quinta-feira, 27 de julho de 2006

Gente que faz

Pois é. Lá vai o Mengão rumo a mais uma Libertadores, dessa vez com muito mais consciência da importância da competição. E como se vencer no Maraca cheio fosse pouco, quis o destino que o vice fosse o mais perdedor da história do futebol.

Esse lance de português burro deve fazer algum sentido nesse caso. Porque se fosse meu time (glória a Deus por não sê-lo) eu já teria pensado em alguma foma de mudar o resultado final. Não ia aguentar ser eternamente vice do meu maior rival.

Em todo o caso, parabéns ao Vasco por manter a tradição viva. Mais um vice-campeonato. Simon Bolívar agradece. Afinal, pra entrar na luta com os libertadores da América precisa ter força e impor respeito.

Acima de tudo Rubro-Negro!


Yo tambiém soy Mengón! Mira que guay mi uniforme.
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Ih! Libertadores '07 tâmo aê!

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Serviço de utilidade pública

Sérgio Cabral, candidato do PMDB à governador do Estado do Rio de Janeiro, lidera as pesquisas com mais do dobro do segundo colocado, Marcelo Crivella. O bispo não entra, mas em compensação entraria o tucano. No primeiro turno.

Acontece que ele prometeu ampliar os projetos sociais de um real do governo rosinha dos garotinhos. Vejam bem, ampliar não é diminuir. Não é nem mesmo manter igual. Ampliar quer dizer aumentar. Ou seja, o populismo vai crescer a ponto de oferecer até drogas a um real. Teria muita gente curtindo a idéia, inclusive, mas quero dizer que isso vai cagar ainda mais o estado.

Então, gente, pelamordedeus-oê, caso vocês não tenham candidato ao nosso governo estadual, pelo menos votem nulo. Já seria alguma coisa, pelos mesmos motivos que falei no post anterior. E divulguem a idéia. Vamos tirar o lixo de nossas ruas. Como em um serviço de utilidade pública.
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Aliás, o bispo afirmou que os políticos do estado - e mais várias pessoas, de várias classes diferentes - cheiram cocaína. Disse que isso justifica a situação atual do Rio.

Não sei se é verdade. Não sou detetive como ele e, provavelmente, não recebo denúncias vindas do céu como ele, pessoa tão pura e ligada a Deus. Mas, pelo sim pelo não, caso encontre com os garotinhos vou recomendar que cheirem crack. Assim não precisam fingir greve de fome pra emagrecer.
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Eu apoiaria incondicionalmente um candidato que prometesse construir um emissário submarino saindo do Palácio das Laranjeiras e lançando dejetos a pelo menos uns cinco quilômetros do nosso litoral. Nem me importaria se não cumprisse depois.

Só o fato de reconhecer que existe ali quantidade de sujeira suficiente para cagar todo o Rio de Janeiro, o candodato - ou a, tanto faz - ganharia meu respeito e admiração. E aquele votinho amigo.

domingo, 23 de julho de 2006

Morte e vida [nome]

A campanha eleitoral segue firme e forte, caminhando pelos quatro cantos do país com promessas tão coerentes quanto reviver seu tataravô e distribuir notas de cinqüenta como papel higiênico, para um povo que será o mais rico e poderoso do mundo a partir de 2007 poder limpar a bunda com estilo.

Nessa onda de seqüelagens, acordei hoje com o Lula prometendo mais umas dezenas de universidades públicas. Ah, que bom! Porque as federais já estão saturadas de alunos e professores e muito bem estruturadas, então é melhor expandir o ensino superior.

Façam uma UFNoAC (Universidade Federal do Nordeste do Acre). Pelo menos lá terão árvores para derrubar e fazer papel e carteiras, e látex para borrachas. Talvez não tenham nem luz elétrica e água encanada, mas - e daí! - a hora de expandir é essa.

Já aviso com antecedência que meu voto para presidente, assim como para governador, será nulo. Na verdade, o único urnário definido até agora é Chico Alencar para federal, mesmo ele estando no maldito PSOL. Outra coisa, se começarem a me perturbar por esse ou aquele fulano serei bem ignorante. Podem ter certeza, eu consigo ser assim. E com toda a ironia e classe que (acho que) possuo.

Acho que vocês, corajosos que trafegam pela Ponte, sabem, mas se houver 50%+1 de votos nulos a eleição é anulada. Vamos tentar?
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Momento filosofia: a pior forma de morrer deve ser enrolado em um papel, esmagado por um catoto molenga. Ainda bem que não existem gigantes maus.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Se Schwarzenegger, o bárbaro, diz...




















Crom!

Ele deve estar bolado e pensativo.

Ah!, coitado...

Andanças, Mengão ganhando, Tony Manero, Conan e Rocky em DVD, novidades se anunciando e eu sem poder postar um texto minimamente grande na Ponte... Rezem por minha sanidade, crianças.

Também, quando eu vier escrever vocês terão texto para toda a vida. Aguardem a Bíblia da Ponte, onde a Verdade segue o caminho. Apesar de não saber o que quis dizer com isso.

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Ops

Fiz de novo. Deixei a Ponte sem cuidados. Mas é por um bom motivo, que já deixo avisado aqui.

Com mais uma viagem que se aproxima - e se Deus quiser vai rolar mesmo - eu tenho andado mais frenético que de costume. Além do que, minhas atenções estão ainda mais voltadas para a família. Assim sendo, não se espantem se eu sumir ou se eu tentar marcar coisas e desmarcar constantemente. Se já era assim, agora está ainda pior.

Mas amigos entendem, tenho certeza. E também não vão deixar de passar pela Ponte, espero.

Como prêmio pela persistência em um caminho melhor, deixo um ensinamento sobre o que é o melhor da vida, que aprendi com meu mais novo mestre:

To crush the enemies; had them driven before you; and hear the lamentation of their women!

Arnold Conan Schwarzenegger, o bárbaro ator. Deve ser lido com sotaque de austríaco mongol sem educação.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Legal

O que é ser legal? Jovens sabem o que é ser legal. Pessoas mais velhas já souberam, muitas ainda sabem mais e melhor do que vários jovens. Pessoas de meia-idade estão no limiar entre o saber e o não-saber, entre o ser jovem e ser velha. Entre o ser e o não-ser.

Legal é ir à praia de dia, ir a um luau na praia à noite. Sair na noite, trabalhar de dia, não trabalhar de dia. Não trabalhar nunca. Trabalhar com o que gosta. Fazer o que gosta. Pular de pára-quedas, bungee-jumping, base-jumping, andar de skate, patins, bicicleta, a pé, de carro zero, de carro tunado, de carro velho mas conservado.

Legal é usar roupas da moda, usar roupas que gosta mesmo que não estejam na moda, fazer moda. Legal é ter cabelo comprido, vermelho, liso, preto, curto, rosa, black, dread, channel, moicano, azul, curto, despenteado, com franjas, amarelo. Cabeça raspada. É dos carecas que elas gostam mais.

Legal é jogar bola, jogar video-game, bola e video-game, lutar, nadar, montar, pilotar kart, moto, avião, falar várias línguas, falar a língua dos sinais, beijar, viajar, beber, não beber. Legal é ser moderno. Legal é ser retrô. Legal é ter estilo.

E ajudar, também é legal?

Responda, passe para seus amigos responderem e ajude a um redator: como ser legal?

domingo, 2 de julho de 2006

A culpa é da bola

Não vou me estender na eliminação dos amarelões, basicamente porque isso é assunto em 90% de todas as rodas de conversa em todo o Brasil. Especulações, convicções e outros -ões presentes no Pai-dos-burros e que já estou cansado de ouvir, e não quero fazer parte.

Só quero registrar minha tristeza pelos jovens da seleção, que tinham vaga mais do que certa e não puderam jogar a Copa. Quero expressar minha solidariedade com os 185 milhões de coitados que serão um pouco mais coitados por mais quatro anos - afinal, em um país subdesenvolvido, onde a alegria do povão é ver que somos bons de bola, voltar pra casa mais cedo representa o fim das férias para muita gente.

Mas acima de tudo tenho que lamentar por saber que vou ouvir um monte de "eu sabia!", "eu não disse?!" e "bem feito!" durante um bom tempo. Tão insuportável quanto aquele povo que muda de opinião de acordo com o desenrolar da história (vide Galvão, criticando o time no final do jogo depois de elogiar nos outros quatro, mesmo tendo jogado tanto quanto a Polônia ou a Suíça) é quem parece esperar o pior para dizer que havia avisado desde não sei quando.

O inferno são os outros, diz Sartre e repetiram os atores da boa peça Entre quatro paredes, que vi nesta sexta com Alan e Carol. É exatamente isso que teremos que aturar, um inferno promovido pela lenga-lenga de todos os que cismam em dizer que sabem tudo. Se soubessem, com certeza não seriam pseudo-intelectuais ou os verdadeiros fracassados que são. Então, façam o favor de calar a boca. Que ninguém venha pra cima de mim com esse papinho besta, que não suporto corvo-projeto-de-cigarra.

Quer cantar bonito, nasçam de novo.
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E volto minhas escassas baterias de torcedor-frustrado para Felipão, o único brasileiro que representou verdadeiramente o espírito guerreiro que o brasileiro gosta.

Pra frente, Portugal!
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Se esse não for o fim de Parreira na seleção, então é melhor os brasileiros que gostam de futebol começarem a procurar outro país para torcer. Eu serei Djibuti desde criancinha. E você?
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O Zagallo tá vivo?