quinta-feira, 30 de novembro de 2006

"Eu acho que eu vi um gatinho"

2006 tem sido um ano maravilhoso para mim. Conhecer vários lugares no mundo, trabalhar, freelar, criar coisas importantes, estar para me formar, fazer grandes amizades para toda a vida, ganhar prêmios, ver Alan alcançar o que quer, Carol também, fortalecer meus laços com os dois e meus pais e todos, planejar minhas mudanças. Não necessariamente nessa ordem. Agradeço a Deus por tudo, e a todos por terem me ajudado a viver momentos tão bons. Mas sempre tem um "porém"...

Só que, dessa vez, o "porém" é positivo. Na verdade, ele é a prova que o mundo dá voltas, que vale a pena esperar e de todos outros clichês estilo auto-ajuda. Mais que tudo: esse "porém" é um sonho se tornar realidade.

Falo isso já ficando com lágrimas nos olhos de novo, e não tenho vergonha de admitir. Nunca vou ter. Porque só quem me acompanha desde o início sabe o que passei, o quanto lutei, o que superei, como acreditei. E mesmo todas essas pessoas nunca vão conseguir entender totalmente o que é para mim chegar aonde estou agora. Ou estarei, espero.

Explicar em detalhes todo o processo demoraria demais. Posso resumir dizendo que participei do CCRJ com Mari, entramos no shortlist e o sorteio foi ontem, 29/11. E adivinhem onde eu caí - sorteado por mim mesmo?


Quem disse que gato preto não é sinal de sorte?

Sim, meu sonho desde a pré-adolescência. Meu primeiro incentivador para cursar publicidade. Minha agência-utopia. Minha DPZ.

Duailibi, Petit e Zaragoza (ainda) não me conhecem. Sei que eles têm noção do valor da sigla
para o mercado; mas não do valor sentimental para mim. Meter a mão no saco transparente do sorteio, com um monte de papéis dobrados dentro, sacar o papel de lá, mexer nele sem olhar, abrir, e ler pequenininhas, centralizadas, em preto no fundo branco, D, P e Z, foi uma sensação indescritível.

Não sei o que dizer até agora. Porque essas três letras - DPZ - são meus doze para treze anos indo ao dermatologista lá no Fórum de Ipanema e vendo que um andar inteiro era ocupado por eles. São minhas propagandas escritas aos treze, refazendo o que achava ruim na TV, para um dia apresentar a eles. São meus (poucos, mas funcionais) estudos para entrar em uma universidade pública. São meus esforços para me sair bem nas matérias. Minhas noites viradas fazendo direção arte de propagandas, por não ter ninguém para fazer por mim. Meu dinheiro gasto com portifólio. Meus "legal, você é criativo, mas agora não tem vaga aqui, foi mal". Minha canseira na Internet discada, viajando no site dessas três letras, sonhando um dia entrar no Fórum de Ipanema e ir até o décimo-quarto andar e escrever textos que fossem veiculados e vendessem e deixassem o cliente feliz e ganhassem prêmios.
D, P e Z me fazem pensar só nela, sem parar. D, P e Z são todas as dificuldades que enfrentei e toda a superação que consegui. D, P e Z são minha vida de publicitário desde quando ainda não era um.

Sei das dificuldades que eles passam, das demissões, da centralização da criação em São Paulo e de todas as possibilidades na relação eu+DPZ - que vão de ser contratado a nem abrirem vaga para mim. Não me iludo, nem acho que tudo são rosas. Mas isso não me importa, também.

Porque minha vitória não é só se virar diretor de criação ou sócio da DPZ - por mais que eu goste da idéia. Minha vitória é olhar para a minha vida e ver que, depois de tudo, cheguei à sala da Staff, com o Paulo Castro sorteando agências entre uma parte do futuro do mercado, e com o meu nome - o meu! - ligado à DPZ.

Por isso, nunca desistam dos seus sonhos. Tenham sempre na cabeça uma famosa propaganda (sou publicitário, afinal de contas!) que, cada vez mais, norteia minha vida. Não importa o que aconteça...

Keep walking.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Meu aniversário é 22/01

Ponto. Quero presente. Ponto. Gosto de vinho. Ponto. Alguém se habilita a me dar um de presente? Interrogação.

Ah, mulheres...

"Acredite Mulheres falam 20 mil palavras por dia, os homens só 13 mil 09:00

As mulheres falam quase 3 vezes mais do que os homens e têm mais celulas do cérebro envolvidas na tarefa de falar. É o que diz a Dra Luan Brizendine, psiquiatra, que está lançando na Inglaterra 'The Female Mind'. Afirma que as mulheres falam em media 20 mil palavras por dia - enquanto os homens falam cerca de 13 mil. A diferença seria explicada por uma questao hormonal desde a formaçao dos bebês no utero. Ainda de acordo com a Dra Brizendine, por conta do hormonio testosterona, a area da audiçao seria menor nos cerebros masculinos - o que deixaria os homens 'surdos' para o falatorio feminino. Noticia do Daily Mail. 29/11 BBI"

E tem mais.

"Mas as mulheres passam 8 anos e meio de suas vidas fazendo compras 10:15

Uma pesquisa da GE Money realizada na Inglaterra diz que as mulheres saem para as compras em media 301 vezes por ano. Dedicam a isso um total de 399 horas e 46 minutos. Considerando as compras de comida e roupas para a familia ao longo de uma vida, as mulheres passam mais de 25 mil horas em lojas, shoppings e supermercados. É o equivalente a 8 anos e meio - usando como referência um dia de trabalhao de horario convencional, das 09:00 as 17:00. Noticia do Daily Mail. 29/11 BBI"

Nem preciso dizer nada. né?

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Hilário?

E como!

E a falta de sono faz isso

Antes de dormir, é sempre bom descobrir coisas como essa. Vindas de páginas como essa. Enfim, é isso. Boa noite.

domingo, 26 de novembro de 2006

E um pequeno comentário

Parece que nem todo mundo concorda, ou ao menos foi apresentado, ao fato de "o bom do Brasil ser o brasileiro". Porque há uma hora atrás, um grupo grande de pessoas - ou não - só faltaram se matar por um mísero balão com uma cangalha feia que caiu na rua aqui da frente. Pelo menos uns socos devem ter rolado, pela gritaria, barulhos e ameaças.

Aí rasgaram o balão, invadiram uma casa, fizeram bandalha na rua, pararam o trânsito e foram embora cantando pneus de carros e motos. Homens, mulheres e crianças. Ou um bando de marginais, o que dá no mesmo pra mim.

Quando alguém souber me explicar porque, como ou onde "o bom do Brasil é o brasileiro", favor deixar um comentário aqui.

"Mil palavras valem muito, entende?"

Pelé lançou sua autobiografia. Pelé, não o Edson. Mas mesmo que o livro seja de duas pessoas, ou tenha dupla personalidade, não poderia custar custar isso. Não tem história nem atleta do mundo que faça uma biografia valer isso.



Pelo menos - não sei se vocês puderam reparar na tarja natalina vermelha, logo abaixo do livro - o frete sai grátis para quem mora no Sudeste, já que o valor ultrapassa um pouco os R$ 29,90. Ufa!, ainda bem.

Pelé, editora responsável pelo lançamento do calhamaço, dono da Saraiva e toda a galera envolvida nisso: "falem com seu médico - eu falaria". Entendem?

sábado, 25 de novembro de 2006

Errata

UM VIVA À MINHA VIDA, e não "viva à minha vida".

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Por favor, salvem a professorinha

Não sei quem viu hoje - vulgo ontem - a Grande Família, provavelmente o único programa de humor da Globo onde você vê humor. Até procurei o nome dos roteiristas, porque eles merecem ser citados: Cláudio Paiva, Bernardo Guilherme e Marcelo Gonçalves.

Mas não é disso que quero falar. Pra quem viu o último episódio, Nenê dava aula para Agostinho e Paulão, da oficina mecânica. Os dois eram absurdamente burros, preguiçosos e pilantras. Se você viu, riu. Mas na vida real não tem tanta graça. Ou tem, mas é feio rir. Mas eu ri assim mesmo. Porque é inacreditável que alguém escreva publicidade - a minha profissão! - desse jeito:

(ditado de português dado por mama na quinta série do colégio em que dá aula; vou poupar o nome dos terroristas)

*publissidade
*blubisidade
*brobisidade
*pluplicidade
*pubrisidade
*plublusidade
*púlblicidade
*publiciu
*prubicidade (2x)
*prubisidade
*públicidade
*publisidada
*puplicidade

Fiquei feliz de ver que teve uma pessoa que "só" colocou acento no "pu". Claro que teve gente acertando, apesar de ser a grande minoria. Fora as outras palavras que nem vou citar. A não ser "desenho enrolado" no lugar de "desenrolado". Tenebroso.

Pois fiquem sabendo que o governo determina que todas as crianças passem de ano, para "não ficarem traumatizadas, desestimular seu aprendizado e incentivá-las a concluir o ensino". Aí, aproveita e já arranja o santinho do candidato pras próximas eleições, porque daqui a mais um pouco elas vão às urnas.

Por favor, ajudem a salvar minha querida mãe. Já que o governo não colabora, dêem uma aposentadoria decente a ela, ou pelo menos alunos razoáveis. Porque, depois de tudo isso, não tenho certeza se "o bom do Brasil é o brasileiro"...
***
Parece que quase que um avião da Gol e um da Tam se chocam, um aterrisando e outro decolando. Saindo daqui do Rio, indo pra Campinas. Aí, você começa a se perguntar qual o verdadeiro lance do acidente do Legacy, com quem está a verdade e tudo. Eu, pelo menos, fico me perguntando isso.

De qualquer forma, já deixo avisado aqui na Ponte que se um dia eu estiver viajando e acontecer alguma coisa com o meu vôo, eu juro que dou um jeito de entrar na torre de controle e dar uma sova em todo mundo que estiver dentro da sala. A não ser que eu morra. Aí passo a tarefa pra vocês.

Honrem a Ponte Elétrica e vinguem meu bom nome.
***
Quase que me esqueço de falar do evento de hoje, que não disse que ia porque não tive tempo. Ruim. Uma pena, porque tenho certeza que o Fábio Saboya, como diretor de criação da DM9-SP e criativo rodado no mercado, tem muito o que dizer. Essa é a bosta de fazer palestra pra esses estudantes despreparados e avoados que entram nas faculdades hoje em dia. Faz o cara explicar que "nas agências se trabalha em dupla de criação - um redator e um diretor de arte, que tem esse cargo mas não manda no redator".

Pelo menos eu acordei às 6:30 da manhã, passei 2 horas no trânsito, fiquei com fome e gastei meu dinheiro todo num almoço porque esqueci a senha do meu cartão de débido e não fiz a mono hoje porque não tive tempo. Mono que tenho exatamente 10 dias para terminar.

Viva à minha quinta-feira. Ainda bem que "eu sou brasileiro e não desisto nunca".

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Concentração

Qual o grau de concentração do ser humano? Varia, você poderia dizer. Provavelmente vai dizer. E concordo com você. Ou não.

Ou não porque, na verdade, o poder de concentração pode ser padrão em determinados períodos da humanidade. Por exemplo: na época em que vivemos, com um sem-número de aparelhos eletrônicos à nossa volta, constantemente somos desafiados a manter nossa concentração. É celular, msn, TV, trabalhos, tudo ao mesmo tempo agora. E a vida segue.

As exigências do homem contemporâneo impõem esse ritmo frenético. É necessário se manter informado sobre as últimas notícias, a moda de Tóquio, a cotação do arroz na China, a quantidade de dentes de tubarção encontrados na perna de um surfista na Austrália - sem ele junto para contar história - e os métodos vudus de uma tribo centro-sub-supra-infa saariana que podem influenciar no mundo dos negócios. E no seu emprego, claro.

Por isso o stress. Por isso tantos pacotes de turismo, remédios, depressão, brigas, desigualdade, calos, cãimbras para fala dizer as coisas mais simples como "árvores somos nós". Por isso as propagandas que dizem para você desacelerar. Por isso a vida anda desse jeito.

Por que estou falando tudo isso? Talvez seja para provar a veracidade do que digo, já que digito isso enquanto escuto música, digito a mono e falo com minha pequena. Ou talvez seja só pra enrolar enquanto não posso me concentrar na minha temível monografia, encalhada na décima-nona página. Vocês nunca vão saber.

Pelo menos a Ponte não fica parada na volta do feriadão.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Primeiro o prêmio, depois a prova

Ia falar do provão, mas isso fica pra amanhã. Porque preciso de tempo para explicar minha posição e atitude. É mais fácil dizer que, neste exato momento, estou de sapato marrom, meia cinza pra combinar com a calça de microfibra cinza, cinto marrom pra combinar com o sapato e uma camisa de botão 100% algodão amarelo-claro.

Maldito "traje passeio". Assim vou para o Prêmio Colunistas, receber meu primeiro troféu. Diploma. Ou seja lá o que for.
***
Foi. Fui. Foi legal e ponto. Pula para o provão.
***
Boicotei. Mas não assim, por boicotar. Fiz toda a prova e ia entregar bonitinha, se não fosse um porém. O porém da avaliação da prova deles ser "você gostou ou não gostou", "você acha que o conteúdo tem a ver com a matéria que você estudou ao longo da faculdade ou não", esse tipo de coisas. Nenhuma autocrítica sobre a prova.

Daí eu fiz tudo, e em cima da parte da avaliação da prova eu colei o adesivo. Fechando a lateral. Assim eles só abrem minha prova rasgando, e isso a invalida. Morram, malditos escrotos burocratas estúpidos fazedores de provas sem sentido.
***
Tô de mau humor, depois posto mais. Como um aborrecimento bobo pode deixar uma pessoa mal.

Só uma coisa poderia me salvar. É isso aqui. O resto que se dane.

domingo, 12 de novembro de 2006

Por partes-oê

Pra não me atropelar. Mas bem rápido, porque os assuntos se acumulam e a mono também. Vai o primeiro assunto que devia.

Mariana Moreira e eu (primeiro as damas) passamos no CCRJ! Sim, nosso trabalho foi um dos selecionados. Depois de muita luta, suor, noites viradas, má alimentação, rejeições, dúvidas, decepções, robalheiras, dinheiro gasto, e tudo mais o que pode desestimular uma pessoa, consegui o que tanto queria. Mostrar a cara no Clube de Criação do Rio de Janeiro. Tô me sentindo tipo "Joseph Climber" ou coisa parecida, daquele grupo de humoristas que foi no Jô e conta a história de um cara que não desiste diante das adversidades. Só espero não acabar como peso de papel...

Consegui graças à ajuda e talento inestimável da minha DA de saia, a única mulher a trabalhar comigo até hoje. Mari foi muito bem, enchendo o meu saco para fazer mais textos e contestando o que eu fazia e dizia. Sempre disse a ela que assim que gosto, porque critico mais meu trabalho e faço melhor. Pois. Tá aí o resultado.

Não sei para onde vou, como vai ser minha vida daqui para frente nem o tanto que isso vai me valer. Mas uma coisa já ajudou, e muito. Auto-confiança. É meu terceiro ganho em cinco disputados, desde a viagem pros "estêites". Se for assim, vou começar a economizar pra próxima passagem.

Não sei quando é o sorteio das agências pra galera, mas de qualquer jeito já tem coisa no ar. No mar, pra ser mais exato. Terça é a premiação do Colunistas na Marina da Glória, e é óbvio que vou estar lá. Com Mari, mais uma vez. E vou faltar aula do Paulo Castro, o que nem deve fazer tanta diferença porque ele também deve estar lá. Vou tirar onda!

O futuro, a Deus pertence. Mas bem que eu podia conseguir bisbilhotar umas linhazinhas da minha vida, só pra ver como vai ser 2007. Esse ano promete deixar marca... ;-)

sábado, 11 de novembro de 2006

A.I.

Ou inteligência artificial, em bom português. Tem coisas que você acha que só são possíveis em filmes, outras só na sua cabeça mesmo. Aí vem um grupo de energúmenos e faz isso. Gente, é sério, comecem a rezar. Eu temo pelo futuro da humanidade.

Ainda assim, já coloquei meu nomezinho aqui. Porque é caro, mas é o preço que se paga para estar do lado de quem vai vencer na vida, daqui a algum tempo. E mesmo que eles não me escolham de aliado e me matem (ou pior, me coloquem como escravo extraindo células de girino hermafrodita ao som de jquest para alimentar seu complexo sistema de funcionamento), pelo menos me diverti um bocado com tudo isso.

Claro, supondo que em algum momento da minha humilde vida eu tenha dinheiro pra gastar nele.
***
Vocês devem estar se perguntando sobre o post das fotos, que prometi. Não se perguntem. Fiquem esperando mais um pouco e ponto. É porque ainda não tenho as fotos, mesmo.
***
E mais uma grande notícia anima minha vida. Uma conquista chorada e esperada, desde que entrei na UFF. Nada a ver com a mono, mas nesse exato momento caguei pra isso. Participação mais que especial de Mariana Moreira. Mas fica um texto exclusivo pra isso, e só amanhã pra aumentar o suspense.

O importante é dar os parabéns a essa menina com talento. Ela vai longe!

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Parece piada

E deve ser mesmo. Por que isso não veio da Argentina, meu Deus?!


Invejosos! Tomara que só formem grunges!

Pré postagem

Espero algumas fotos para poder escrever minha próxima grande postagem (em termos e no sentido semi-figurado, podem ler sem sustos). Então, enquanto isso, pré-coisas:

*sim, Cá, é porque digito rápido. Minha vida anda bem rápido e você sabe bem disso;
*não, Rafa, não estava mal humorado. É só um desabafo-crítica às porcarias que vejo por aí. Afinal, para cada Alexandre redator esperando a chance de gastar uma pasta num filme, tem centenas de idiotas fazendo isso com trabalhos porcarias. Se é pra gastar, pelo menos justifica o tanto de grana;
*parabéns, Manu, sei que seu aniversário foi ontem mas não pude falar com você ao vivo. Saí da produtora quase 23h, lá em Santa Teresa. De ônibus. Isso é razoavelmente longe, principalmente para quem mora em Jacacity;
*você é minha amiga sim, Mari - a DA de saias. Fique feliz;
*nhé, Alan, nhé.

Enfim, um pré post.

ps: esqueci de citar que argentinos e uruguaios brigaram dentro da arena de futebol de praia ontem, em Copa. Se eu fosse da organização, mandava fechar e deixava todo mundo se matando lá dentro. Poupávamos trabalho. E com uma câmera filmando a pancadaria, depois ainda rolava sessão com pipoca. Gente sem idéia.

Aí os brasileiros resolveram criar tumulto fora, e foram devidamente surrados pelos PMs. "Cambada de vagabundos!!!!!", como diria o mestre Dalborgha. Ao invés de ficarem rindo dos argentinos, quiseram bater e apanharam. Tacaram pedras e disseram que a polícia reagiu com violência contra eles. Tadinhos...

"O bom do Brasil é o brasileiro"? Então, tá.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

"Cabô?"

Sabe quanto custa fazer um comercial para TV? Um mísero vt de 15 segundos? Tem idéia de todos os meandros que percorrem, voraz e freneticamente, o processo que culmina no filme que passa em sua casa*? Sabe quantas pessoas, autorizações, entraves burocráticos, complicações, primeiras, segundas, terceiras e quadragésimas discussões e revisões são feitas? Consegue ter uma noção do trabalho que dá fazer tudo isso, normalmente com prazo apertado e gente enchendo o saco, soltando bafo quente no cangote, esperando que tudo dê maravilhosamente certo?

Se você não sabe não sou eu quem vou dizer, porque é coisa à vera. Mas adianto que não é pouco trabalho, não.

Aí você, sabendo disso tudo, liga a sua televisão e vê um comercial porcaria. Sabe aquela sensação de "ué, já acabou? é isso?"? Então. Fique sabendo que, para um reclame chulé assim, milhares de reais são gastos. Talvez milhões.

Quando isso acontecer, não pense duas vezes. Deseje o pior para o cretino que fez isso. Tavez um dia sua pragua dê certo e eu tome o lugar dele.

*cutura é tudo - e sem dicionário!

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Primeiro o lazer, depois a obrigação

Apesar de achar (achar não, ter certeza) que esse lance de feriado atrás de feriado, e sempre com a forte possibiidade de se emendar tudo - acho que, se pudesse, a galera emendava carnaval no Natal -, gostei deveras desse agora. Foi bom pra descansar e tentar trabalhar. Tentar. Porque em quatro dias eu escrevi três míseras páginas da mono e criei texto mediano (ou não, mas acho que sim) pra aula de Redação Publicitária.

Daí saí quinta com a pequena pra ver O grande truque, sexta com André e Lyvia e comemos como porquinhos (basicamente eu, na verdade) rodízio de petiscos e colocamos papo atrasado em dia, e sábado com a pequena pra ver A última noite. Hoje fiz como Deus, e fiquei em casa. Mas a Dele era maior, na época da criação. E ainda está em reformas, sendo expandida e tal.

Como essa coisa de escrever mono tira minha vontade de viajar aqui, pelo menos enquanto o trauma está recente, vou ficar só nos filmes. Até porque, quero salvar minha alma fazendo um grande favor à humanidade.

Vejam O grande truque. Um filme com Scarlet Johanson, Hugh Jackman e Christian Bale não pode dar errado. Ainda mais falando de mágica e ambientado no século XIX, com aquela coisa de intriga, morte e pombos em gaiolas. E não deu. Vale a pena, e quem perder é cara de mamão sem bom gosto grande-telático e não vai ter o que indicar para os amigos verem no cinema. Porque sõ tem porcaria.

Prova disso é o miserável A última noite. Um conselho sério, nunca acreditem nessas resenhas do Cinemark. Ela pode ser tendenciosa e traiçoeira. Esse negócio é horrível, sem graça, sem sentido, sem ligação entre as partes e sem atrativos para salvar a cagada toda. A mulher de branco é um anjo e leva o vovô tarado e o cara que comprou o teatro, mas o show de rádio acaba mesmo assim e quem sobrou planeja uma nova turnê. Pronto, contei tudo. Assim vocês não caem na asneira de ver pra ter certeza de que eu estava certo. Pronto, vou pro céu por causa disso.

Se um anjo viesse levar alguém assim, pediria pra se adiantar com o roteirista deste troço. Aí acabaria o risco de ele escrever mais alguma coisa. Qualquer coisa.

A surpresa foi que Carol não dormiu. É, o mundo está mudando.
***
Alan comprou um laptop. Tá que nem eu no início. Gasta as teclas, mexe o tempo inteiro. É um saco. Já falou mais tempo com a gente em dois dias de Skype do que no mês passado todo por telefone. E ainda tem uma câmera, só pra tirar onda. Pena que não sabe ajeitar foco.

Escrevo isso porque agora, como vi que ele vai ler a Ponte sempre, posso fazer piadas com ele outra vez. Aí ele ganha direito de resposta, eu mais piadas, e todos ficam felizes, perdendo tempo na Internet.

Mas nada disso muda o fato de ele ter visto o filme do Borat. Invejo tanto ele quanto o Serginho Mallandro, por ter contracenado com o Mussum. Ou o oposto, sei lá.
***
Um ponto positivo a mais, para fazer vocês verem o filme dos mágicos. Ele fala de eletricidade, em uma grande homenagem de Hollywood à Ponte. Só estou na dúvida se é pela fonte de inspiração ou pelos momentos de lazer. De qualquer jeito, de nada.

sábado, 4 de novembro de 2006

"Ninguém lê post grande..."

Então tomem isso, chorem que nem eu e dane-se.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

"Você já foi mais humilde"

Vou aproveitar o tema para tocar em um assunto que começa e morre nesta postagem: eleição. Aí vocês perguntam "mas por que você não quer falar de eleição?", e eu respondo "porque tô de saco cheio de política, e só volto a discutir sobre quando aparecer alguém em quem eu realmente confie. Ou quando o Zico for presidente do Flamengo.

Falando esse tantinho de política, sou obrigado a comentar a votação de agora. Agora como semana passada. Votei nulo pra governador e presidente.

Ah, o voto é secreto?

Problema meu. Eu falo o que quiser, a Ponte é via pública mas a informação sai daqui da minha garagem cerebral. Votei nulo porque não acredito em nenhum deles. Seja para governador, seja para presidente. Com um agravante, no caso do Lula.

Não, não vou dizer que ele é o maior pilantra do mundo, como tem gente que faz. Porque não tenho memória curta ou seletiva, como essas mesmas pessoas. Afinal, o mensalão desse governo rolou também no FHC. Acordos por debaixo dos panos, roubalheiras e tudo isso que sai nos jornais "imparciais". Mas as coisas não poderiam ter tomado esse rumo.

A esperança do povo não poderia se comportar desse jeito. Empáfia, oba-oba, pedantismo, arrogância. O chefe de Estado esperado por tanta gente anos a fio não poderia não saber de nada. É inaceitável que não saiba de nada. Se fosse um chifre da dona Marisa, será que ele também não saberia? Porque isso é típica atitude de corno. E o presidente não pode ser corno, ele tem a inteligência e a aparelhagem do governo a favor dele.

Se Lula foi (re)eleito - e sem meu voto, dessa vez -, foi devido à incompetência da oposição, à inexpressividade de um candidato tão errado quanto seu adversário (pra quem não sabe, 80% das obras públicas do estado de São Paulo foram ou deveriam ser cortadas devido ao rombo deixado pelo governo Alckmin), à falta de propostas realmente atraentes para o povo e à desconfiança na direita. Que passou décadas, séculos, dando motivos para isso.

Então, direita, não reclamem. A culpa pela derrota é de vocês. E é verdade que o país tem o povo que merece. Porque milhões de pessoas se apequenarem diante de uma micro-elite covarde por tanto tempo tinha que resultar em um Brasil tão miserável por tanto tempo.

E, senhor presidente: você já foi mais humilde.
***
Meu pai também já foi mais humilde. No sentido monetário do termo. Ele não tinha nada, ganhou pouco e me deixou aqui. Sem posses, rendas ou heranças, mas com um capital social honesto e invejável. A falta de uma condição financeira confortável é compensada com o entendimento do valor do trabalho, do suor que traz o que se quer.

Algumas pessoas não tem isso. Nem essa (pouca, mas minimamente satisfatória) condição financeira que temos em casa, nem capital social. Nem casa, roupas, educação e mesmo comida. Elas (sobre)vivem próximas, às vezes ao lado, de quem tem. Muito ou pouco, não importa. A questão é que essas pessoas que têm não movem um dedo para ajudar as que não tem. Não movem sequer os olhos, porque "o que os olhos não vêem o coração não sente". Acredito que o coração delas não sentiria de qualquer jeito, mas mesmo assim não olham para os lados. Ou para baixo, para os que estão caídos no chão, morrendo de fome.

Foi uma dessas pessoas que meu pai parou para ajudar. Comprou comida, abriu a porta do carro ao lado dela para ninguém ver a situação, e ficou ali, acompanhando a pessoa matar sua fome. Ela não disse obrigado, mas é como meu pai disse. "Não precisava, não estava ali pra isso".

Ele disse que viu nos olhos dele uma expressão de pena pela situação do meu pai. Porque o constrangedor não é não ter, porque ele provavelmente não teve chances na vida. Constrangedor é ter e ver que você é minoria absoluta e se sentir culpado pela situação dos outros, mesmo que você não tenha.

Afinal, para cada "meu pai" que ajuda um desconhecido necessitado, existem "pais", "mães", "playboys" e inúmeras raças que simplesmente ignoram esse mundo que não é o deles. Tendo muito mais condição que nós, aqui de casa.

Isso é vergonhoso e desanimador. Às vezes me pergunto se sou desse planeta, porque deve ser uma coisa muito anormal me importar tanto enquanto tantos não se importam nem um pouco. Chorar enquanto riem "da roupa da cor do cara". Sofrer enquanto comemoram as rodas de liga leve e o insulfilm que custaram um ano de comida para uma família miserável do país.

"O bom do Brasil é o brasileiro".
***
Pra fechar, quero registrar a mudança de sentido na Ponte. Se quero um blog condizente com o que penso e gosto de escrever, então vou juntar humor - mesmo que vocês não me achem engraçado, eu me acho; e isso é que nem mamãe dizendo que o filho é bonito, o que no meu caso também considero verdadeiro - com preocupação social e pensamentos um pouco mais elevados do que "JQuest é a pior banda da história da humanidade no Universo!". Com todo respeito à minha pequena.

Os links do lado esquerdo estão mudando, e poderão receber companhias novas a qualquer momento. Basta que eu queira. Porque, se não posso ser presidente, pelo menos aqui eu mando.

Entraram "Ponte para o sucesso", com a presença ilustre e até agora solitária do Dr. Separita - as letras são engraçadas mas a crítica aos assuntos é séria, vale a pena, além da amizade pelo Alex; e "Contra o câncer de mama" - porque tenho certeza que vocês conhecem ao menos uma mulher que já teve, e nesse link você encontra um botãozinho rosa que deve ser clicado diariamente para que mulheres carentes possam ganhar mamografia grátis. Se quem tem condição já sofre, imagina humildes. O que fiz foi facilitar a vida de vocês para que possam ir para o céu. Então, mesmo que não queiram ler meus edificantes e hilários textos, entrem aqui e cliquem lá. Ou coloquem nos favoritos de vocês o ink direto. Dane-se. Só façam.

Também tirei a "Ponte para um sonho", porque não condiz comigo links de Porsche e Leica. Até gostaria de ter uma máquina dessas, e um carro assim eu me amarraria em dirigir por umas horas. Mas a função social da Ponte está acima de besteiras materiais.
***
Adendo: obrigado, Latino, por uma letra tão expressiva, que me ajuda a falar ao mesmo tempo do presidente, do meu pai, da situação brasileira e de mim. É um gênio incompreendido, esse galã da música pop tupiniquim!

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Ora, Veja só

Imparcialidade? De quem? Isso aqui diz muita coisa.

E depois espalhem a palavra, crianças. O Brasil precisa.

Prova grande

Nada como uma decisão arbitrária para uma questão delicada e sobre um assunto escroto para fazer você pensar no sentido da vida. De cima para baixo. Se alguém manda e você não pode contestar nem terminar com o negócio, você é obrigado a se render e acatar a decisão.

Isso vale no colégio, faculdade, empresa, com os pais e, nesse caso específico, para o maldito provão. Sim, porque eu fui "aleatoreamente" selecionado para este teste ridículo. Mas como dependo dele para pegar meu diploma, e quero fazer mestrado logo depois, não tenho tempo para briguinhas pseudo-ideológicas nem batalhas judiciais. Então me livro desta bosta e acabo com o sofrimento.

Além do mais, o que uma prova de final de curso para quem só tem uma monografia, um estágio, freelas, um curso de redação publicitária e projeto de mestrado para fazer, além de livros para ler?

Basta unir a força de Hércules, a paciência de Jó e a velocidade de Apolo (é?) que Deus reuniu em mim e terminar isso sábado à noite, a tempo de ver Tati Quebra-Barraco saindo da prisão para cantar no Castelo das Pedras.