quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mil coisas

Feliz Natal, parabéns pela TV Cá, um excelente 2010 a todos, parabéns mãe, parabéns 'dinha Marisa, obrigado pelo presente mãe, você escreve muito bem Alan e eu tô muito feliz e impressionado.

Depois de repassar tudo o que me lembro que havia deixado de escrever, volto à carga. Sim, de novo. Mas tive que dar um tempo porque, finalmente, o mestrado engrenou. E aí ele veio com tudo, e fui obrigado a me dedicar como queria desde o início. Sim, muita coisa mesmo. E bem diferente:

Cozinhei coisas que fariam aquele chef famosão que não lembro o nome ser esquecido como acabo de fazer. Conversei com músicos de rua e vendedores de mercadinhos de quinquilharias. Escutei música pop. Criei apresentação interagindo com uma bola de futebol (ao contrário de O Náufrago, sem jabá - infelizmente). Aprendi a gostar do pessoal do máster, bem a tempo de começar a fazer trabalhos de grupo.

Também quase fiquei entre os 10 melhores trabalhos de um concurso mundial da VW e sua nova campanha, com uma peça criada com um amigo meu daqui (mas araribóia), Tiago. Acabamos sendo chutados do Top10. Caguei (sangue, mas caguei). Voltei a mexer no portfólio. Também comecei a trabalhar, e saí uma semana depois. Se for pra ficar num lugar de graça, que seja "O" lugar. Se for "o..." lugar, não rola. Neste caso, incluindo aí a falta de honestidade do cara que me chamou, não rolou.

Passei maus bocados, internamente falando. E, nessa de altos e baixos, a verdade é que não faço a menor idéia de como chego aos 59 últimos minutos dos meus 26 anos. Espero que bem, já que me sinto mais confiante e corajoso pra fazer o que tenho que fazer. Seja lá o que for isso. Aliás, vou comemorar no Bar do Paolo. Se alguém quiser me encontrar aqui, será muito bem-vindo. E bem recebido.

Pessoas chegaram, pessoas se foram e acho que meu apartamento também se vai em breve. Quer dizer, eu vou. Daí me mudo pra Barna, arrumo um emprego qualquer e só ando de bicicleta. Aproveito pra correr na praia, quando este frio cretino passar.


Descobri também que funciono de formas não tão aleatórias. Voltei a escrever - poesias, inclusive, coisa que tenho pouco hábito - e a pensar propaganda. Ainda descobri uma habilidade manual que nunca imaginei que tivesse. Claro que não falo de desenho ou pintura, que o polegar opositor e o telecéfalo altamente desenvolvido não me contribuem em nada nestas horas. Mas trabalhar com materias me interessa e é mais fácil que parece. Como parecia impossível, ser difícil e custoso como é agora está bom.

Aprendi catalão a ponto da minha professora (nível 2) me elogiar. Aprendi muito sobre mim. Aprendi bastante sobre os outros, tanto os que amo há tempos quanto os que estou aprendendo a gostar agora. Aprendi que não se deve confiar no sistema de trens daqui. Aprendi que tenho muito o que aprender. Menos do que esperava e bem mais do que gostaria. Fui adotado pela cidade (oficialmente por El Prat, emocionalmente por Barna e os que são dali). Não aprendi como manter contato constante com várias das pessoas que me importam muito nesse mundo, e por isso devo muitas notícias e aparições. Fisicamente falando, não quero encontrar ninguém no modo alma penada.

E, com esse mogollón de cosas vistas, vividas e entendidas, volto a me comunicar com vocês. Esperando acordado passarem mais 40 minutos para me transformar em um Alexandre 2400 segundos mais experiente. De repente, estando (d)esperto, vejo a sabedoria, a paciência e a malandragem virem me dar os parabéns e seguro pelo menos uma delas.

Desse ano, nenhuma das três me escapa.