o valha, já que a maioria é tão bandida quanto bandidos estabelecidos, só que com carteira assinada - por matar um aposentado na fila de um caixa eletrônico. Fila, aliás, que ele queria furar. Talvez por precisar correr de volta à delegacia para fazer alguma justiça.
***
"Os apresentadores Vesgo (Rodrigo Scarpa) e Silvio (Wellington Muniz) foram barrados da festa de lançamento da novela Sete Pecados, organizada pela Globo no último domingo dentro do Second Life. Diversos fãs foram também expulsos do local por fazerem a "dança do siri", de acordo com o blog de Vesgo." (pra quem ainda não viu, aqui - valeu, mô)
***
Depois desse combo, o que eu posso escrever? Estava vendo o jornal quando o pai de um dos garotos apareceu em cena. Literalmente, porque ele só podia estar atuando. Ou quem diz que "gostaria de pedir desculpas à ela, mas é necessário ver que seria uma injustiça manter jovens, estudantes, que trabalham, presos".
Será que vai passar a ser natural espancar quem você acha que merece? "Putz, achei que era gay". "Ih, jurava que era cearense". "Caramba, e não era Maria o nome dela?!".
Entramos na cultura do "foi mal".
Foi mal, mas isso eu não aceito. Ou a gente começa a mudar ou nosso país vai ficar (cada vez mais) um inferno. E eu quero demais ajudar o país, mas se achar que não tem jeito vou embora.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Esperem amanhã
Nada disse tem importância. Hoje à noite, sim, vai ser boladão. Amanhã eu conto.
sábado, 16 de junho de 2007
A propaganda é a alma do negócio
Não postei antes porque minha semana foi deveras corrida. Vejam bem, até portifólio novo eu tenho. Bonitão, boladão, com peças da DPZ, mas ainda faltando títulos únicos que falem por si só, sem necessidade de texto. Pois é, nem tudo é perfeito. Mas já é um bom começo.
Comecei oficialmente a temporada de caça à vaga de redator jr.
Enquanto a vaga não vem, observo com mais tempo os fatos do mundo, como a queda de qualidade da propaganda. Ou escândalos que envolvem políticos, vagabundas diplomadas e dinheiro por fora. Como esse assunto já encheu, falamos de publicidade.
Quem viu alguma vez o comercial do Pedrinho querendo cagar na casa do amigo, levante a mão. Quem quis matar o Pedrinho, a mãe dele e todos os que participaram desse atentado à inteligência levantem a mão com uma pistola.
Deus, será que tem gente tão imbecil assim no país? "Mãe, eu quero fazer cocô. Mas eu quero fazer na casa do Pedrinho!" é uma das coisas mais idiotas que já produziram por esses anos. Se tem gente que ganha dinheiro pra fazer isso, em algum lugar do país eu poderia ser um diretor de criação com um salário exorbitante.
Maldita desigualdade de oportunidades!
E por falar em mongolices, recebi uma carta do Credicard Citi. Claro, é pra eu fazer um cartão. Apesar de já ter um deles, o que mostra o tamanho da desorganização dos cretinos - nem tiram da lista de mala direta quem já tem o produto deles.
Mas o pior é o texto. Explica passo-a-passo as vantagens de se obter o cartão. E diz exatamente que "eu escolho uma data de vencimento (com asterisco dizendo que depende deles também) e todo mês pago nesta data". Não é incrível? Eu escolho uma data para pagar e, como benefício, eu pago na data que escolhi!
Sério, burrice tem limite. Ou não, no caso deles.
Pra fechar a postagem estilo "socorram a propaganda", fica a dica. Lá embaixo tem dois links. Uma é pro Buzina Louca, blog do professor e amigo Eduardo Barbato. Vale conferir pra ver o que acontece de melhor na propaganda mundial. E logo abaixo tem o blog da vovó danada, com o que acontece de pior nos bastidores da propaganda brasileira. Preparem seu estômago e divirtam-se.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Only you...
De mutantes, já bastam os X-Men.
***
Hoje de manhã eu estava aqui, tentando pensar em títulos (imagens, conveitos, aquilo tudo), quando algo excelente me veio à cabeça. Infelizmente não tinha nada a ver com o trabalho, mas ainda assim gostei bastante. E compartilho com vocês.
Um apelido legal para anão seria 1/3, né? Um terço. Um terço de parede.
Pode até ser humor negro. Mas que é legal, isso é.
***
Apesar das várias passagens aparentes na Ponte, parece que só minha-pequena-que não-posso-falar-o-nome-aqui estaciona suas idéias por essas bandas. Oh!, triste sina de uma via de idéias, caminho de mão única para a morte infinda de pensamentos prodigiosos.
Enfim, obrigado, mô. O título dessa postagem foi para você.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Medo
Alan e eu nos divertimos muito, conhecemos gente legal, viajamos juntos pela primeira vez, e tudo começou aí; de qualquer jeito, rever isso dá medo.
Mas se querem saber, faria tudo de novo com um sorriso infinito. E aposto que ele também.
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Leia o livro, vá saber...
Hélio de Almeida Fernandes, meu professor, orientador e, acima de tudo, amigo, fez a noite de autógrafos por sua nova publicação na livraria do Unibanco Artiplex, em Botafogo. Um espaço muito bom, diga-se de passagem. A não ser que o povo alternativo-cult-descolado-quase-emo te incomode. Aí, vai pro Caldeirão da Via Show.
Enfim, lá estava o Hélio com seu Epístolas ao Peixe e sua impressionante disposição, semi-sorrindo para fotos, assinando cópias e mais cópias e conversando com qualquer pessoa que se chegasse. Carminha, sua esposa, estava lá. Claro. Uma das senhoras com mais disposição que eu já vi. Andava de um lado para o outro, uma perfeita anfitriã. Se cordialidade valesse dinheiro, ela compraria o Eike Batista e mandaria ele lustrar seus sapatos com as bochechas.
Os dois estavam acompanhados de seus filhos, netos, parentes cuja relação não entendi muito bem e uma legião de amigos, colegas, fãs e afins. Estava cheio, o que deve ser difícil em um país como o nosso, repleto de escassos leitores. Entre essas pessoas estavam ainda meu pai, Alan e Señor Almeyda, prestigiando junto comigo.
Obviamente comprei o livro. Obviamente ele assinou, o que transforma esse no terceiro autógrafo da minha vida – o segundo dele, já que nunca me importei com assinaturas. O que vale aí é a amizade, não uma histeria pelo nome alheio escrito na publicação.
E só para saberem, o primeiro foi de um autor que não conhecia, mas era garoto e o professor incentivou a ir pegar seu autógrafo. Quase obrigou, na verdade. Coincidência ou não, foi um dos raros livros na minha vida que reli. Duas vezes. Então deve ser bom.
***
Por um acaso, esta calorosa noite de recepção e demonstração de amizades foi uma das mais frias do ano. O dia, que já tinha batido recorde (pra mim) ao marcar míseros 19º 13h30 em Ipanema (!!!), chegou aos 16º às 19h40, na praia de Copacabana.
É como diz a música. “Moro num país tropical / abençoado por Deus / e bonito por natureza”.
Aliás, vamos falar da parte de ser abençoado.
***
Reza a lenda-piada que Deus, ao escolher o que colocaria de catástrofe em cada país para equilibrar a criação do mundo, escolheu furacões nos EUA, terremotos no Japão, vulcões na Itália e políticos no Brasil. Acho que Ele exagerou na dose.
Vejam bem: no Japão, dois políticos acusados por irregularidades – acusados, não condenados – se suicidaram. Inclusive, na foto do enterro de um deles, a viúva sequer chorava. É a vergonha da desonra.
Na China, vira e mexe condenados por corrupção são mandados pra cucuia. A bola da vez é um fulado que recebeu 850 mil Tio Sans por uma coisa qualquer que não lembro. Aliás, eles estão endurecendo penas para pessoas de cargos públicos que forem pegas em seus erros: perda do cargo, expulsão do Partido Comunista e coisas mais.
E aqui? Ah, o Brasil tem um povo, amigo, solidário, tranqüilo e receptivo. Verdade: recebe muito bem quem mete a mão nos cofres públicos, quem sonega, rouba e atrasa nosso desenvolvimento. Colocou uma gravata, é doutor. E virou doutor, liberou geral.
É triste. Desanimador, na verdade. Outro dia discutia em sala (infelizmente, ainda preciso ser aluno) essa situação, e a professora disse que o brasileiro não quer saber das coisas. Não quer que mudem, muito menos vai se esforçar para isso. Estou cada vez mais inclinado a concordar. Enquanto isso, o Brasil caminha a passos largos para a beira do abismo. Ou o fundo do poço, o fim da linha ou qualquer outra analogia que vocês prefiram e represente bem nosso atual estado de degradação.
Mas “o bom do Brasil é o brasileiro”, não é verdade?
terça-feira, 29 de maio de 2007
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Conflito evitator
Algo errado não é com gays, adoções e afins. É com flamingos adotarem esse comportamento. É curioso e indica desequilíbrio ambiental, pois se machos e fêmeas existissem em iguais proporções isso não aconteceria.
Minha questão é com a natureza, pois na nota posterior (cujo link fiquei devendo), falo sobre uma cobra explodir depois de comer um jacaré. Sem nenhuma conotação sexual, inclusive.
Dito isso, espero ter deixado claro que não tenho nada contra classe ou gosto qualquer. Apenas gosto de falar de curiosidades. Se quisesse polemizar, falaria de política e do nazi-papa. Ou de criminalidade, vai saber. Nunca de sexualidade.
Prometo que vou tentar passar com mais calma por aqui. Escrevendo rápido, posso dar margem a duplas interpretações, e isso só pode acontecer quando eu tiver a intenção.
Há algo de errado com o mundo
"Os flamingos, chamados Carlos e Fernando, sofreram o indizível para se tornar pais, adotando práticas variadas. Eles chegaram a expulsar outros flamingos de seus ninhos para ficar com os ovos na reserva da organização Wildfowl and Wetlands Trust (WWT) de Slimbridge, sudoeste da Inglaterra.
Sempre à espreita, não deixaram escapar a primeira oportunidade real, quando um dos ninhos foi abandonado, e conseguiram levar um ovo debaixo das asas. O casal, inseparável há seis anos, alimenta a cria produzindo leite em suas gargantas.
"Fernando e Carlos são um casal do mesmo sexo conhecido por roubar os ovos de outros flamingos, atirando-os de seus próprios ninhos porque queriam criá-los eles mesmos", explicou a porta-voz do WWT, Jane Waghorn.
Os casais gays são comuns entre os flamingos, explicou a porta-voz da organização. "Se não há fêmeas suficientes ou se não se sentem atraídos por elas, os machos se juntam com outros machos", afirmou."
Duvida? Ó aqui.Depois, isso:
Bom, aqui entrava uma reportagem de uma cobra que comeu um jacaré e explodiu depois. Dizia, até, que sua cabeça não foi encontrada. Assim como a matéria, que sumiu da página da Folha. Mas entenderam o recado, né? Coisas bizarras sobre a natureza.
Eu não sei o que é, mas tem algo errado no mundo.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Resumo (antecipado) da semana
Revoltem-se e divirtam-se.
1. He-man vai ganhar uma versão tela grande
A onda retrô está mais retrô do que nunca. A bola da vez é o Gugu bombado – nosso herói He-man. Ainda não existe ator escolhido para o papel, não existe data certa nem nada. Mas já estou em contagem regressiva.
E só para ficar registrado, recomendaria o Arnold Schwarzenegger. Primeiro por ser bombado, segundo por ter experiência em papéis do tipo (ou alguém não viu “Conan, o Bárbaro”?), terceiro por tirar o ex mister Universo da política.
E deixo aqui minha homenagem ao herói de tantas horas, salvador de minha infância e incentivador de bons costumes e do poder do bem contra o mal. Uma poesia única, relembrando a década de 80:
Eu tenho a força,
sou invencível.
Vamos, amigos,
unidos venceremos a semente do mal!
Nanana nanana nana nana na
Nanana nanana nana nana
He-man!
2. Invasão do MST em Tucuruí
Nem tudo são flores. Isso, no caso, é alfafa. Ou alguma coisa justifica o MST invadir a usina hidrelétrica de Tucuruí?
Antes que venham tentar justificar, não. Eles são sem-terra. Não sem-energia elétrica, sem-usina de energia ou sem-lago privado. Nada dá esse direito a eles. Aquilo é terra improdutiva, por um acaso? Eles vão conseguir assentamento lá? Vão drenar a água toda e demarcar uns mini-sítios, plantando feijão para subsistência?
Fora um imbecil qualquer que fingiu que apertaria os botões. Ele pode ter sido incentivado por outros, pela equipe de reportagem, não sei. Mas poderia ter negado, simplesmente. E se ele aperta mesmo? E se causa um acidente? É um completo idiota.
Não importa o que eles disseram. O Lula está mais do que certo em mandar o Exército e a Polícia Federal retomar o lugar. E se fosse ele, ainda mandava entrar descendo o cassetete em todo mundo e fazendo umas cem prisões. Eles não são militantes, são bandidos. E lugar de bandido, assassino, ladrão e arruaceiro, rico ou pobre, é na cadeia.
3. Papa falando de índios, o Lula do Vaticano
Cada um tem o Lula que merece. Não é gostar ou não dele, é a quantidade de besteiras que fala. Aquela coisa de “boca fechada não entra mosca”, sabe? Então. Se Pelé calado é um poeta, Lula calado é impossível. Tenho que admitir, infelizmente.
O fato é que o mundo cristão também tem seu Lula. Por uma ironia do destino, é o representante maior dos católicos, o nazista. Ou Papa, nesse caso dá no mesmo. A santidade está se tornando especialista em cometer gafes. Modo Bush ativo.
Dessa vez foi falar da catequização dos índios. No Brasil, ele teve a audácia de dizer que a cultura cristã não foi imposta nem causou danos aos nativos.
Concordo com ele. Afinal, que mal causaria invadir uma terra, habitada por pessoas diferentes de você, e fazer com que acreditem – dando espelhos ou chicotadas de presente – que Deus existe e é o deus branco que veio do outro lado do mar?
Que mal faria obrigar pessoas a deixarem suas crenças de lado (ao menos da boca para fora) por algo que nem entendem?
Onde está o erro em matar, estuprar, roubar, escravizar, explorar e humilhar alguém diferente de você?
O mundo é dos iguais. É de quem manda, e ai de você se não entender isso. Vendo tudo isso, fica fácil perceber que os nativos não foram explorados ou sofreram com a chegada dos europeus. Ou não?
Não. E não custava nada o Hitler de batina admitir isso, ou pelo menos fingir que admitia. Nem esperava um pedido de desculpas, porque isso não traz reparações aos 507 anos de sofrimento dos povos indígenas. Do Brasil, da América do Sul, Central e de qualquer outro lugar do mundo. Mas esperava um pouco mais de sensibilidade de quem propaga a fé cristã.
Depois a Igreja perde fieis e fica choramingando, ou perde a cabeça e cria indivíduos como o pop-da-cruz Marcelo Rossi. Se é pra fazer diferente, sou mais o Zeca Baleiro.
4. Cuidado pra não se mijarem com Mãe Dinah e ET
Olha ela!
E olha ele!!!
Inacreditável.
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Resumo da semana
Alá, meu bom Alah...
Eis que ALexandre vai andando para seu almoço logo ali - no Leblon, umas 20 quadras do meu trabalho - quando passa no Jardim de Alah. Repara uma movimentação estranha na ponte. Briga de mendigos? Suicídio coletivo? Suzana Vieira apanhando do marido?
Não, peixes. Sim, peixes. No Jardim de Alah. Aquele valão deplorável que leva cocô até o mar. E tinha gente pescando os escamosos. E eles se debatiam na calçada. E, provavelmente, iam virar comida de alguém.
Se alguém gosta de Simpsons, deve ter visto o peixe de três olhos que saiu das águas de perto da usina nuclear. A mutação desses do Alah deviam estar por dentro. Ou seja, daqui a algum tempo a gente vai ver uma nova raça de humanos andando pelas ruas da Zona Sul. E, dessa vez, não são os andrógenos alternativos que freqüentam boates GLS descoladas locais.
O bom filho à casa torna
Sim, a volta mais esperada desde que ele mesmo ia voltar para as festas de final de ano. Meu irmão chegou sexta, cheio de histórias pra contar, piadas cretinas pra botar em dia nos nossos duelos desconexos e com a barriga clamando por comida de mamãe. Fora as muambas habituais. Que, no meu caso, consistiram em um mouse novo (igual ao antigo; ou seja, uma bosta - mas o que vale é a intenção), um livro de um fotógrafo mexicano (que fico devendo o nome por preguiça de levantar e ver qual é, mas garanto que tem fotos muito bonitas) e um CD da Beady Belle (que ele achou qyue fosse canadens, mas é norueguesa).
Destaco a última porque estou escrevendo tudo isso (e atualizei a novidade) escutando. É um louge com influências world music. Ou seja, tudo o que não sei classificar. Reconheci a cítara, até agora, mas o álbum é excelente. Destaque para "Lose & win" e para seu vocal emotivo. Vale a pena. Isso se vocês acharem na net.
Mas o papo é meu irmão. Saudade é uma coisa boa, mas só quando você encontra seu objeto de saudade. Até que isso aconteça, é só expectativa e demora escrota. Vão cantar saudade no inferno, músicos cretinos, o que vocês falam é mentira.
Que esses quase quatro meses sejam o mais proveitosos possíveis. Principalmente para ele, que merece tanto. Anotem aí, ele vai longe.
Ops, I did it again
Sempre tem um jornalista ou outro que pisa na bola, vira e mexe aparece uma bobagem, mas tudo tem limites. Não é possível que alguém que estudou anos para exercer a profissão faça isso:
Por favor, reparem. Não façam isso com meu pobre coraçãozinho, ok?
Contribuição da minha pequena para acabar com a reputação de algum colega de profissão.
Aleluia!
Sim, existe água quente no CopaTropa. Antes tarde que nunca. Agora já posso tomar banho em casa, depois da academia.
Um banquinho e um violão
Sim, faço aulas de violão também. Um sonho de anos vai se concretizar: vou poder tocar de verdade, ao invés do meia-boca enganador habitual. Fora Legião, bem-vindo Led Zeppelin.
Aos 20
Meu primo fez aniversário e saímos todos juntos. Pela primeira vez, fui a uma boate com meu irmão - que fez 18 enquanto estávamos nos EUA. Era um dia de chuva, o que limitava o espaço do Hard Rock. Por tudo isso, o que eu menos esperava (queria, precisava e afins) era um fulano de mais de 30 anos dançando estilo Ben Stiller - com mais pinta de idiota.
Ele tinha o trejeito do advogado de porta de cadeia que vive sendo zoado no escritório, mesmo sendo gente boa. Talvez por ser gente boa demais. Acaba sendo passado pra trás, não pega ninguém e vira amigo de todas as mulheres. Sai, bebe e paga bebida pra elas, volta pra casa sozinho e dorme abraçado ao cachorro.
De certa forma, tinha pena. Mas quando via o jeitão John Travolta com prisão de ventre, parado em frente à porta que dava passagem para a área externa, não segurava o riso. O ser humano pode ser bem ridículo.
domingo, 13 de maio de 2007
Por um mundo mais justo
Tomar sacode em casa na estréia é feio, né?
***
Mas deixa isso pra lá, conforme prometi vou falar de programação cultural. A boa fica por conta de "Os dois cavalheiros de Verona", de Shakespeare, maravilhosamente encenado pelo pessoal do Nós do Morro. Tá no Teatro Firjan, na Graça Aranha. Ou estava, pelo tempo que eu vi.
De qualquer jeito, é emocionante ver jovens que poderiam estar roubando, que poderiam estar matando, ali, fazendo tão bem o seu papel. Literalmente. Essa foi uma das melhores peças que vi em muito tempo, capaz de colocar muito marmanjo metido a Lima Duarte no chinelo. Rider, ainda por cima.
Como se não bastasse o talento de todos eles, ainda tem a forma como a peça foi adaptada. Músicas brasileiras tocadas pelos próprios, cenário simples e muito bem produzido, elementos das cenas montados com perfeição a partir de objetos simples, como pedaços de pano. O que só comprova que o mais importante é a qualidade dos atores, não o dinheiro gasto pela produção.
Se ainda estiver por lá, vejam. Eu me emocionei, vocês também vão. É bom não me decepcionarem, emocionem-se.
***
Já o ruim fica por conta do cretino do Mr. Bean. Pelamordedeus, não vejam o filme dele. Eu vi, e só não me arrependo porque estava muito bem acompanhado. Senão, teria matado um. Entendo os sul-coreanos, quando existe um ódio profundo você tem que descarregar nos outros, culpados pelo seu drama. Afinal, eles estavam lá rindo, sendo complacentes com o ridículo alheio.
Antes que me perguntem porque assisti ao filme, explico. Não me lembrava do ódio nutrido pelo imbecil do Feijão, tampouco da sua falta de graça absurda. O último filme que vi com ele não era dele, mas não me lembrava disso também. "Tá todo mundo louco" é engraçado, mas pelo conjunto da obra. Longe de ser pela sua presença. Aliás, talvez seja engraçado justamente por existirem outras pessoas além dele.
Mas como nada disso passou pela minha cabeça, fui. Pelo menos umas três vezes pensei em propor à Carol que saíssemos do cinema para ver algo mais engraçado, como uma troca de tiros ou uma batida de caminhões. Deplorável.
Mr. Bean, sorte a sua que quem veio aqui foi o nazista. Se fosse você, cortava seu saco.
ps: sou muito mal, né? Com certeza ele vai ler isso e ficar com medo.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
"Tristeza não tem fim..."
quarta-feira, 9 de maio de 2007
(falar d)O papa é pop
Na verdade, somos a pátria da oportunidade. Se derem uma chance, um motivo qualquer para fugirmos dos assuntos principais, então “vamos que vamos”. O Bento tá chegando? Então que se dane política, ciência, violência e até o Pan 2007.
Não sei se é porque não sou católico, mas ver o Papa não é nenhuma coisa mirabolante. Você fica lá, esperando, ele aparece na janelinha, dá um tchauzinho, fala em 28 línguas que não o português e vai brincar de paintball com sua farda nazista, depois. Pra ser sincero, nem sei qual Papa eu vi. Se foi o JP – II, não Morgan – foi legal, senão, não. Vai que ele ficou lá de cima mirando "aquele neguinho mulambento do terceiro mundo"?
Mas como nem tudo são flores papais, sempre rola um papo de violência. Seja pelos 182 milhões de seguranças para a santidade, seja pelas vítimas da violência no Rio “do Pan do Brasil”. Aí sempre rola aquela passeata da galera da Zona Sul, que se veste de branco, pede paz no calçadão e vai fumar seu baseado comprado junto ao traficante, lá no pé do morro. Taí a movimentação de domingo que não me deixa mentir, em Ipanema, com participação até do Minc.
(ps: Minc, pára de falar besteira e trata de esconder sua plantação de maconha no quintal de casa, porque ela ainda é proibida e seria ridículo um secretário estadual ir preso por cultivo de drogas)
Então os moradores da Vila Cruzeiro, do João ou de sei lá aonde na Penha foram às ruas protestar contra a ocupação do morro? A polícia está errada em reprimir? Tá certo. Vai pedir paz ao manda-chuva da área, pra ver se ele não vai te encher de bala. E de revólver, não da Juquinha.
Tenho pena deles, que provavelmente são obrigados a fazer isso. (quem já foi lá, conversou ou conviveu com esse pessoal sabe como é a lei do morro) Mas me irrita ver os jornais e algumas dessas ONGs comprando a imagem. Poderia ficar argumentando eternamente pra desmontar as justificativas deles, mas como isso me dá ódio prefiro mandar todos pro inferno. É mais simples e poupa tempo.
E vida longa ao caveirão, que impede os PMs com coletes vencidos e calibres .38 de tomarem granadadas da bandidagem. Se eu fosse eles, colocava jornalistas e a galera do Viva Rio de escudo humano. Aí quero ver reclamarem. Até porque, morto não reclama.
Mas chega de críticas. Depois desse corte nas postagens regressivas, voltarei à programação (a)normal. O próximo texto vai ser sobre programação cultural de qualidade – ou não. Confiram e planejem melhor seu próximo final de semana.
domingo, 6 de maio de 2007
sábado, 5 de maio de 2007
Parabéns pra você (ontem)...
Mas que homenagem, oh!, você se pergunta. É que minha pequena ficou "menos pequena" na idade, apesar de o tamanho não sofrer um milímetro de alteração. Minha namorada, cujo nome não quer que eu cite e cujo apelido não cito porque não quero, fez mais um outono.
Quando eu ainda era um moleque deslumbrado com a Universidade pública gratuita de qualidade, era muito presente no meu querido quase-falecido campus. Quis o destino que já na primeira semana encontrasse, sabendo sem saber, uma caloura que ia mudar os rumos que eu mal tinha decidido tomar.
Como não vou contar a história toda, vale o status atual. Quatro anos, sete meses, oito dias, dezoito horas, "and counting". Duas viagens, dois recomeços, duas pessoas consideravelmente diferentes e uma vida construída cada vez mais junta. Inúmeros jantares, cinemas, teatros, exposições, shows (sic), massagens, barzinhos, restaurantes, praias, beijos...
E tudo isso em troca de uma coisa tão simples: plenitude.
Quando começei minha saga por ela, não imaginava que seria tão difícil. Mas tinha a certeza de que seria bom demais.
A você, minha pequena, que me fez ir a São Paulo, à sua casa sem carro à noite, à casa dos outros que mal conhecia, a tantos lugares que não lembro e a um que acabo de me lembrar e nunca mais irei - e você sabe qual é a situação -, desejo tudo o que você já está conquistando a passos largos. E que venham ainda mais coisas boas, que a vida reserva aos que merecem. E você é uma dessas raras pessoas que merece sempre, amor.
Citar os sentimentos e expressar em palavras minha torcida é desnecessário. Primeiro, porque já passou o dia. Segundo, porque sempre dizem a mesma coisa. Terceiro, porque é isso que tenho batalhado tanto para que consiga o mais rápido e da forma mas concreta possível.
O amor é cego, mesmo. Nem tinha te visto e já sabia que você era a mulher certa para a minha vida.
terça-feira, 1 de maio de 2007
De trás pra frente
Como tenho mil e doze coisas para contar, vou de trás pra frente. Afinal, já que minha memória é de barata idosa, então cago logo os assuntos mais antigos mas, pelo menos, sei o que estou falando com relação aos mais recentes.
Ontem vi "As férias do Mr. Bean". Não façam isso. Se fizerem, não digam que não avisei. A primeira cena do filme já me fez lembrar duas coisas importantes: uma, que não gostava dele. Odiava, na verdade. Mas minha última lembrança era do file "Todo mundo louco" ou algo do gênero. Ele participava e, como achei engraçado, estendi os méritos para ele. Maldita memória. Dois, o motivo de não gostar dele. Relembrei logo na primeira cena. Ele. Aquela cara de babaca, trejeitos exagerados e humor mamãe-ri-comigo não colam. Odeio o cretino e todos os que acham que ele é engraçado.
Mas estava lá, dentro do cinema, rindo de meia dúzia de piadas em uma hora e meia de filme. O que não é muito, já que é de comédia. Ri muito mais em "Freddy X Jason". Riria muito mais em "O bebê de Rosemary". Amaldiçoei silenciosamente todos os que gargalhavam na sala. E não eram poucos.
O que me faz pensar uma outra coisa: será que meu senso de humor é tão diferente assim? Será que sou crítico demais? Ou será que as pessoas estão perdendo a noção do que é comédia? Porque Zorra Total também é bem assistido, e um analfabeto escreve piadas mais inteligentes. Com a caneta presa no suvaco. (até porque, se ele não sabe escrever não vai fazer a menor diferença se está na mão esquerda, direita, suvaco ou orelha)
O que fechou um dia razoavelmente torturante, já que fui trabalhar entre o domingo e o feriado de hoje. Tudo bem, sou apaixonado pelo meu trabalho, pela DPZ, por propaganda, mas não justifica. Preciso de férias. Nunca tive, nem sei bem como é isso. Uma vez me disseram que é como se você estivesse em coma, fosse caminhando leve para a luz e, quando vai chegar ao céu, acorda com alguém te cutucando. No caso, o despertador, mandando você voltar à labuta diária.
Nada mal depois de um final de semana dormindo 3h30 (domingo) e 5h30 (sábado). Só não reclamo porque fiquei feliz com isso. Foi aniversário da minha pequena.
Que vai receber uma postagem especial, é claro. E em ordem cronológica inversa, como vocês podem perceber.
Aguardem até a próxima volta ao passado.
domingo, 15 de abril de 2007
Dream on
All these lines in my face gettin' clearer
The past is gone
It went by like dust to dawn
Isn't that the way?
Everybody's got their dues in life to pay
I know nobody knows
Where it comes and where it goes
I know it's everybody's sin
You got to lose to know how to win
Half my life's in books' written pages
Lived and learned from fools and from sages
You know it's true
All the things
Come back to you
Sing with me
Sing for the year
Sing for the laughter n' sing for the tear
Sing with me
If it's just for today
Maybe tomorrow the good lord will take you away
Sing with me
Sing for the year
Sing for the laughter n' sing for the tear
Sing with me
If it's just for today
Maybe tomorrow the good lord will take you away
Dream on, dream on, dream on
Dream yourself a dream come true
Dream on, dream on, dream on
And dream until your dream comes true
Dream on, dream on, dream on, dream on
Dream on, dream on, dream on
Sing with me
Sing for the year
Sing for the laughter n' sing for the tear
Sing with me
If it's just for today
Maybe tomorrow the good lord will take you away
Sing with me
Sing for the year
Sing for the laughter n' sing for the tear
Sing with me
If it's just for today
Maybe tomorrow the good lord will take you away
Disso eu tiro duas coisas. Uma, que Tyler, Perry e Aerosmith em geral sabem o que dizem. Duas, que é lindo ver meu amor feliz.
Dream on.
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Comer bem - mas não peixe
Prefiro um podrão, o cachorro-quente da Tia, coisas que estraguem antes de chegarem até mim. Além do mais, se Yakult tem lactobacilos vivos e todo mundo diz que é saudável, porque não ingerir alimentos com outras coisinhas invisíveis vivas?
Isso é preconceito. Se é para morrer, vamos ao menos valorizar a cultura nacional.
***
Tem gente que pára antes da hora. Tem gente que nem tenta. E tem gente que não sabe a hora de parar.
Romário está no último grupo. Com isso ele se coloca ao nível de "pessoas" como Zagallo, Didi e Suzana Vieira. Até Rocky soube o momento certo, e voltou apenas para mostrar que era, realmente, o maior de todos. Se o baixinho ao menos frequentasse mais as salas de cinema...
A questão não está nos seus mil gols - até porque não são 1.000 mesmo. Fato é que a mentira tem perna curta, calça chuteira pequena e veste um cinto de segurança com 11 nas costas. De tanto querer se igualar ao Pelé - vejam bem, ao Pelé, não ao Edson - vai acabar ficando como o Maradona. Voltando e queimando o filme. Só falta cheirar ou beijar um companheiro de equipe.
Se Pelé tivesse jogado até os 41 anos, teria feito 2.014 tentos. Inclusive, poderia servir como garoto-propaganda pra Copa no Brasil, desde que ficasse de boca fechada. O país não teria condição nenhuma de sediar o evento, com relação à infra-estrutura, mas teria uma incrível coincidência nos números. Vai que cola.
Já o Romário, ele fica ali, beirando a falsa glória dele, fazendo papelão em estádio cheio e tendo que ouvir gritarem o nome do seu ex-parceiro de noitadas. Diz que não entra em campo se não tirarem os microfones e é obrigado a sair passando por eles, de cabeça baixa, sem poder tirar onda no dia seguinte lá no futivôlei. Vai andar de Porsche e enguiça. Vai fazer filhos e usa Viagra. Vai ler e coloca os óculos. Vai dormir e baba no sofá.
Será que o peixe vai nadar, nadar e morrer na praia?
sábado, 31 de março de 2007
gênio, rabino e duas gravatas periclitantes
Pink Floyd
Composição: Waters And Gilmour
Hello,
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me
Is there anyone at home?
Come on now
I hear you're feeling down
I can ease your pain
And get you on your feet again
Relax
I'll need some information first
Just the basic facts
Can you show me where it hurts
There is no pain, you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
When I was a child I had a fever
My hands felt just like two balloons
Now I've got that feeling once again
I can't explain, you would not understand
This is not how I am
I have become comfortably numb
I have become comfortably numb
O.K.
Just a little pin prick
There'll be no more aaaaaaaah!
But you may feel a little sick
Can you stand up?
I do belive it's working, good
That'll keep you going, through the show
Come on it's time to go.
There is no pain you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move, but I can't hear what you're saying
When I was a child
I caught a fleeting glimpse
Out of the corner of my eye
I turned to look but it was gone
I cannot put my finger on it now
The child is grown
The dream is gone
And I have become
Comfortably numb.
Eu fui. E você?
***
- Excuse me, sir. May I see your bag?
-Desculpa, eu não falar inglês. Nem português. Só um mistura bizarra dos dois.
- Sir, may I see your bag?
- Lamento, mas eu não falar inglês! Eu ser rabino do Brasil. Ser importante e vou embora daqui!
O segurança toma a bolsa do rabino na marra. Abre enquanto ele esbraveja em sua língua rabina híbrida:
- Você ser um cretina desgraçada! Eu vou falar com minha presidente, ele vai declarar guerra a sua país!
- Sir, what it it? (gravatas, pra quem não leu a notícia)
- É... ser... isso ser... meu senhora, eu não saber bem o que ser isso, nem como parar no meu bolsa.
- Come with me, please. We have to tak in private.
- Solta meu mão, seu bicha! Você ser um cretina, um preconceituosa, um safada! Eu rezar pra minha Deus e Ela ferrar você! Seu família vai morrer e eu tomar toda sua dinheira, eu ser judeu!
E foi assim que um rabino repleto de histórias positivas e representante da classe judia no Brasil, líder de manifestações pelos direitos do homem e pregador de valores divinos, foi preso roubando gravatas.
Ao que parece, 28 milhões de judeus ao redor do mundo contribuíram para pagar a fiança de 3 mil dólares. Pra poder dividir bem o custo e não ficar pesado, se entrassem menos pessoas.
sexta-feira, 23 de março de 2007
"O bom do Brasil é o..."
Obrigado, Alan, por me mostrar como nosso país é caipira. Apesar de que a gente sabe que aí não fica atrás...
***
E é o brasileiro de novo!
"O comando do trafico na Rocinha, no Rio, baixou uma serie de medidas para reduzir a atençao da imprensa e da policia. Estao proibidos furtos nas redondezas e tiros a esmo disparados por seus 'soldados', mesmo que sejam de brincadeira. Nota do Ancelmo Gois hoje no Globo diz que quem desobedecer tem que pagar uma caixa de muniçao, multa q significa uma despesa em torno de R$ 600 ou R$ 700."
No BlueBus
quinta-feira, 22 de março de 2007
A música do século
quarta-feira, 14 de março de 2007
Procura-se um inconformista
Às oito horas da manhã de um dia como qualquer outro, chego no ponto de ônibus com o mesmo cansaço e, provavelmente, a mesma cara de todos os dias. Não reclamo, mas também não agradeço. Não é ingratidão, é falta de reflexão. Parar pra pensar é pra quando dá tempo, deixou de ser uma ação natural para se tornar uma obrigação com horário marcado. Uma visita ao dentista.
Às oito horas da manhã de um dia como qualquer outro, um garoto de seus quinze anos – menos, provavelmente – está correndo atrás de um ônibus que o deixe entrar. Qualquer ônibus, qualquer direção. Para ele, isso é tão indiferente quanto o que ele vai conseguir vender lá dentro. Tão indiferente quanto o futuro dele. Tão indiferente quanto o que as pessoas pensam do seu jeito roto, do seu aparente retardamento e da sua condição social e financeira inferior.
Às oito horas da manhã de um dia como qualquer outro eu e ele nos encontramos. Ele nem percebe minha existência mas, por incrível que pareça, eu percebo a dele. Os papéis se inverteram, eu me sinto o deslocado. Sou um estranho, um insignificante. Só cheguei ao encontro não marcado com ele porque meu pai me deu uma carona até aquele ponto, razoavelmente distante da nossa casa. Só estou indo trabalhar no lugar que sempre quis porque tive educação, alimentação, saúde, apoio, escola particular, pai, mãe, casa, segurança. Ele chegou ali porque acordou cedo, porque se não vender amendoim e bala não vai ter o que comer, e se tiver pai e mãe esperando em casa vai tomar esporro – ou surra, vai saber – porque não ajudou a colocar o feijão na mesa, e vai escutar de longe o lamento de seus pais por terem um filho deficiente e não um jogador de futebol, pagodeiro ou avião do tráfico local.
As discrepâncias da vida são constrangedoras pra quem desvia o olhar para elas, e não delas. O peso de uma vitória admirada pela sociedade não se compara à vitória de quem consegue sobreviver em um mundo que espera enterrar o mais rápido possível os que não nasceram para disputar uma vaga de líder. Os milhões de olhos à espreita dos Josés e Marias são o Big Brother da vida real. Vacilou, é eliminado. Está for a do jogo, e pode chorar à vontade que seu lugar é ao lado dos perdedores. E de lá você não sai.
O garoto que vende bala de ônibus em ônibus às oito da manhã de um dia como qualquer outro é um deles. Sem jeito com suas limitações, cambaleando entre o orelhão e o meio-fio, procura onde deixar suas coisas. Busca um pouco do descanso que a vida lhe deve, e que unca vai receber. Na sua situação, só descansa morto. O que não faria diferença para os que estão ali e passam por ele como se fosse parte da paisagem. Ele é um enfeite feio que acabou no lugar errado, mas que daqui a pouco vai ser retirado para seu lugar de origem. De onde esperam que nunca saia mais.
Como eu notei e senti vergonha pela situação, sou um deslocado. Nada de indiferença, nada de salvamento. Estou compadecido da situação, que mais cedo ou mais tarde vai se descolar da minha retina e fazer parte de um passado distante, onde eu fazia parte da minoria que vislumbrava dias melhores. Utopia é peça de museu, e o destino do homem é ser como os outros: cego.
Enquanto enxergar a luz no fim do túnel, quero nunca me abater. Se existe um Deus no céu, é para Ele que peço desesperadamente para não me deixar endurecer, porque essa é a arma de quem manda. E quem lidera guia a massa para o abate, sem dó ou consideração. Não posso me deixar levar pela maioria, no meu dicionário ainda existe piedade, comiseração, empatia, esperança, perseverança. Meu pai dos burros é mais inteligente que o dos outros. Ou, ao menos, mais humano. Que eu tenha forças para seguir sempre em frente quando tentam me puxar para trás, para subir enquanto procuram me afundar, e para falar enquanto atitudes frias não congelam minha língua e meu coração. Se eu nunca mais encontrar aquele menino que representa o tempo em que vivemos, pelo menos deixo aqui a homenagem a quem fez acordar meu lado inconformista.
segunda-feira, 12 de março de 2007
Festa no apê
Ainda assim é uma festa inexplicavelmente boa. Mentira, sei explicar, sim. É porque você etá fazendo uma coisa que vai levar para o resto da vida, um aprendizado que serve para suas próximas casas, para cada reinício de vida. E a vida são reinícios constantes.
Bom porque, quando eu estiver dentro do Viveiro (ou Queijo Prato, depende do ponto-de-vista), vou saber que ali tem minha mão e meu suor. Literalmente.
Mas não só meu. Também de pessoas importantes, amigos, companheiros e parceiros que estarão lado a lado pelo resto da vida. Afinal, amigo é um irmão que você escolheu. Namorada é sua companheira - no meu caso, pra vida. E pai, mesmo não aparecendo, todo mundo sabe que só tem um.
Por isso, vale a homenagem aos guerreiros e incansáveis - nem tanto - que estiveram em Copa, montando uma nova vida.
Os três mosqueteiros.
"Lá vai a biônica..."
E assim começa uma nova vida.
quinta-feira, 8 de março de 2007
"Amigo, eu nunca vi isso!!!"
Galvão Bueno
quarta-feira, 7 de março de 2007
Sábado à noite...
Vale a pena?
A pergunta é: terá valido?
Daqui a uma semana, mais ou menos, saberei. Aí divido a façanha com vocês.
Torçam pelo seu atarefado amigo redator estagiário.
Continua...
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Nãããããooooooo!!!!!
Mas não tem nada, ele vai voltar logo e a tempo de fazer gol no vasco e levar o Mengão a Tóquio. Porque "Deus perdoa. Obina não."
domingo, 25 de fevereiro de 2007
Final
Prazer, meu nome é Juan e eu sou uma moça*.
Assim, o Flamengo caminha a passos largos para tornar o Vasco o maior freguês da história do futebol mundial. Guinness pro Eurico!
*foto correspondente ao tamanho do futebol da menina
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Boa idéia, má idéia
Sabe aquela história de "escreva um livro, plante uma árvore, faça um filho"? Escrever todo mundo escreve, nem que seja assinar o nome. Fazer filho é fácil, vai até sem querer. Falta plantar uma árvore.
Pois é. Se você não tem tempo para isso, ou não tem paciência de mexer com terra, esse link é sua chance. Um projeto legal do SOS Mata Atlântica e mais uma galera, que converte seus cliques em árvores plantadas em programas de reflorestamento. Vale a pena, e você já vai poder colocar no seu currículo que participa de trabalhos sociais.
O limite, se feito sem contribuições financeiras, é de uma por dia. Eu já plantei a minha. E você, já deu sua plantadinha hoje?
Má idéia: isso (sem link mesmo, é área fechada, não ia adiantar nada).
Com essa onda de violência, de desmandos e descasos que assolam nosso país, todos falam sobre a necessidade de se (re) educar as pessoas. De como isso faz falta. Mas calma, o Governo Federal e o MEC têm a solução!
Para começar a mudar a cara do país, investirá uma verba gigantesca - para os padrões brasileiros - nas universidades federais. Tudo para que contratem pessoal e invistam em infra-estrutura e equipamentos. Mas com algo(s) em troca.
Aumento do sistema de cotas ("afro-descendentes", pobres, índios). Aumento do número de vagas. Aprovação de, pelo menos, 90% (sim, noventa!) dos alunos - hoje, a taxa de aprovação é um pouco mais que 60%.
Ora bolas, já que é assim, por que não abre as portas e deixa entrar quem quiser? Se é obrigatório encher o ensino de cotas - ao invés de dar educação na base - e não se pode reprovar ninguém, então faz um self-service educacional. A galera entra lá, pega o que quiser, faz o que e como quiser, chega no final recebe seu diploma e um abraço. Essa coisa de cobrança é passado, o negócio agora é continuidade.
Nada mal. Afinal, o ensino fundamental já faz isso, e olha como dá certo! O médio também, e olha como os alunos de escolas públicas são preparados para a vida? Nada mais lógico e natural do que exportar esse modelo vencedor também para o ensino público superior.
Enquanto isso, a gente vai vendo entrevistas com a mãe do menino assassinado. Pra passar o tempo, né?
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
Conexão Rio-Babilônia
Dentre várias de suas leis, uma era interessante e temida: lex talionis, conhecida como lei de Talião. Quem não reconhece pelo nome deve entender quando ouvir – ou ler, no caso – “olho por olho, dente por dente”.
A lei de Talião visava impor um mínimo de respeito e ordem na sociedade nascente, padronizando o comportamento e mantendo os homens em harmonia. Claro, havia falhas na lei, como há até hoje. Ela era discriminatória em certos pontos, elitista em outros. Mas temos que perdoar porque, afinal de contas, foi o primeiro conjunto de leis da história.
“Tá, Alexandre, e por que você voltou à Ponte falando sobre isso? Quer dizer que eu espero um tempo, acesso todo dia – ou não – para saber sobre a DPZ, suas mudanças de vida, sua cabeça complicada, e você me vem com código de leis de um tal de Hammurabi?”
Sim. Porque, na verdade, nem poderia estar escrevendo aqui, tenho coisas pra fazer. Mas não é todo dia que você é acordado ouvindo que três bandidos arrastaram uma criança com parte do corpo pra fora do carro por sei lá quantos quilômetros, e quando pararam só tinha sobrado a parte que estava pra dentro. E isso me faz pensar.
Primeiro, na mãe da criança. Esperou um tempo por um filho, mais nove meses na barriga, mais alguns anos criando, e fica completamente impotente diante da situação. Na irmã, que também era uma criança e viu o que fizeram com ele. No pai, que provavelmente se sente um ninguém por não estar lá na hora, pensando que poderia ter feito alguma coisa para evitar isso. No trauma que essas pessoas terão, na vida miserável que vão levar, lembrando e relembrando todos os dias o que fizeram com seu menino. Tendo que catar os pedaços pela cidade pra poder fazer um enterro digno, em uma situação absurdamente indigna.
Depois eu penso nos bandidos. E é aí que entra Hammurabi, lex talionis e “olho por olho, dente por dente”. Eu não deveria, me igualo a eles quando penso nisso, mas como evitar? E se eu conhecesse? E se fosse meu filho?
Se fosse, eu ainda estaria em estado de choque. E assim que passasse, matava todos eles. Muito devagar. Esse é meu lado negro: eu posso ser muito mal. E nessa situação, superaria meus limites. Seria por uma “boa” causa.
Depois eu penso no que fez com que eles serem assim. Convenhamos: uma criança não nasce, a mãe coloca pra mamar e ele mete a chupeta no olho dela, nem crava um lápis de cera no coração do irmão quando tem dois anos. Ele passou por coisas até ficar assim. Viu coisas. Aprendeu coisas. Com os marginais que moram perto deles. Que aprenderam com quem morava perto deles. E assim sucessivamente, até chegarmos ao início da formação de favelas, da exclusão social absurda em que vivemos, da falta de oportunidade para os miseráveis, da ignorada que se dá nos moleques de quatro anos que vão vender balas nos sinais.
Nada disso justifica, é claro. E continuo odiando mortalmente (literalmente) os três inumanos que fizeram isso com o garoto e, com certeza, afundaram uma família. Continuo adepto da lei de Talião. Até porque, tem muito mais gente pobre boa do que gente pobre má. E ricos também são maus (vide os que queimaram o índio Gaudino), só não aparecem no jornal. Mas é preciso ver todos os lados do problema. E esse descaso é um deles.
A gente vive dizendo que isso só vai mudar o dia que acontecer com o filho de alguém importante. Mas não vai acontecer. Porque filhos de gente importante têm segurança, blindados, câmeras, GPS, Papa, balas de prata e sabe-se-lá Deus mais o quê. Então, queridos leitores, não insistam nesse papo. Ou vocês protestam, ou ajudam trabalhos sociais ou instituições de caridade, ou parem de falar. Ou matem bandidos. Porque esse assunto está se tornando intolerável para minha pequena mente de redator publicitário.
Eu vou continuar fazendo minha parte. E ainda vou dar um gás em novas formas de atividade. Espero que dê certo. Vocês vão saber. Espero que façam alguma coisa, também.
Não pus fotos nem depoimentos nem nada porque não vou explorar a miséria alheia. Se quiserem, tem jornais, YouTube, Internet e TV pra verem isso. Eu passo. Por pena. Da humanidade. Porque, quando vejo essas coisas, penso se o mundo ainda tem jeito.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Já volto
segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
Link novo
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
A que ponto chegamos
quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
Espaço publicitário
Cianureto. Todo problema tem um fim."
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
Ah, é?
-É, sim, mas não espalha. Não é nada mirabolante. Foi só pra destravar a criança.
Pois. Isso é bem verdade. Mas vai ter mais graça eu contar o que pode rolar daqui a uns dias. Enquanto não rolar, fiquem especulando. Isso me diverte deveras.
quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
Que supimpão!
E só pra constar, não falo o nome original pra não dar audiência. Afinal, não recebo pra fazer propaganda dele.
sábado, 6 de janeiro de 2007
Finalmente
Mas ainda não estou com paciência suficiente para escrever histórias elaboradas e bem amarradas, então conto os acontecimentos e novidades versão 06/07 em tópicos:
-Alan chegou, fez boa viagem Graças a Deus, trouxe minhas muambas e livros que vão se juntar aos outros já encalhados para leitura. Ainda assim, comecei o ano lendo dois livros em algumas horas. Ponto para mim;
-Natal e Ano Novo foram diferentes, sem parte da família aqui em casa. Fazer o quê?;
-dia 31 sambei, sambei e parei pro lado contrário na última curva da Grajaú-Jacarepaguá. Uma rodada bonita, pra fechar o ano com chave de ouro e lembrar a minha pessoa que é bom tomar cuidado, porque o que se constrói em anos pode ser detonado em alguns míseros segundos. O que prova que a vida pode ser bem escrota;
-minha mãe fez aniversário. Parabéns pra ela, ela merece. Mesmo tendo eu como filho;
-meu freela ainda não me pagou, o que me deixa deveras irritado e com possibilidades de tempestade na conta bancária;
-não vi vários dos meus amigos, como gostaria de ter feito;
-completei 3 semanas na DPZ sem acertar a mão em um texto digno de ser veiculado (fora trabalhos de estagiário, como outdoors em sambódromo e material para navio do Eike Batista e Hollywood. Mas aquilo me de dá destaque e prêmio, necas);
-tal fato, citado por último, faz eu repensar minha vida e minhas metas - e meu talento - e ninguém me dá a menor atenção, fazendo com que eu me cague sozinho, sem um mísero ouvido para dar bola às minhas preocupações;
-percebi que, caso surte ou suma, posso culpar a todos e cagar para a vida sem o medo de parecer maluco. Sendo ou não.
Dito isso, acabo minha prévia. Logo que tiver tempo vou colocar uma historinha bem legal para vocês.
Um beijo no coração, ao estilo mestre JK.