quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Desespero

Segundo o Aurélio, vulgarmente conhecido como seu pai, "desespero" é "desesperança acompanhada de cólera; zanga". Seguindo ao pé da letra essa definição, eu estaria desesperado com os malditos mosquitos que vêm à casa dos meus pais acabar com o meu sangue. Infelizmente, existem motivos maiores que esse me deixando desesperado.

Teoria
Alexandre viaja no dia primeiro de outubro. Saindo do apartamento dia 5 e da agência dia 11 de setembro, os dias que restam até o final do mês são mais que suficientes para arrumar suas coisas, resolver pendências e ainda dar uma moral pra saúde, visitando médicos e se exercitando feito um búfalo adolescente.

Prática
Alexandre sai do apartamento dia 5 e da agência dia 11 de setembro. Vai a tantos médicos que acaba inclusive fazendo exames repetidos. Depende de empresas, organizações e pessoas que não necessariamente colaboram no mesmo ritmo. Sofre com a falta de datas, ou o excesso delas - caso viajasse um mês ou dois mais tarde. Vê seu tempo ser ocupado por telefonemas intermináveis cobrando pendências que nem sabia que existia.

Problemas se acumulam. Amigos, não - afinal, a prioridade é resolver as pendengas que perturbam o seu sono. Que são muitas, contrastando com as poucas horas bem dormidas pensando nos milhares de assuntos do dia seguinte. Aliás, o dia seguinte sempre se estende para o dia seguinte, fazendo o dia seguinte ao seguinte demandar ao menos 1428 horas. Algo que obviamente não vai acontecer, deixando o dia seguinte a esse ainda mais lotado de assuntos a resolver. Que, provavelmente, não serão resolvidos.

O dinheiro vai embora antes da viagem. Não tem nem a decência de se despedir, só vira as costas e ri. Em espanhol, pra sair mais caro.

Resultado
Já é quase 30 de setembro (o dia deve ter virado quando acabar esse texto), não arrumei as malas, não preparei o portfólio, não ajeitei o que está no chão do quarto desde a mudança. Não comprei tudo o que vou levar, não separei documentos nem encerrei a conta corrente. Carol me espera no quarto, Alan está na sala e ainda nem limpei o mochilão - o que pelo menos me liberaria pra subir.

E eu aqui, escrevendo na Ponte.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O bom, o ruim e o desnecessário

Dizem que tem coisas que só acontecem com o Botafogo. Deus me livre de ser minimamente parecido com ele, mas algumas coisas bem escrotas têm acontecido:

1) Meu querido laptop está comigo há três anos. Passamos por muitas coisas boas e ruins, mas sempre mantivemos uma relação saudável. Até que, em uma noite tranqüila e divertida (a de ontem), ele contraiu um vírus. Eu me descuidei, é verdade, mas ele também deveria ter tomado precauções. Agora desconfiamos um do outro, e ele deve dar entrada no CTI amanhã. E o pior: quem morre na grana sou eu.

2) Meu querido CPF está comigo há sei lá quantos anos. Sempre cuidei bem dele, protegi sua reputação. Até que, um dia nebuloso e assustador, alguém faz três cartões em meu nome, usa meu CPF, gasta horrores, cria dívidas absurdas e totalmente irreais e acaba com meu crédito. E como só descubro isso perto de viajar, não consigo solucionar a tempo, tendo que contar com advogados, procurações, termos esquisitos na justiça e, acima de tudo, com a boa vontade alheia. E quem morre numa grana sou eu.

Mas pra não dizer que viraram um grande penico em cima da minha cabeça, tenho conseguido resolver pendengas importantes que só eu poderia dar um jeito. Nadei 1.000.000 de milímetros hoje e, como fez sol de verão sueco, pude adiantar um pouquinho o projeto "estereótipo-de-brasileiro-negão-malandro-carioca Barcelona 2009". E vi pessoas muito importantes na minha vida, que estavam sumidas mas não esquecidas.

Mas nada se iguala a essa notícia: vou cortar cabelo amanhã. Só não pode raspar a cabeça.

***

Por falar em notícias importantes, não poderia terminar o post sem essas dicas: pra quem gosta de subcelebridades sendo alvo de piadas, esse site; pra quem adora subcelebridades e sua vida cheia de acontecimentos interessantes e filosofias profundas em doses diárias, esse twitter.

Esse foi meu quinhão de notícias totalmente dispensáveis de hoje. De nada.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

4+7(+3)+3(+5)

Não, não é aquela prova das Olimpíadas do Faustão em que a pessoa ia num carrinho fazendo contas e, se errasse ao chegar no fim do percurso, ia de cara no chão. Nem é um teste pra saber se vocês precisaram colar pra passar de ano. Até porque, quem precisa de ajuda pra fazer a conta aí de cima provavelmente mal sabe assinar o nome - apesar de que tem muito miserável que não consegue assimilar que precisa lavar a mão depois de cagar, mas não erra uma maldita conta do crediário das Casas Bahia. E a conta não dá 22.

Seguindo a minha vontade de não fazer despedidas, acabei me despedindo de mais um monte de gente no fim de semana. Primeiro, 4 pessoas que marcaram meus 2 anos em Copa (estou arredondando o tempo porque nunca lembro o período exato). Depois, 10 pessoas da família, de sangue ou por afinidade. Fechando com mais 8 da família, pra todo mundo ter certeza de que vai se livrar de mim.

Foram dias de relembrar histórias, algumas que nem fazia tanta questão mas que acabaram me divertindo do mesmo jeito. Ir a lugares legais, ou ficar no melhor deles (quem mora ou já morou fora sabe que não existe nada igual à casa dos pais). E, como parte da tradição familiar, comer feito um porco depressivo com tênia.

Também foram dias de aprendizado. Por exemplo, descobri que o Dênis Marques sabe matar a bola no peito, ainda que ele faça isso muito bem no treino e no jogo mate todos os ataques do todo-poderoso (ps: Mengão rumo à Júpiter, que Tóquio é coisa de quem sonha baixo). Aprendi também que quem passa o carnaval em Ouro Preto pode voltar com a gengiva verde. Guna, se vocês preferirem.

Outra coisa muito importante que descobri: eu não sou um saco sem fundo, e como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, meu estômago só pode aceitar algo se estiver minimamente liberado. Garganta não serve de depósito pra guardar coisas. Quer dizer, pra certas pessoas e casos, sim, mas eu não tenho nada a ver com isso.

É possível sair e economizar dinheiro. O nome disso é auto-controle. Finalmente eu aprendi mas, por segurança, vou escrever um manual de instruções sobre o assunto e deixar na carteira.

Dormir é importante, mas não pra mim. Posso descansar até 4 horas umas duas vezes por semana sem problemas.

São Pedro não é seu pai nem seu amigo. Se você quiser algo com relação ao tempo, fale com os russos, que jogam sal em nuvem e oscambau. Pedro não se importa com você.

Nem todos são amigos. Mas quando são, são muito. E nem distância ou tempo longe não fazem diferença.

***

Caso alguém ainda se lembre da minha promessa de escrever sobre a Bienal, explico: eu não quis. Mas isso é hoje; falo dela amanhã. E se alguém achar que o post acabou meio perdido, explico: não estava mais prestando a menor atenção ao que estava escrevendo. Tá vindo um cheiro absurdamente bom de empadão lá da cozinha. Quem mora na casa dos pais (e tem uma mãe que cozinha muito muito bem) sabe do que estou falando.

Viajar tem um quê de corredor da morte. Você sempre consegue umas regalias antes de ir.

sábado, 19 de setembro de 2009

A justiça é cega e malandra

Primeiro, eu era apenas uma criança ingênua. Cresci e me tornei um adolescente ingênuo. E foi com toda essa ingenuidade que escolhi fazer propaganda. Verdade seja dita, a escola não ajudou em nada na minha decisão. Digo isso porque, se alguém tivesse me orientado melhor e mostrado quanto dinheiro é possível ganhar simplesmente sendo dono de cartório, hoje eu não estaria dando dinheiro de bobeira para eles, e sim tomando dinheiro de bobeira de outros ingênuos como eu.

Pra quem não sabe como funciona o processo de abrir um cartório, eu explico. Ou melhor, o SEBRAE-SP explica: "os serviços prestados pelos cartórios de registro e notarias são considerados públicos e, por esse motivo são exercidos em caráter privado por meio de delegação do Poder Público. Dessa forma, o interessado deve participar de processo licitatório sob a modalidade de concurso público de provas e títulos". Entendeu?

Não importa. Pulem essa parte e façam as contas. Pra conseguir um documento de duas páginas que diz "eu, pai do Alexandre, tenho dinheiro pra manter meu filho no exterior", paguei 200 reais. Hoje, pra tirar um de três páginas que diz "eu, Alexandre, dou o direito dos meus pais cuidarem dos meus assuntos no Brasil", paguei mais 100 reais. Ou seja, 300 reais por 5 páginas. 60 reais por página. E ainda tem gente que discute se o melhor investimento são ações de risco da exportadora vietnamita de kiwi ou títulos James C-Bonds. O melhor investimento é vender documentos, ora!

Dizem que a justiça é cega. Pode ser, mas enxergou um meio bem fácil de ganhar dinheiro. E eu, que enxergo (não muito bem, pelo meu grau de miopia, mas enxergo), fico gastando o dinheiro que deveria me manter lá fora com ela.

***

Outra coisa que tenho feito muito ultimamente, além de dar dinheiro pra cartório, é ir a consultório. Consegui a façanha de fazer o mesmo exame duas vezes, porque dois médicos diferentes me pediram e eu nem me dei conta disso. O pior é que eu tinha que beber uma Jacuzzi de água e me segurar até acabar o ultrassom. Algo que me deixou literalmente de saco cheio.

Até aí nada demais, se não fosse um detalhe: fiz uma aplicação de laser nos olhos que, além de deixar minha retina com aquelas visões psicodélicas do Jimi Hendrix, ainda me obriga a ficar uma semana sem fazer atividades de impacto. Ou seja, minha córnea torta interfere também nos meus exercícios físicos. E pra completar, isso acontece com dias de sol de verão - sim, porque quando caía aquela chuva escrota dos últimos dias eu "podia" fazer o esporte que quisesse.

Das três semanas de natação, corrida e partidas de tênis que tinha planejado, vai me restar uma. Fora de ritmo e bem da xumbrega.

É melhor eu começar a rever o projeto "estereótipo-de-brasileiro-negão-malandro-carioca Barcelona 2009".

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

E eu não queria despedida

Pois é. Não queria. Mas elas estão acontecendo, e tudo o que eu posso fazer é comparecer. Afinal, a despedida é minha.

Mas não tenho do que reclamar, elas têm sido bem agradáveis - e nada tristes. Hoje foi a vez dos meus queridos mestres propagandeiros e incentivadores Felício e Caveira. Com a presença ilustre do Judá, a única pessoa que conheço que teve gripe suína e não precisou ficar em quarentena.

Almoçamos elegantemente olhando pra enseada de Botafogo, belos pratos de massa num excelente restaurante que não lembro o nome. Fechamos com cafés boladões do Starbucks. Conversamos bastante, rimos muito e ainda trocamos informações confidenciais que o Adonis e o Ehrlich (pra quem não conhece, o primeiro tem um blog sobre propaganda e o segundo... bom... tem o Colunistas) estão longe de saber. Por exemplo, a Euro RSCG vai virar CavEuro RSCG. Corram e mostrem a pasta pro Caveira, galera!

É sempre bom ver que você fez grandes amizades pelas agências que passou, em um meio lotado de egos inflados. Eu só tenho que agradecer por tudo.


***

Hoje também foi dia de Bienal. Só vou falar dela amanhã, na verdade. Mas não posso deixar de colocar aqui uma das melhores propagandas que vi nos últimos tempos. Mais um exemplo de criatividade com cara de Brasil, aquela irreverência e o jeito moleque que dão à publicidade do país um sotaque inconfundível. Outra peça de uma campanha que gostaria muito de ter feito, que abriria meu portfólio e me faria um profissional realizado:

 
Depois de criar algo assim lá fora, vou ganhar Cannes e voltar ao Brasil pra montar a TBWAlexandre.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Eu te amo!

Sete anos falam por si só. Mas não me importo nem um pouco em repetir.

 
É Albacete? Não resisto! (a foto é pra Carol; a piada, pros friburguenses)

sábado, 12 de setembro de 2009

A segunda última semana

Primeiro, Copacabana. Agora foi a vez da Barra. Da Percepttiva, pra ser mais exato. Sexta-feira foi meu último dia de aviso prévio. Ou seja, mais um 11 de setembro catastrófico para muita gente. De certa forma também pra mim, já que esse sábado é oficialmente meu primeiro dia de desempregado.

Não estou reclamando, muito pelo contrário. Aproveitei muito bem esses 15 meses lá, fiz amizades e bons trabalhos. Ganhei experiência e abri portas. Mas nunca é legal saber que não vai entrar dinheiro na sua conta no mês seguinte. Ainda mais quando você é obrigado a juntar cada real que encontra pela frente, pra transformar três deles em uma única moeda de Euro (maldito capitalismo!).

Mas não vou ficar me alongando nessa história, porque ainda tenho muito o que resolver em casa e mais algumas coisas pra escrever.

1. Meu pai fez aniversario. Não vou contar a idade, mas digo que eles está muito feliz pela chance de não precisar pagar estacionamento. E eu estou muito feliz de comemorar esse aniversário, acima de tudo pela vitória que teve (tivemos) nesse ano. Nadar e correr depois de três pontes - não elétricas - não é pra qualquer um. Vida longa ao rei (ele é baiano). Ele merece uma vida maravilhosa.

2. Meu filho fez aniversário. Quando digo filho, digo primo. Mas dá no mesmo, nesse caso. E ele também merece uma vida maravilhosa, com a diferença que tem 44 anos a menos que meu pai. Tem muita estrada pra percorrer e conquistar isso.

3.Eu ouvi a pior história da minha vida. Sério, a pior. Então, vou dar uns segundos pra vocês pensarem se querem mesmo ler.

Se continuarem daqui, estão por conta própria.

Bom, vocês que sabem. Um amigo meu tem um amigo que trabalha no Tribunal. Uma mulher de lá pediu licença para tratar a cabeça. Uma licença médica psicológica. O motivo?

Um belo dia (belo pra quem, eu nunca vou saber) ela chegou em casa mais cedo e pegou seu marido na cama com outra pessoa.

Essa outra pessoa era um homem.

Esse homem era o pai dela.

Esse é o tipo de coisa que mandaria Nelson Rodrigues pra psicanálise. Que faria Freud rever suas teorias. Que deixaria o Marquês de Sade se sentindo um padre carinhoso com - não molestador de - coroinhas.

Mas o pior de tudo é pensar no que meu amigo perguntou: "cara, como será que começou o papo entre os dois pra eles chegarem nisso?".

Sinceramente, eu nunca pretendo descobrir.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E a mãe, vai bem?

Sabe aquela velha piadinha "eu sou o/a melhor _______ do mundo, segundo a minha mãe"? Acaba de ser levada ao pé da letra pela agência portuguesa Torke. Funciona assim: você manda um e-mail pra se candidatar à vaga de redator ou DA. Aí, se eles te escolherem, você aparece com ela no fim de semana, pra que fale bem do filho talentoso, esforçado, lindo e cheirosinho de mamãe.

Supondo que os dois se dêem bem, é claro. Pode ser que aconteça alguma surpresa, do tipo:

- Então, por que a senhora acha que a gente deve contratar seu filho?
- Pra tirar o imprestável lá de casa! Ele fica jogado no sofá, comendo e roncando o dia inteiro, e não é capaz nem de lavar a louça. Sai à noite com o dinheiro que pega escondido da carteira do pai, volta bêbado e vomita na geladeira. E ele ainda... é, quer dizer... ele é um ótimo menino, sabe, moço?

Ou pior:

- Seu filho tem algum defeito?
- Claro que não. Quer dizer, o pai dele acha ruim o Junior ser gay, mas o senhor não tem problemas com isso, não é? É só não vir trabalhar de short ou se abaixar na frente dele que ele se comporta como um homenzinho. Ativo, porque se o senhor se abaixar atrás ele se comporta como um homenzinho passivo.

Situações constrangedoras à parte, se eu morasse lá tentaria a vaga. E levaria minha avó na entrevista. Ela prepararia umas caipirinhas pro diretor de criação, contaria umas piadas pesadas e me xingaria. Ele ia ficar amarradão e me contratar, só pra ela aparecer na agência de vez em quando.

Pra ninguém achar que é mentira minha, aqui está o anúncio da Torke. Não me lembro onde encontrei, provavelmente em alguma página que fala sobre propaganda. Mas quem se importa, não é verdade?





















Os criativos devem estar torcendo pro DC levar a mãe. Assim, ele vão saber a quem xingar.

***

E por falar em mãe, a minha parece feliz por voltar a me aturar em casa. Ou não, mas não tem jeito. Ela vai ter que me agüentar (com trema, sim, porque a nova regra da língua portuguesa é imbecil) até outubro. Meu pai e meu irmão também. E já cheguei passando mal, pra chamar mais atenção.

Agora sou um garoto Zona Oeste prestes a ter uma overdose de Floratil antes de viajar pra uma terra distante, sem casa ou emprego. Será que mamãe está orgulhosa de mim?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Parabéns pra você, pra você e pra você também

Muita coisa aconteceu nesses últimos dias, o que me impediu de passar pela Ponte. Mas o tráfego se normalizou na minha vida, assim que volto ao ritmo normal. A parte de normalizou e ritmo normal é mentira, mas isso eu resolvo fácil. Tá,a parte do resolvo fácil também é mentira. Esquece. Vamos ao resumão boladão de coisas que me impediram de escrever aqui:

















É, filho, você já foi mais novo.

Hoje você tem 21 anos (e 4 dias, graças ao atraso no post). Mas não poderia deixar de dar os parabéns públicos ao meu grande irmão-irmão, que me enche de orgulho como se fosse um filho. Que já viajou mais que eu, apesar de que isso vai se inverter em breve. Que lê um livro de economia maior do que um terço dos livros que me pediram na faculdade - juntos. Que me levou pra 00 pela primeira vez (no dia mesmo, depois de um jantar no Spacca Napoli - onde nós, the mama and the papa nos sentimos tão ricos quanto nunca fomos). Que eu poderia ficar elogiando eternamente, mas que ia encher o meu saco depois querendo cantar de galo, mesmo sendo 5 anos e meio mais novo. Então chega.

Mas parabéns e uma vida maravihosa. Você merece.

***

Depois de uns dois anos de garoto Zona Sul, oficialmente saí de Copacabana. A vida boa que levava lá, entre grandes amigos que tinha e fiz com o tempo (Bruno e Thiago, pra quem não entendeu), proximidade de tudo que sempre gostei, transporte fácil e pindaíbas leves de quem tem contas a pagar chegou ao fim. Voltei a Jacacity, terra de ninguém.

É engraçado como a gente só percebe o que perde depois de não ter mais. Assim que me mudei, comprei um skate. Andei umas 4 vezes, três indo ao mercado e uma a passeio, até o Forte de Copa. Fui à praia meia dúzia de vezes. Aliás, tô com cor de agência até hoje. E agora, que voltei pra casa dos meus pais, como vou fazer o que não fiz lá? Porque tô com muita vontade de pegar o skate e cair no mar o dia inteiro. Saco.

Mas a útima coisa que vou fazer é ficar reclamando do que passou. Até porque, foi uma fase excelente da minha vida. Levo amizades que vão durar pra sempre e muitos causos pra contar. Supondo que eu conte um dia.

Parabéns pra nós, do apê. Foi um período realmente inesquecível.

***

E pra quem estava achando que eu esqueci do nosso país e, principalmente, do motivo de não estarmos trabalhando nessa bela segunda-feira de sol (triste, não é mesmo?), meus parabéns ao Brasil - e a você - pelo Dia da Independência:

















Sim, Hollywood já fez um filme sobre a data. Tanto que o protagonista era negão.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pues ya está

Como vocês podem ver, caso tenham prestado um mínimo de atenção, a Ponte passou por obras. Não aquela história de recapeamento superfaturado com material vagabundo, mas sim mudanças profundas em infra-estrutura (com hífen), serviços de beira de estrada e - por que não? - estéticos, porque ninguém é de ferro. É de cimento virtual, neste caso.

O importante é ressaltar as alterações feitas, que vieram facilitar a vida de todos que passam por aqui. Primeiro, o leiaute. Chega de bolinhas coloridas, bem princípio de Internet. Agora eu sou um amador profissional, e a cara da Ponte mostra isso: divisões bem marcadinhas, todo elegante e faceiro.

Links, nesse primeiro momento, só os da Auto-pista. Os amigos vão entrar em breve, outros sites também. Mas agora é hora de mostrar o que ofereço. Principalmente porque, lá fora, as pessoas não conhecem o que já fiz. E têm que ver o que vou fazer daqui pra frente.

RSS e inscrição por e-mail são os pontos altos da primeira fase da mudança. Chega de perder o que escrevi por falta de tempo ou preguiça de andar pela Ponte. Coloque seu contato lá e você vai receber o melhor da Internet, segundo minha mãe.

Mais um ponto interessante, pelo menos pra mim, é a possibilidade de classificar os textos. No final de cada postagem tem um tópico "eu achei" com três opções: "bom", "ruim" e "indiferente". Fiquem à vontade pra dizer o que acharam do que escrevi. E não se acanhem em deixar um comentário dizendo que "se mijou de rir", "foi multada pelo síndico pelo barulho das gargalhadas" ou "perdeu a namorada por só dar atenção ao que escrevo". Acredite, eu entendo você. Quem não gosta do que escrevo?

Bom, por hoje é só. Termino minha postagem-tutorial pra me preparar pra meia-noite. Meu irmão irmão faz aniversário, e quero estar perto dele pra dar uns cascudos de comemoração. Aí, depois falo também sobre Barcelona. O motivo de eu mexer tanto na Ponte agora.

Até porque, não sou político pra só fazer obra em ano eleitoral.