quarta-feira, 30 de novembro de 2005

O preço que se paga

30 euros. Esse é o preço que se paga - ou que, ao menos, paguei - por Êxodo e Retratos de crianças do Êxodo. Acabei de ver no Buscapé a 104 reais só o primeiro, no mínimo e sem taxa de envio. Pechincha, não? Mas não quero tirar onda com relação ao preço. Quero falar sobre o livro, apesar de não ter visto todo.

Já disse que não curtia o fotógrafo até as aulas do Dante na UFF, e a partir daí aprendi a admirá-lo. Sua trajetória, sua coragem, seus trabalhos. A sorte acompanha quem tem competência, e se a pessoa souber aproveitar vai se dar bem na vida. Foi assim com ele.

Mas nunca tinha lido o texto introdutório do livro. E é simplesmente maravilhoso. A consciência que ele tem, seus pensamentos, suas reflexões, como se sensibiliza pelos seus semelhantes, sua preocupação e indignação com a situação de milhões e milhões de seres humanos como nós, mas só na classificação biológica, já que estão esquecidos pelo resto do mundo.

Tem que estar muito preparado para ler tudo aquilo, seus relatos sobre como foram feitas as fotos, onde e em que situação - dele e dos fotografados - e depois ver as imagens. Quantas vezes não fiquei emocionado, com nó na garganta e tudo. Dá certa tristeza pela nossa raça.

E se for falar sobre as fotos... Seu talento é absurdo, o olhar sobre a situação, a capacidade de achar as imagens mais bonitas onde pessoas comuns enxergariam coisas comuns e tudo o mais. Não é à toa que ele é consagrado. Merece estar aonde chegou. E espero que melhore ainda mais, um brasileiro que chama a atenção do mundo para coisas tão importantes para o nosso futuro tem que ser louvado.

E para provar que não é à toa tudo isso, acabei de ler uma notícia no Globo que fala sobre a vitória da bancada ruralista pra cima do PT no Congresso. A idéia é simples. A partir de agora, invasão de terra é crime hediondo e ato terrorista.

Ah, bom. Tá certo, ainda mais se pensarmos que boa parte das terras invadidas (não digo todas porque tem gente canalha também entre os sem-terra, eu sei) é improdutiva, e os que invadem não tem aonde plantar, viver e coisas assim bobas que a constituição brasileira diz que faz parte dos direitos fundamentais do cidadão. E é mais do que óbvio que isso é um crime hediondo. Matar não, roubar seu país e deixar milhões na miséria não, falsificar documentos e se apropriar de terras dos outros (como índios, por exemplo) também não. Mas invadir uma terra e tentar construir uma vida, isso sim é hediondo.

Ou o dicionário precisa de uma revisão ou os brasileiros estão perdendo o mínimo de moral que poderia restar para criar um país melhor. Por que querem tanto me fazer desacreditar na nossa gente?
***
Só para acabar com o post-tristeza:

"PF prende 20 por invasão de área indígena em MT

Anselmo Carvalho Pinto*

CUIABÁ (MT). A Polícia Federal prendeu 20 pessoas e ainda procura mais 57 por envolvimento na invasão de uma área indígena em Colniza, no noroeste de Mato Grosso. Entre os presos está o secretário de Habitação de Cuiabá, Oscar Martins. A PF investiga denúncias de genocídio dos índios da etnia tupi kawahib, que vivem isolados dos brancos nas terras invadidas. Eles podem ter desaparecido com a ação de grileiros e madereiros.

A Operação Rio Pardo, realizada em sete estados, foi provocada por uma denúncia da Funai de que integrantes da Associação dos Proprietários Rurais de Colniza estariam patrocinando o loteamento de uma área onde a Funai está fazendo um trabalho de aproximação com índios isolados, próximo ao Rio Pardo.

Segundo a denúncia, 53 mil hectares estariam sendo divididos em lotes de 499 hectares. As investigações concluíram que a associação estaria arrecadando recursos e contratando homens para demarcar lotes e destruir vestígios da ocupação indígena, o que impedia a aproximação e o reconhecimento da etnia, inicialmente identificada como tupi kawahib.

A operação ocorre em sete cidades de Mato Grosso, além de Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rondônia, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

(*) Especial para O GLOBO"

Meu vô era índio. Sinto pela raça, que também é minha. O bom do Brasil é o brasileiro...

terça-feira, 29 de novembro de 2005

De como se resolvem certas situações

Às vezes acontecem coisas na sua vida e você se vê obrigado a resolver sozinho da melhor forma possível. Deve errar o mínimo possível para que não se veja em má situação, ou para evitar constrangimentos. Aqui vão situações e como se safar delas.

Situação 1) Você tem um dinheiro da moeda do seu país no bolso e precisa de, ao menos, dez para se manter minimamente. Não consegue sacar, não consegue adiantamentos nem acha seus amigos mais próximos.

O que fazer) Conte o caso a pessoas do seu círculo de amizade, mesmo que não os mais próximos. Ria da sua situação - até porque não há nada melhor para fazer - e finja que conta só para fazer uma graça do seu estado de pindaíba. Dê a entender que o que você precisaria no momento seria encontrar aquela alma caridosa que emprestaria os tão sonhados dez dinheiros para que você possa andar de ônibus e comer no dia seguinte. Se alguém oferecer, faça uma primeira cara de "que isso, nem precisa", mas não recuse demais para não perder a chance de se salvar de uma boa (péssima, mas enfim). Pronto, eis aí seus dez dinheiros;ç

Situação 2) Você precisa saber a que horas vai trabalhar no dia seguinte, já que seu horário é móvel. Seu chefe é meio irritante e você não compreende perfeitamente sua língua. Você precisa mudar seu horário para que não falte mais aulas nem perca sua vida diurna.

O que fazer) Peça para alguém mais antigo que você no trabalho faça seu horário e explique porque. Como ninguém vai querer se responsabilizar, ligará para o chefe e dirá que você precisa falar sobre o horário. Meio caminho andado para conseguir. Se ele oferecer folga no dia seguinte, aceite. Depois será exigido em dobro de qualquer jeito, pelo menos é um descanso. Merecido;

Situação 3) Você joga pela primeira vez com sua equipe (da faculdade, colégio, trabalho ou o que for), já valendo pelo campeonato da instituição correspondente. Entra como titular sem jogar desde CATOUZE anos, em um esporte que não é o favorito do seu país. Handebol, por exemplo. Faz uns seis gols, dá passe para ourtos três e, na saída do vestiário é aplaudido pelos outros.

O que fazer) Nada, já que será uma situação completamente inesperada. Mas seja simpático com todos e garanta - inclusive para você mesmo - que jogará tão bem quanto no próximo jogo.

Situação 4) Seu corpo dói, você está absurdamente cansado, com sono e tem trabalho para fazer. Ainda assim tem que trabalhar.

O que fazer) Vá, se você depende do dinheiro. Do contrário, pode ser despedido.

Situação 5) Alguém fala com você. A língua é a mesma, mas ao mesmo tempo é tão diferente quanto um chinês e um alemão conversando em dialetos do interior de seus respectivos países. Você precisa compreender aquilo, é importante para o momento.

O que fazer) Não se desespere. Peça para repetir uma vez. Se não entender, peça uma segunda. se não entender, peça uma terceira. se não entender, finja que entendeu tudo, fale um "tá" na língua correspondente e vá embora, já que não sabe se a pessoa espera uma resposta mais elaborada ou trocar idéias. Na necessidade, mude radicalmente de assunto, mesmo sem saber qual era o anterior.

E este foi um serviço de utilidade pública da Ponte Elétrica. Qualquer semelhança é mera obviedade.

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Muitas coisas

A Ponte andou vazia neste final de semana, mas nunca esquecida. Volto com mais e mais coisas e uma dica: pensem MUITO bem antes de vir para a Europa no inverno. Cinco graus às 8h não é coisa de Deus.

*Meus planos estão bem encaminhados, torçam por eles. São de suma importância para a nova ordem mundial.
*Trabalhar à noite e estudar pela manhã-tarde é difícil, muito difícil. Mas é o preço que se paga. Em compensação, hoje nem vi o despertador tocar. Perdi a aula. E sábado trabalhei até 4:30 da manhã, o que prova que guerreirice (?) não me falta. Mas pelo menos não limpei banheiro.
*Natal e Ano Novo longe do Brasil não vai ser fácil. Se quiserem dizer palavras de consolo, à vontade.
*Hoje devo jogar futebol pela primeira vez com os espanhóis. Sonhei que jogava mal, mas no final passava por quatro tocava na saída do goleiro, marcando um golaço que não ajudava em nada meu time, que saía derrotado. A ver.
*Tenho dois euros até poder sacar outra vez. Isso sim é vida dura.
*Almoço na casa de amigos é muito bom. Espero ter aprendido a fazer strogonoff de camarão e um doce boladão norótico com cookies e chocolate. Mais coisas para meu almoço de volta.
*Treinem, vou precisar de ajudantes na cozinha. A não ser que não se importem de o almoço sair umas quatro horas depois do planejado.
*Quinta fez sol. Mas já deveria ter aprendido que, na Europa, o sol perde de muito pro frio. Aliás, parece que os raios de sol congelam ao entrar na parte européia da atmosfera. Outro dia caiu um raio de sol gigantesco perto de onde moro, deu até bombeiros.

Enfim, como estava sol saí sem casaco, só de jeans e camisa. E posso dizer que nunca imaginei que pudesse sentir frio a ponto de esperar que meu sangue congelasse e parasse no meio do caminho até o coração. Deus, como senti frio...
***
Tenho como trabalhos finais duas páginas de Internet. Penso em criar uma sobre conspiração alienígena e outra sobre teclado para pessoas sem mãos. Que tal?
***
Achei "Exodos" e "Retratos" por trinta dinheiros gringos e não tenho como comprar. "It makes me a sad panda..."

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

19:32

E eu na faculdade, correndo atrás de "processo criativo".
Isso são horas???

Noticulitas

Nos ônibus daqui da Tussam - a maldita, existem TVs com atualidades, propagandas e tal. Tem uma parte de saúde, que contra artrite recomendou... lagosta!

Ora bolas, como as milhões de pessoas do Brasil ainda não descobriram os maravilhosos efeitos da lagosta?! Por favor, não esperem eu voltar para avisar a todos. Assim eles podem acrescentar à sua lista de compras do mês e ter uma vida mais saudável.
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Trabalhar à noite e estudar de manhã é realmente difícil. Não fui a nenhuma das minhas duas aulas de francês esta semana. E como se fosse pouco, hoje porque estava tentanto acabar minha redação sentado no sofá, apaguei e acordei às 11h, completamente doído e torto e de mau humor (odeio quando as coisas vão muito diferente do que eu planejava). E ainda cheguei na aula de italiano 28 minutos atrasado.

Podem dizer que é bobeira dizer "28 minutos", mas para uma aula de hora e meia qualquer dois minutinhos me deixam menos irritado e envergonhado.
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Devo conseguir conhecer pelo menos uma capital, agora que trabalho. Quiçá mantendo-me por uma semana. E com meu dinheiro, ganho com o suor do meu esforço!

Mas ontem tive que limpar o banheiro. Inclusive o masculino. É o preço que se paga...
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Para não dizer que esqueço de minhas origens. Como se não bastassem todas as cagadas já aprontadas, agora os dirigentes do Mengão querem fazer parceria com a máfia da MSI. Já que é assim, porque não botam CV estampado na manga da camisa? Já é vermelho mesmo... E pelo menos o time ia meter mais medo durante as partidas.

E voltando às minhas origens, como eu queria uma feijoada agora! Ou uma torta de chocolate (vulgo cheesecake). Ou o bol ode limão da minha mãe. Ou qualquer coisa que minha mãe cozinha. Ou minha avó, ou, ou, ou...
***
E pra finalizar, as respostas, antes que me esqueça e ninguém saiba. Comi em 12 minutos, recorde mundial do Alexandre Oliveira Mota que dificilmente será quebrado por mim mesmo. E serei o camisa 10, e já estou fazendo um trabalho psicológico comigo mesmo para que me lembre de que posso jogar muito futebol. Que posso decidir uma partida.

Espero que seja a favor do meu time.

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Adivinhas

1) Hoje fui ao restaurante universitário, peguei tudo o que ia comer, paguei, comi dois pratos, sobremesa e tomei um copo d'àgua em:

a)12 minutos;
b)21 minutos;
c)CATOUZE minutos;
d)34 minutos;
e)não acabei porque demorei demais e o restaurante ia fechar.

2) Pela enésima vez faltei ao jogo de futebol, e pela enésima primeira me chamaram para jogar. Inclusive, me reservaram uma camisa. Deve ser só porque sou brasileiro. Devem estar achando que jogo que nem o Robinho ou Ronaldinho, não sei. Qual o número da minha camisa e o que vai acontecer com o time, respectivamente?

a)10 e vou quebrar um galho, de repente evitando uma derrota ridícula para a INFORMÁTICA;
b)10 e vou cagar o time, vão me expulsar, tomar a camisa e rir de mim;
c)9 e vou virar goleador;
d)1 e vou salvar o time de derrotas históricas, como para a INFORMÁTICA;
e)13 e vou virar amuleto, imitando o Zagallo a cada vitória e berrando "vosotros tendrán que tragarme!!!".

Respostas amanhã ou depois de CATOUZE chutes. De pessoas diferentes, sem roubos. E existentes e que eu conheça, tá, Alan?

Coisonas e coisinhas

Não sei por onde começar, enão vai pelo menor. Mas leiam até o final, porque na verdade e maior é mais importante.

-saio de casa hoje e, às oito da manhã, tem uma menina com uma saia que bate acima da metade da sua perna. Com ela em pé. Poderia ser natural se não estivesse batendo 12 graus. Isso me lembra o grande LCL e seu "o espanhol é um povo sacâna! Sacâna...";

-hoje tudo ficou parado por um tempinho aqui na faculdade, porque havia um vazamento que ninguém sabia de onde vinha, o que poderia ocasionar, se era grave, se era castigo divino pelo excesso de drogas e pederastia que envolve o ambiente facultático aqui na Cartuja. O importante é que vale frisar que não é só no IACS que acontecem coisas ruins e absurdas à faculdade. Mas não vale frisar que consertaram tudo e liberaram as salas em trinta minutos, mais ou menos;

-já sei falar um mínimo de francês e italiano. Assim sendo, poderei tirar onda com vocês na volta (menos com o Lucas). E tudo isso de graça. Rá!
***
Agora o sério. Anteontem e ontem rolou um círculo de palestras aqui na faculdade, pelo qual paguei cinco eurótides. Seria barato se não tivesse sido uma bosta, com a honrosa exceção (ou é com dois 's'?) de um cara que compõe para comercias e trabalha em uma produtora, e que trouxe propagandas excelentes. Inclusive uma para a Eurocopa 2004 com "A taça do mundo é nossa". É sempre bom ver publicidade de qualidade, serve de referência. Nas outras palestras, cochilei bem. Fiquei com vergonha, mas cochilei bem.

Mas o que quero falar não tem a ver com meu sono. Percebi duas coisas nesses dois dias, que me deixaram triste e orgulhoso ao mesmo tempo.

Primeior, que o estudante de publicidade espanhol - ao menos o de Sevilla - é muito cru. Perguntas bobas, falta de conhecimento da profissão, às vezes mesmo falta de criatividade e vontade. Aqui parece que não curtem muito estudar as coisas, ou produzir de verdade. Ou então ando muito mal relacionado.

Até agora não vi ninguém com pasta de portifólio, ninguém fazendo criações, ninguém falar da aula de redação publicitária. E conheço gente de todos os anos. O pior é que os professores são bons. Deve ser por isso que as coisas realmente boas se concentram em Madrid.

Outra coisa que me deixou abismado é como os estudantes daqui são bobos. Ou tontos, como eles dizem de quem é idiota. Batem palmas por tudo e qualquer coisa, de gracinha com sabe-se lá Deus quem, falam demais e na hora errada, fazem comentários imbecis... Poderia falar por muito temp ose estivesse com paciência e minha memória permitisse. O importante é dizer - ou reafirmar pela enésima vez - que o forte daqui não é a educação.

Daí fica a pergunta: de que adianta ser "primeiro mundo", fazer parte da União Européia e tudo o mais, se você é visto com maus olhos pelos seus parceiros e não faz obm uso das facilidades que recebeu de mão beijada? Aqui tenho a sensação de que os espanhóis (ou sevillanos, pelo menos) tem muito mais do que merecem. Se fossem receber por méritos, estariam agora tentando invadir Paris, Berlin ou Londres, pulando um muro de arame farpado e tomando tiro de bala de borracha e soco na cara.

E ainda por cima, eu ia achar muito bem feito.

terça-feira, 22 de novembro de 2005

Mais um grande passo para o Alan. Ia dizer que ele me encanta e tudo o mais, mas já tá virando costume. Assim sendo, parabéns mais uma vez. Ah, e dêem parabéns a ele, explico depois. E pra você, Alan,

CONTINUA ESTUDANDO!

Ah, e caso queiram saber, aqui esfria cada vez mais. Êêê, que legal...

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Ô, que maravilha!!!

Até queria falar sobre algumas coisas mais chatinhas, picuinhas que me enchem o saco. Mas com tanta notícia boa que recebi em tão pouco tempo, nada mais me importa.

*Flamengo se livrou do rebaixamento (salvo uma catástrofe hecatômbica) com um gol do Obina, que todo mundo detesta mas eu gosto. Vitória fora de casa, diga-se de passagem;
*acabei de ler um email lindo da minha maninha Rê, que me deixou com lágrimas nos olhos. Mas não choro nunca, ainda mais na sala de computadores, com um monte de gente em volta. Mas isso me fez bem demais, só eu sei como sinto falta dos que amo e estão do outro lado do oceano;
*recebi uma carta de casa e uma da Carol. A primeira, um cartão com um trevo de quatro folhas (desenhado, claro), que me trouxe sorte de verdade, e a sagunda uma impressão daquela montagem linda que minha pequena fez no flog dela, dos nossos anos de namoro. Vocês não sabem como é bom e fico feliz em receber uma carta;
*e uma coisa que não se compara às outras, porque são negócios distintos, mas que me deixou numa felicidade inenarrável. Vou até escrever embaixo, para ter destaque:

Alan, meu irmão, ficou com 297 em 300 no TOEFL. Gabaritou a redação, inclusive. Tô até com um nó na garganta escrevendo isso, é impressionante como ele continua me surpreendendo. Para bem. Sei que se tudo der certo a gente vai passar um tempo sem se ver, sei que a saudade vai apertar demais. Mas o que tiver que ser vai ser, e que aconteça o que for melhor para ele. Torço demais por isso e sei que tudo vai dar certo. Quem corre atrás merece sempre.

E caso alguém ainda não tenha certeza, sim, acredito em Deus. E agradeço a Ele por vocês.

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

"Aqui..."

Seguinte, hoje começo a trabalhar. Bom e ruim, porque se já sinto sono nas aulas agora, imagina depois. Claro que pelo lado financeiro vai ser melhor, mas espero que minha morte anunciada não se confirme e acabe valendo a pena a guerra pessoal contra o meu organismo.

Meu bar (claro, fazer o quê? Imagina se arrumei QI aqui pra ser redator estagiário de agência, ganhando, quando nem os espanhóis ganham...) é o Levies, na calle Levies. Vou ficar na barra, por hoje, pelo menos. Quem quiser ganhar uma cerveja pode aparecer por lá.

Aliás aliás aliás, como diz meu pai, hoje é aniversário de mais uma brasileira neo-amiga, Natália. Parabéns, Natália!, que também vai trabalhar lá. Mas começa amanhã. E ontem conheci o quinto elemento da UFF, outra menina de Produção Cultural que também trabalha no bar do lado, junto com o quarto elemento. Isabela e Gabriela, respectivamente. Frenética e doidinha, mas gente fina.

E para provar que continuo ligado nos assuntos mais importantes do nosso querido país, tô sabendo que nosso rei e mestre JK deve rodar da RedeTV!, e só por causa de seus programas de baixo nível e seu preconceito mais do que claro. Afinal de contas, qual o problema? Se todo mundo que tem dinheiro pode ser assim, porque ele, reles e humilde apresentador, não? E para onde vão Suzete e Sebosão, meu Deus?! Sorte do Oliver, que deve manter seu emprego como gigolô. Isso o Governo não pode interferir.

Além disso, Netinho estréia sua rede de TV para os negros, com programas naegros e negros no comando. Preconceito às avessas, apesar de ser uma boa forma de colocar "gente de cor" no comando. Mas, enquanto o Brasil precisar disso, só prova que tem um povo preconceituoso e elitista. Mas isso também não é novidade.

E para fechar a parte Brasil, Palocci tá sendo bombardeado, Dilma não fecha a boca, Lula erra discurso e o Globo aproveita para pisar nele, a direita continua se fazendo de santa e salvadora da pátria, rolaram imagens de abusos num Grupamento qualquer do Exército (se não me engano)... Pelo menos vou reconhecer onde moro quando voltar.
***
Não esqueci daquele papo de uma indicação de página legal por semana, mas não tava podendo escrever tanto. Hoje, que tenho mais uns minutinhos, peguei essa para vocês. Depois procurem a parada na net, é o sucesso aqui. Meu time de futebol que não poderá existir até ia ter esse nome.

E para fechar a postagem (de verdade, agora eu paro), quero dizer que fico deveras feliz com a leitura deste humilde espaço onde se encontram algumas das melhores idéias universais, atemporais e atuais ao mesmo tempo, escritas com tanto amor e carinho para que todos se emocionem, pensem e me venerem como seu novo messias, dando sequência ao meu plano de conquistar o mundo.

Aos que acompanham sempre, aos novos leitores e aos que vêem de vez em quando, pelo menos, gracias. Vocês têm um posto garantido como subcomandantes regionais na minha ditadura anárquica social-comunista baseada na troca.

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Que nem criança

Vamos começar pelo final, já que o que li hoje de manhã me agradou muito. Mengão está cada vez mais longe da segundona depois de meter três no Fortaleza. Sei que isso não é digno de Flamengo, mas muito pior seria ver 35 milhões de pessoas chorando uma queda incompatível com a história do único time pentacampeão brasileiro, campeão da Libertadores e do Mundial e com um dos maiores craques que o mundo já viu. Zico, obviamente.

E para ficar ainda mais feliz, o Vasco caiu de quatro com três do animal chulé e o Uruguai não vai à Copa. Se a Argentina fosse desclassificada, por qualquer motivo, minha alegria esportiva seria transcedental neste início de quinta-feira.

Agora, sim. Por que "que nem criança?", vocês devem se perguntar. Ou não, caso não questionem as coisas. Digo agora.

Que nem criança porque saí de casa pela manhã com neblina digna de Londres (apesar de eu não conhecer Londres), o que fazia todo o meu caminho até o Instituto de Idiomas parecer um daqueles filmes com histórias mágicas, monstros com máscaras de borracha e suspense pipoca de Sessão da Tarde. Imaginei várias coisas. Muito divertido para minha mente louca.

Que nem criança porque pude, enfim, brincar como deve - ou deveria - brincar toda criança que viva em lugares frios. Fingi que era uma locomotiva. Sim, porque aqui, a qualquer hora do dia, se você soprar pela boca (ou mesmo respirar pelo nariz, dependendo da temperatura), sai fumaça. Daí você imprime um ritmo constante à sua marcha, faz um barilho inaudível para os outros, para que ninguém te interne, e pronto!, vira uma locomotiva. Mas é claro que não puxo ninguém.

Que nem criança porque está confirmado o Cirque du Solèil para Sevilla em janeiro. Inclusive, já começaram as vendas de ingressos. Isso é imperdível, é espetáculo novo e tudo o mais. Vou comprar pipoca e algodão-doce no dia.

Que nem criança porque ontem à noite uns amigos belgas e franceses foram jantar lá em casa, a comida mexicana que disse que estou aprendendo a fazer e prometi a vocês do Brasil. Mas dessa vez mal cozinhei, era a galera da faculdade do Elias e ele queria fazer a parada toda. Fora eu ter chegado no final do preparo. Mas o lance é que Mathias, meu amigo de lá, quer ir ao Brasil. E prometi levá-lo ao Maraca ver o Mengão jogar. Senti aquele friozinho na barriga e tudo, coisa de garoto. Mas muito emocionante.

Que nem garoto porque fiquei tristão de não conseguir falar com o Fiote, assim como não tinha conseguido falar com o Manu. Chato isso. Telefone bobo feio e cara de mamão.

Que nem criança porque não consigo parar de falar. Escrever, no caso. Mas agora chega, e amanhã tem mais. Beijinhos na testa, abraço de urso e fiquem com Papai do Céu.

"Cante

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Errata-ata

Tenho que fazer não mea-culpa, mas culpa inteira. Achei que ontem era dia 16, o que se constituiria portanto no aniversário do Fiote. Mas dia 16 é hoje. Ainda por cima, embolei o aniversário dele com o do Flamengo. Mas pra quem tem uma memória como a minha, até que foi por pouco.

Ontem era feriado aí, mas aqui não. Assim sendo, fui comprar um casacão decente porque não é coisa de Deus fazer 10 graus às nove da manhã. E menos ainda à noite. Paguei 24 euros, mas foi o dinheiro mais bem gasto desde 15 de setembro do presente ano, se Deus quiser, graças a Deus. E de brinde comprei uma calça e um YachtMan Blue pela pechincha de CATOUZE euros. Também, agora não compro mais nada até ano que vem.

E como não podia deixar de ser, estou atrasado com os meus trabalhos. Isso que dá não ter computador em casa. quando forem sair do Brasil, caso queiram, pensem seriamente no que fazem. Ou venham preparados para pagar mais de 100 euros pela simples instalação de um aparelinho que te faz comunicar com outros seres de outros lugares do nosso mundão de meu Deus por ondas de voz.

Para completar a miscelânea, ontem vi Em nome do pai. Em espanhol. Muito louco, porque não entendi tudo. Mas entendi a maior parte, o que me deixou feliz a maior parte do tempo. E, além do filme ser excelente, uma trilha sonora com Jimi Hendrix e Bobs Dylan e Marley merece todo meu respeito, carinho e admiração.

Ah, e é interessante que ele mostar o que meu amigo VituMatu (linkado aí ao lado, vale a pena a visita) disse no blog dele sobre a falta de vontade dos ingleses em admitir seu erro. A chamada prepotência. Ou arrogância, acentuada com aquele sotaque horrível que assusta a todos os que fazem prova oral na Cultura Inglesa. Vidizzle longuizzle ao dialetizzle do Snoopyzzle Doggyzzle.

E vida longa também a quem escreveu, dirigiu e escolheu (muito, muito, muito bem) cada coisa do filme supracitado. Vejam, admirem a sétima arte e odeiem a mais alguém nesta vida.

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Quase esqueci!!!

quando a fase anda ruim, tudo dá errado. Quase esqueci que hoje também é aniversário do meu, do seu, do nosso MENGÃO!!! Quer dizer, na verdade é dia 17 mas se comemora hoje. Assim sendo, para Lucas e Mengôoô:

"Parabéns pra você,
nessa data querida.
Muitas felicidades,
muitos anos de vida."

(imaginar isso sendo cantado por cem mil pessoas no Maraca, batendo palmas coordenadamente e cantando com toda a emoção do mundo, que só os rubro-negros conseguem. E xingando o Eurico no final.)

Ê!!!

Ontem tava na rua e o termômetro batia 10 graus às 21h!!! E eu tava só com uma blusa de manga curta e um casaco de moleton!!! Que felicidade!!!

ps: isso é uma grande ironia. Enorme.

Assim sendo, hoje vou gastar vinte e cinco euros em uma jaqueta. E não vou ficar nem um pouco triste, vai ser o dinheiro mais bem gasto desde que cheguei aqui. Mais até do que com comida. Porque, tirando o Lucas, o Vitão e a Natália, ninguém deve saber o que é frio de verdade.
***
Aliás, hoje é aniversário do Fiotius Maximus. Será que consigo falar com ele ou vai ser que nem com meu queridão JK, que fiquei só na intenção? de qualquer jeito, quem falar com ele diga que lembro. e para o manu também.

E parabéns pra você e um chute no saco, Fiote!
***
Minha felicidade do início, apesar de bem irônica, pode ser justificada com a ligação que recebi do Brasil. Sim, ontem minha família quase toda falou comigo. Quarenta e tantos minutos pelo Skype.

Mas como tudo que é bom dura pouco, e a empolgação foi muita, todos os euros de créditos que eles compraram acabaram ontem. Bem enquanto eu falava com o meu pai. Enfim...
***
E meu trabalho giga-ultra-super-boladão norótico continua. Quem lembrar de filmes, livros, músicas e pintores brasileiros de qualidade, por favor me escreva. Nem vou falar quem já lembrei, portanto podem gastar a mamória aí. Até porque, isso me falta.

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Outra vez, de novo

Rápido. Posto faltando apenas quinze minutos pra minha aula, que é importante. Mas preciso dizer que:

- aqui faz frio. E pra vocês me ouvirem (lerem) dizer que está frio, é porque está. Quando a previsão é de 16 graus e não chega a isso, a coisa tá feia;
- o euro está cotado a 2,59 reais. O que não faz a menor diferença, porque sou morador e não turista. Como o dinheiro vai rápido...;
- voltei a escrever no caderninho. Roteiro, conto, história grande, tudo. Isso é o resultado de um processo de envergonhamento pós-gasto de grana. Deus escreve certo por linhas tortas;
- meus finais de semana têm sido de dono-de-casa. Lavo, cozinho, arrumo casa e estudo. Pensem CATOUZE vezes antes de sair de casa assim;
- o Festival de Cinema de Sevilla foi muito bom. Apesar de ter dormido em um filme francês e ter achado uns dois bem caidinhos, o balanço final ficou assim:
Nível Ponte de satisfação cinematística experimentástica e alternativesca - ****+-** (que saudade de dar notas);
- procurar trabalho é um saco. Principalmente quando você não encontra. Espero que ele me encontre, pelo menos;
- Se Niterói é um ovo, Sevilla é um escargot. Encontrei mais duas meninas da UFF que vieram de intercâmbio. Agora só falta o sexto elemento e o elo estará completo. Daí acontecerá o Apocalipse, mas é outra história;
- Saudades de vocês daí. De vez em quando aperta feio. Mas...

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Voltei

Só para avisar que fiquei tanto tempo longe da Ponte porque algum imbecil conseguiu a façanha de cortar um cabo daqui do bairro, quando estava fazendo uma obra. Por um acaso, o da internet. Toda a Isla de la Cartuja ficou sem até hoje. Deve ser a proximidade com Portugal que faz isso.

De qualquer jeito, hoje tem pouca coisa porque tenho pressa. Demais. Coisas mil a resolver. Mas fiquem sabendo que agora tenho grupo cheio de espanhóis, querem que eu jogue bola no time deles e procuro emprego mais e mais freneticamente. Apesar de ter sido tão bem recebido na FCB quanto Bin Laden seria na Casa Branca. Ou não.

Ah, e mel em italiano é miele. Por isso, o tema de hoje é (para quem lembrar):

"Tutti fruti, tutti fruti, tu-tti fru-ti!"
***
E como não podia deixar de ser, não esqueci do meu queridão JK e seu aniversário dia 9, mas acabou meu dinheiro e não tinha como ligar. Mas parabéns e tudo de bom ao meu irmão mais doente da cabeça, apesar de ter muito bom gosto.

Sucesso, Manu.

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Cuidado, Alê pensando


Tá uma bosta, mas a idéia é essa mesmo.

Daqui a um dia ou dois eu volto.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Adendo urgente

Depois querem que eu goste da gralha vermelha. Imagina se isso acontece aqui, o que ia ser do nosso país:

"O protesto foi além das fachadas de prédios e alcançou o Congresso. Vestindo uma camiseta com a inscrição “Fora, Bush”, a presidente do PSOL, senadora Heloisa Helena (AL), subiu à tribuna e discursou em plenário.

— Gostaria muito que o churrasco estivesse contaminado (com febre aftosa)! Pena que a possibilidade de contaminação nesse caso (a ingestão de carne contaminada) é pequena — disse a senadora, referindo-se ao almoço que o presidente Lula oferecerá a Bush na Granja do Torto."

E tem mais!!!


Noisi mais André e Paulinha, lá no Porto.


Ai, que girinho é o Rio Douro!!!


O funk também invadiu Porto, como vocês podem ver por mais este castelão.

E para quem não conhece...


Vista do alto de uma torre lá em Faro. Só não sei o nome dela.


Porto...


...para onde também foram bruno, Pepê, Carmen e Karen...


...onde tirei uma foto com meu novo amigo Camões...


...e onde babei razoavelmente demais.


O castelão de Sintra...


...e a inspiração dos Besouros para o Abbey Road.

Muito gira!

Sim, como vocês devem - ou deveriam - ter lido, estive em Portugal por esses dias. Seis, viajando de sul a norte do país. E dirigindo, revezando com o Bruno pelos tapetes que são as estradas européias. E com a companhia de Pepê, Carmen e Karen, que moram com ele.

O roteiro foi Sevilla-Faro-Lisboa-Sintra (onde se bebe Cintra; não, não bebi)-Porto-Sevilla. Mais ou menos vinte e cinco euros de pedágio na ida, nada na volta. Isso porque cortamos todas as cidades possíveis e imagináveis de lá e mais várias da Andalucía. Babem, ó pá!

Depois de passar uma vida fazendo piada deles, percebi que estava certo. Eles são limitados. Ou "literais", como Bruno diz. Mas são muito mais do que isso, e posso dizer que fiquei orgulhoso de ter antepassados lusitanos.

Eles são cordiais, simpáticos, solícitos, desenvolvidos, limpos e absurdamente crédulos nos que conhecem. Ou que não conhecem mesmo. Ficamos cinco brasileiros na casa da mãe de uma portuguesa amiga nossa (com ela aqui), comemos, dormimos e ela nos deixou sozinhos no seu apartamento sem o menor problema. Depois de conhecer Vera voltei a ter um pouco mais de fé na humanidade, sem exagero algum.

Faro é praia. Lindíssima. Lisboa é capital de lá e evoluidíssima - só de linha de metrô tem umas quatro, e com tevês de tela plana em toda a estação. Seu potencial turístico é muito bem aproveitado, e curtimos mesmo com chuva. Aliás, como chove e faz frio naquele país!

Sintra é uma maravilha à parte, e mesmo pegando um pé d'água no meio da mata curtimos demais. É lindo. E Porto, capital mundial da cultura de 2001, não fica atrás. Além de muita coisa para se fazer, que não fizemos por não dispor de tanto tempo assim, tem um climão de cidade médio porte que adoro. Fora a Casa da Música, projeto do holandês de Rem Koolhaas que encanta Bruno e me deu aquela vontade de ser arquiteto só para, um dia, fazer alguma coisa grandiosa assim. Mas relaxem, meu negócio é com a escrita, vocês não vão ficar órfãos de me ler...

Poderia falar por seis dias dos seis dias que passei lá. Poderia falar das pessoas que conheci, com destaque também para ADA (amigos dos amigos) que me receberam no Porto como se fosse velho conhecido - André, Paulinha, Paty e Carol. Todos gente fisíssima, que terei o maior prazer de receber quando vierem para cá em dezembro. Mas o mais importante é ver outras coisas, conhecer novas culturas, vivenciar coisas novas que ajudam cada vez mais na minha formação pessoal, do caráter que tenho e que reforçam minhas convicções e vontades.

Faço das palavras do Bruno as minhas, quando disse que somos um povo ainda engatinhando e cometendo erros para evoluirmos. Espero fazer parte da novra safra de brasileiros responsáveis pela mudança que nossa sociedade tanto precisa.

E, claro, me alegra ver que as pessoas que conheço e estou conhecendo também têm toda a capacidade de fazer isso. É bom ver que podemos crescer.
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Minha linda fez uma declaração de amor que dispensa comentários no seu flog, que está linkado aí do lado, e me senti na dívida com ela. Não por obrigação, mas pela vontade de falar sobre ela. Carol é a mulher da minha vida, a não ser que ela não queira. Estou cada dia mais apaixonado pela pequena, que aliás se mostra cada vez mais inteligente.

Será que o BNDES vai ganhar uma funcionária de 1.565m?
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Palmas também para o cabeçudo do meu irmão. Impressionante como ele me deixa orgulhoso. Ainda não falo nada, mas espero dar grandes notícias em breve. Mas seja como for, ele já mostrou do que é capaz.

Quero ter um filho igual a ele. E se for filha, que seja que nem minha pequena.
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E não podia deixar de citar o básico do básico: cada coisa que consegui, acda vitória que tenho, cada aprendizado, devo aos meus pais. Claro que eles não lêem a Ponte - o que, aliás, prova que não escrevo para puxar saco -, mas quero deixar marcado que, se algum dia vocês quiserem mudar o mundo, ou ao menos que seus filhos queiram fazer alguma coisa a mais, então dêem educação a eles. No mínimo igual a que eu tive. Que é a melhor que eu poderia ter.

É assim que se começa a mudar as coisas que queremos.
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E, só para deixar vocês por dentro de como anda aqui, depois desta viagem e da minha dor na consciência de ainda não ter arrumado emprego, resolvi colocar minha cabeça no lugar e fazer tudo da faculdade o mais rápido e melhor possível. Não que antes não quisesse, mas faltava um empurrãozinho. Este, para ser mais exato.

Até dezembro devo apresentar um trabalho oral sobre música e literatura brasileiras, relação com a espanhola, criatividade e gênio (na concepção platônica do termo). Ainda rola mais um que não lembro qual e um site boladão norótico sobre alguns bairros de Sevilla, linkado à Ponte (claro). Vou estudar italiano e francês com mais afinco e caprichar nos meus escritos. quero voltar com um livro, espero.

E para pegar uma isnpiração gostosita, vou ao Festival de Cinema de Sevilla. Confiram aqui qual é a da parada. Hoje vejo Delecarlians, Con todos mis respetos e Chats Perches. E por aí vai. Depois conto como foi.
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Última parada desta postagem, prometo: toda semana vai rolar uma indicação de página legal para vocês conferirem. Toda sexta, para ser mais exato. E o de hoje não poderia ser diferente:

www.us.es

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Calma

Não morri. Aliás, tô é muito vivo. Tô em Portugal.

Sexta eu conto mais.