domingo, 29 de outubro de 2006

Tim Festival '06

"Mas antes que me esqueça...", o resultado do meu primeiro - e único, por falta de grana e ingressos - dia de Tim Festival. No palco Lab. Ontem à noite. Com uma hora e meia de atraso.

Ida fácil, estacionamento a duas bufunfas, o que me deu esperanças de gastar pouco na noite. Falsas esperanças, porque de cara tivemos (eu e minha pequena) que pegar um táxi até a Marina da Glória, o que me custou 15 dinheiros. Entrar foi fácil, a fila era ridícula. E nem precisava de fila, mas só para comprovar minha tese de que, sem elas, brasileiro não existiria, havia uma gigantesca para pegar a fitinha de passe para os palcos. O que era absolutamente desnecessário, porque indo direto para lá eles colocavam a pulseira no pulso do mesmo jeito.

Desde a chegada, tipos bizarros assombravam meus pensamentos. A quantidade de emos, alternativos, clubbers e inclassificáveis que desfilavam seus biotipos e trajes bisonhos beirava uma história de ficção científica B mal resolvida. Quanto mais ia evento adentro, pior ficava. E a visão dantesca foi completada por um grupo - grande - de mauricinhos e patricinhas exageradamente produzidas. A não ser que eu seja leigo a ponto de não saber que é fácil dançar música eletrônica por horas seguidas de salto agulha.

Tudo bem, sei que essa galera foi pra lá tomar bala vendo Daft Punk, mas esse não era meu palco. Meu alvo eram Céu, Amadou & Marian e Devedrão, onde os descolados estariam dando seus tapas na pantera. Como aconteceu.

O cheiro de pederastia sufocava, o ar pesava com pessoas estranhas ao meu lado. Minha sorte é que todas eram tão estranhas que minha normalidade era vista com estranheza, mas minha estranheza era normal para eles. Como se eu fosse alternativo. Tá.

Aline Moraes (Aline Morais, Alline Moraes, Alline Morais, vai saber?) marcou presença na minha frente, evitando que o papparazzi tirasse minha foto. Ao invés disso, clicou ela e o namorado. Perdeu. Marina Lima também estava lá, com seus 68 anos (em aparência) e a elegância que se espera dela. Antes isso que novinha e escrota como a Kelly Key.

Os shows foram excelentes. Se ouvirem um crítico falando mal, não liguem que é recalque. Todo crítico de shows é um músico frustrado, como todo crítico de cinema é um cineasta frustrado, todo crítico de teatro é um diretor teatral frustrado, e assim sucessivamente. A Ponte sabe o que diz, quando se lembra do ue aconteceu para contar:

Céu - a prova de que Deus não dá asa à cobra. Com uma voz maravilhosa, seria impossível não conseguir o que quisesse se fosse perfeita. Então Ele colocou a menina para nascer em São Paulo, e ela perdeu completamente a chance de ter molejo. Suas tentativas de dança eram semelhantes às de um rapper com diarréia. Mas isso não importa, na verdade, porque ela deu uma aula de simpatia e interação com o público, deixando todos à vontade. Fora o repertório excelente e um cover bonito de Bob (Marley, não Esponja), Concrete Jungle. Palmas para ela.

Amadou & Marian - eles entraram com guias no palco. De óculos escuros. O roadie até colocou a guitarra nos ombros do negão. Inclusive, eles cantavam sem olhar para o público. Apesar de ser um caso óbvio de cegueira, algum energúmeno cismou de acender o isqueiro para eles, como se eles pudessem ver a cena e dizer "ai, que lindo, temos que contar para nossos netinhos no Mali".

Tudo bem, o importante é que eles deram um show espetacular, músicas bonitas, melodias fortes, vozes marcantes, uma banda talentosa e muita simpatia. Só não sabia que tantas pessoas falavam francês assim, porque um arroto do galã mauino era motivo de aplausos acalorados do público. Uma hora de show foi pouco, e a organização teve a simpática idéia de negar o bis que a galera pedia. Pena, porque eles poderiam ficar mais horas ali colocando todo mundo para dançar, conversando em francês e inglês e destruindo nos solos de guitarra (Amadou style, o Santana não latino-americano segundo Carol), percussão destruidora (negão de dreads style) e yeahs (Marian style, que na verdade já tava enchendo o saco no final; mas la canta à vera, tá perdoada).

Devendra Banhart - ainda bem que não tinha nada de maconha na Bíblia, porque se existisse ia achar que estava diante do novo salvador. Devendrão é a cara das representações de Jesus. O que prova que tem coisa errada aí, porque Ele não seria doidão hipponga como ele). Imaginem só: eu esperando um negão de cabeça raspada, stilo Gnarls Barkley, e entra no palco um cara magrelo de cabelão, barba, calça rasgada em vários pontos e guitarra debaixo do braço, falando portunhol e inglês ao mesmo tempo. Bizarro, não?

A banda era engraçada. Tinha outro guitarrista que era uma mistura de Rob Plant com John Lennon e um cara no violão que era o pai do vocal do Cachorro Grande. E a banda era um cara na batera e quatro de pé, na frente, duas guitarras, violão e baixo. Bizarro, não?

Devendrão não mandou o que eu conhecia, mas tocou músicas legais, deixou um maluquinho subir no palco e deixar até defunto constrangido com sua participação lamentável com a guitarra do puxa-saco do Brasil ("quando você morre vem pro Brasil, então quem sabe um dia...?") e cantou cover de Lauryn Hill. Tá bom.

Minha volta foi fila de táxi, mais grana gasta, e casa às 5h. Às 7h tava acabando de tomar café, sozinho na sala, vendo Lab MTv, quando - coincidência - vejo um clipe de... Devendrão!!! Deus sabe o que faz.

Seja lá o que quis dizer com isso.
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A diversão de vocês é meu sapato de cimento. Enquanto falo sobre ontem, deixo de escrever a mono. Ainda bem que ela não pode andar pra trás, senão tava devendo página.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Ahrg!!!

Ia falar de música boa, e logo que entrei na postagem começou a tocar Armandinho e aquela história de "beck pra depois". Aí até desanima.

Mas "sou brasileiro e não desisto nunca", então continuo. Hoje vou ao Tim Festival com minha pequena, no palco que não lembro o nome mas que é o melhor, fácil. Ó que beleza:

Céu - a revelação brasileira da música bonita, melosa, alternativa e MPB ao mesmo tempo, jeitosa e de talento inquestionável. Uma voz e um violão (provavelmente, não na mão dela). Show pra curtir juntinho.

Amadou & Marian - casal de ceguinhos africanos, que misturam de tudo no som que fazem. Uma espécie de X-tudo bem passado. Se não me engano, eu vi o show deles na tenda "mundo" do Rock in Rio. Vale a pena, e é bom que abre a cabeça "das próprias pessoa". Oportunidade únca.

Devendra Banhart - vulgo Devendrão, o homem do violão simples e músicas diversificadas, em sua plenitude neo-contemporânea tropicalista-surrealista-hipponga. Sorriso maroto no rosto, drinks esnobes de 150 mangos na mão e pezinho batendo no chão para acompanhar a música. Imeprdível. Até porque, vai saber quando ele volta de novo.

Isso tudo na Marina da Glória, lugarzinho assaz aprazível e deveras carioca. Com estacionamento em locais de difícil acesso. E muitos policiais pra "manter a ordem". Lá dentro.

Enfim, que se dane. Vou curtir e ponto. E vai ser bom pra dar aquele incentivo pra voltar a escrever a mono amanhã, já que ela anda a passos de tartaruga de pé quebrado.

Por quê?

Uma pergunta para se pensar.

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Show de bola americano

Hoje fui a um dos shows mais esperados e aguardados* do ano. Dr. Separita e Rogério Skylab. O segundo nem foi tão empolgante como imaginava, mas o primeiro culminou com uma participação estonteante e esfuziante minha no palco, dançando ao lado do baixista - e amigo - Alex, vulgo Vavá. Valeu o ingresso. Um quilo de alimento para a galera que vendia bebidas lá na quadra da Puc (porque não acredito que aquilo vá ser levado para alguém).

Conselho sincero: confiram o link do Separita, com carinho especial para Íma de Xereca. Bem provavelmente, o maior clássico já lançado desde Carrocinha de cachorro quente.
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Vivi e Mauro são excelentes companhias para um evento. Não se importam com nada que você faça e ainda apóiam suas maluquices. Mas tiram fotos, e isso pode ser um problema. De qualquer jeito, até que se prove o contrário eu não estive no palco.
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O título da postagem deveria ser apenas show. Mas o resto foi uma homenagem à Carol, que sabe-se lá Deus de onde tirou o resto e cisma até hoje que assim é o certo. Tá bom, mô, tá bom... Amo você de qualquer jeito.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Oi, oi, oi!

1. Massa ganhou em Interlagos. Fazia muito tempo que não ouvia a música que tocava pra o Senna e ficava feliz com ela. Surge um novo projeto de campeão?

2. Mengão venceu mais uma, com direito a gol de Vinicius Pacheco, o Chulé, na casa do adversário. Paraná o quê? Que venha o Vice na quinta, amigo!

3. Não consigo acertar a mão como gostaria nos textos que tenho que fazer pra essa semana. Então percebo que a única coisa constante em mim é minha inconstância, o que é, no mínimo, paradoxal. Pra não dizer escroto, mesmo. Se me serve de consolo (e não serve, porque ficou abaixo do que eu planejava pra esse final de semana), escrevi seis páginas da minha mono.

4. Conheci a namorada de um irmão meu, no mesmo dia em que voltei a sair em Niterói. E?

5. How the west was won entrou no MP3, finalmente. Uma jóia como essa não poderia ficar de fora da minha vida nem mais um segundo. Quero ir pra o céu escutando Stairway to Heaven. Ou Giong to California, mesmo imaginando um estado governado pelo Schwarzenegger não pode ser próximo ao paraíso.

6. Isso merecia um texto só para ele, mas vai entrar aqui de qualquer jeito. Uma família teve seu carro roubado e foi mantida refém dentro dele. Os assaltantes começaram a dirigir e foram rendidos por outros assaltantes, que levaram o carro. Os primeiros fugiram com os pertences da família. Daí pergunto:

a) isso pode ser considerado divisão de lucros?
b) ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão?
c) o que vem agora, Barrichelo buzinando atrás de mim no sinal fechado?

7. Como sempre, não comento planos nem expectativas. Mas jogo no ar, esperando que vocês torçam por mim e meus planos. A gerência agradece.

8. Só pra sair do sete, que é a conta do mentiroso. Pra garantir uma possível sorte que me espera...

Robbie Williams

Rolou show. Quarta-feira. Eu fui. Com Carol. Ela amou. Eu gostei. Ficamos perto. Muito perto. Teve fogo. "Mó" calor. Mulheres histéricas. Meninas histéricas. Homens (?) histéricos. Casais apaixonados. Inclusive nós. Música boa. Música desconhecida. Evento pontual. Platéia não. Robbie marrento. Porém, engraçado.

Resultado final: bom show. Por que fui? Cá Zoccoli. Meu amor.

Duas palavras. Dizem tudo.

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Ação social

Vocês conhecem o site da luta contra o câncer de mama? Sabiam que se você clicar no link rosa onde está escrito "Campanha da Mamografia Digital Gratuita" e várias pessoas clicarem também, gerando um mínimo de cliques, eles oferecem uma mamografia gratuita diára a mulheres de baixa renda?

Se não sabia, agora sabe - então começa a fazer isso diariamente. Se já sabia, por que não faz?

Ajudem, não é porque você não precisa que outras pessoas não podem ter. Cliquem lá em cima diariamente e ajudem.

Ponte Elétrica também é cultura.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Fazendo campanha

Columbofilia é o novo esporte olímpico. Pelo menos em 2012.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Então martela!

Acabei de ler no Globo uma reportagem no caderno Rio que diz que "morador de rua é o maior problema de Copacabana". Pelo que está escrito, isso "incomoda os turistas".

Deve incomodar mesmo. Ainda mais sabendo que essas pessoas dormem na calçada e embaixo de marquises por prazer. E ainda tem essa coisa de não ter o que comer, de não ter higiene, de conviver com a eterna ameaça de serem mortos ou de morrerem sem assistência. A mais pura diversão, que para o azar dos gringos eles não têm direito - nem aqui nem no seu país de origem.

E eu achando que o o maior problema de Copacabana - e do Rio, e do Brasil, e do mundo - era a desigualdade social. Não sabia que o problema está no resultado final, e não nas origens da questão. Vivendo e aprendendo.

Sinceramente, eu acreditava que havia limites para mau gosto e ignorância. Ainda bem que tinha uma Fernanda Pontes no meio do caminho, para me mostrar que não é bem assim e que o ser humano pode ser bem insensível e displiciente.
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Chega de escrever, tenho muito texto pra criar. Com o desafio extra de escutar um tiozão marretando a cozinha. Pelo menos ele é um sujeito esclarecido e antenado com o mundo moderno, que sabe que "a tecnologia caminha a passos largos" e, por isso, pediu ao meu pai para comprar uma argamassa que delata mais rápido.

Que bom é viver um um país onde até os pedreiros são cultos.

Música para meus ouvidos

Descanso é uma palavra que não existe no meu dicionário. Aliás, meu dicionário vem pedindo uma atualização de vocábulos, mas isso vai ficar pra depois. Culpa do meu ritmo frenético.

Mas tem sido por bons motivos. O desse feriado é meu irmão de sotaque campinense (de Campinas - SP, cambada!), e caiu aqui em casa por quatro dias e meio com sua digníssima. Bruno, com Bruna. A parecença nos nomes é pra facilitar a vida deste desmemoriado que vos escreve.

Foi um excelente feriadão, com direito a bar, festa de aniversário, Cristo (pela primeira vez!) e passeio de carro com emoção. Descobri que sou um excelente guia, mesmo que não pareça. E sei que não parece.

Eles se deram super bem aqui em casa, com Carol, com meus pais, com a vida e com a bebida. Com o tempo não muito, mas se pegassem mais sol que isso poderia fazer mal. Imagina voltar queimado pra São Paulo. É tortura.

Não vou me alongar, até porque tô morrendo de sono. O feriado foi comprido não só por isso, mas também porque meu nome é trabalho e fiquei acordado até tarde criando. A mono vai bem, pra quem se lembra que eu devo me formar. Alguém que não eu, que não me lembro e, consequentemente, não consigo embalar na escrita.

O importante foi rever um de meus CATOUZE irmãos e saber que tenho casa em Campinas. O que, por supuesto, vai me valer de muita coisa daqui a algum pouco tempo.

microps: que mau amigo eu sou, nunca tiro foto dos meus amigos comigo; mas colocá-la-ei aqui.
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Por falar em irmão, meu maior e de sangue vem passar o fim de ano com nóizi! Que feliz que fiquei, merece até um cacilds!!! nível Mussum ganhando um milhão em cachaça na Mega Sena.

Aliás, ele está bem lá, a quem interessar possa. E se não interessar, que se dane. Fico feliz por ele e falo o que quiser aqui.
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Por falar em irmão, ainda tô na dívida com outros. E outras. Que triste é a falta. Mas podem culpar o mercado publicitario e a flutuação dos c-bonds na bolsa de Xangai por isso. A culpa nunca é minha.

Mas tem irmão contando segredo, irmão bolado, irmão atolado (nada a ver com "atoladinho"), irmão sumido... Então posso atirar pra todo lado, culpando todo mundo e mostrando minha preocupação sem a pressa atropelar meu pequeno e sofrido coraçãozinho rubro-negro.
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Por falar em rubro-negro, o matador Obina ajudou a afundar um povo paulista. É, uma nação mostra sua força. Cante (conte) comigo, mengão/acima de tudo rubro-negro! E Obina 2010!!!
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Foto do final de semana?

Pra aliviar minha barra de mau amigo, é nóis no mármore!
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Vocês devem estar se perguntando porque aquele título de música, se eu não coloquei nada sobre isso. Mesmo que não estejam se perguntando, justifico. Aí vai "uma musiquinha para machucar os corações", como já dizia Simonal. Mas essa não é dele, e ele deve se revirar no túmulo por isso:

Asa de barata,
Cáixara de fórfe,
Carcanhá de grilo,
XV, XV
de Piracicaba!

Contribuição do futuro grande arquiteto Bruno C. Rossi, sobrinho do P.M. Rossi.
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Esse foi o primeiro de muitos finais de semana maravilhosos, zhinha!

domingo, 15 de outubro de 2006

Estrada para a perdição

Como eu já devo ter escrito aqui - ou só coloquei no caderno, mas estou confundindo - e vocês devem, ou não, ter lido, minha perdição são os livros. Em NY não foi diferente. Na verdade, foi muito pior, porque todo o acesso à cultura que eu gostaria de ter aqui me foi facilitado pelo tio Sam. Aí, já era.

Voltei com um peso considerável graças a coisas como "The fate of Africa", "The autobiography of Malcolm X" e "Chronicles volume one", do Bob Dylan, pelo meu lado inconformista fotográfico que a viagem me despertou, "Lovemarks", porque meu lado publicitário está ainda bem vivo, e mais algumas coisas que eu realmente não lembro. Culpa da minha preguiça de falar sobre isso antes.

Juntando esses dois lados, aconteceram coisas como essa foto, que quero mostrar a meus queridos aturadores. Enjoy!


Tirei foto, sim, tal e qual um suburbano que desceu a Linha Amarela para passar o domingo no Barrashopping.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Meu dia facts

1)"Hoje eu descobri", como diz o cretino. Na verdade, só comprovei o que já sabia. Pra escrever coisas tão horrorosas, só mesmo estando doidão. Aliás, pra ter a coragem de dizer "meu ursinho de dormir" pra qualquer pessoa que não seja a digníssima e aviãozinho da praia dele lá no sul, só mesmo dando um tapa na pantera. Vários. E ele resolveu escrachar isso.

Reparem nessa fatídica música, se é que se pode chamar isso de música, que ele fala no refrão "eu tenho um beck pra depois/pra brindar o infinito de nós dois". Acho pouco provável que ele esteja falando do Beck. Então, é do cigarrinho do capeta mesmo.

Assim sendo, quero que ele vá queimar seu fininho no quinto dos infernos, tendo que ouvir indefinidamente o que cagou pela boca sendo interpretado pela Wanessa Camargo e seus infinitos "ha-has" que coloca no final de toda e qualquer palavra. E isso vale para seus fãs, adeptos e compradores de mercadorias.

Armandinho bom é Armandinho morto!
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Pra salvar meu dia, vi uma estrela ao meu lado. Não é mulher bonita, não é cantor legal, não é Veríssimo. É ele, o matador, o homem mau, o temido... Obina!

Sim, Obina estava passeando com sua mamãe no Barrashopping, no dia em que eu fui comprar ingressos para o Tim Festival. Foi a coroação de um ato bravo por parte de minha pessoa (gastar sem poder é sempre um ato de bravura). E um sinal.

Sinal de que as coisas não são bem como a gente gostaria. Fiquei sem pro Thievery Corporation. Me sobrou Devendrão e a malemolência da Céu. E os ceguinhos africanos. Mas tá bom.

Quem tudo quer, tudo bem. Mas só se tiver dinheiro. Senão, é um dia de Tim Festival e Obina no ataque. E olhe lá.
***
Historinha engraçadinha de final de postagem. Papo verídico - e medonho:

"Você conhece o Humaitá?"
"A-han, mais ou menos."
"Sabe onde fica o hospital pra malucos? Então, fiquei internado lá dois meses. Tava com bronquite." (olhar indagador)
"..." (olhar distante, disfarçando o constrangimento)
"..." (olhar indagador)
"..." (virada de rosto, fingindo que procura um aparelho de ginástica qualquer)

sábado, 7 de outubro de 2006

Pausa nas eleições

O bom do Brasil é o brasileiro? Então entrem aqui e procurem "sem meias palavras". Do repórter aos entrevistados, dos policiais às pautas... Lamentável. Tive vergonha até de colocar link para os vídeos.

Mas admiro a honestidade e o humor do "Caninha".

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Eleições 2006/2

Crivella, Sérgio Cabral e Conde apoiando Lula ou ACM, Aleluia e Garotinho apoiando Alckmin? Tanto faz.

Denise Frossard anularia, votaria secreto e agora é Alckmin. Sérgio Cabral retira seu projeto de lei permitindo união civil entre homossexuais pelo apoio do Crivella. Ela ou ele? Tanto faz.

"Tanto faz" é o futuro político brasileiro!

ps explicativo: a diferença entre o "nulo"e o "tanto faz" é que o nulo você diz que não quer nenhum deles, enquanto o "tanto faz"mostra que, para você, o processo eleitoral é indiferente, já que são todos iguais.

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Eleições 2006/1

Domingo passado fomos todos (maiores de 16 anos portadores de título de eleitor) exercer nosso direito de cidadão e colocar os ladrões mais discretos no poder. Normal, já que o voto no Brasil é obrigatório.

Pensava eu sobre todas as opções disponíveis - plausíveis e não plausíveis, que eram maioria - e percebi que nosso voto tanto faz. O alto índice de votos nulos que todos esperavam não era por irresponsabilidade ou preguiça, mas por falta de gente confiável em quem meter o dedo no confirma. Fulano ou Beltrano? Da´no mesmo. Ele ou ela? Que diferença faz.

Daí surgiu uma idéia que pode revolucionar o mundo eleitoral. Se é assim, se as coisas estão tão difíceis para escolher nossos governantes, então vamos pelo menos facilitar para o nosso lado. Vamos criar a tecla "tanto faz".

Funciona assim. Você se dirige à sua zona eleitoral, seção, tudo como de costume. Assina papelzinho, entega documento e vai pro cafofinho depositar suas "fezes". Entram as opções, você lê e, se não tiver alguém de confiança, embaixo das teclas de "branco", "corrige" e "confirma" estaria uma grande, de cor a ser definida (sugestão: azul-marinho com letras brancas): "TANTO FAZ".

Imagina como pouparia trabalho. Imagina o recado que daríamos aos nosso pretendentes de líderes? "Ah, pode entrar ela, ele, eles todos, dá tudo no mesmo. TANO FAZ."

É isso. Sugiro irmos às ruas, mandar cartas e emails para os poderes vigentes responsáveis, ir à TV e rádio, promover flashmobs. O importante é colocar o "tanto faz" nas próximas eleições. Já que não vai dar tempo de colocar para o segundo turno, pelo menos para prefeito e vereador. Ou vocês acham que as opções vão fugir do "tanto faz"?

Aproveitem os comentários e louvem ou melhorem a idéia. Críticas serão dispensadas e excomungadas. "Tanto faz" é o futuro e ninguém pode evitar.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Uma verdade sobre agências de propaganda

Nada como entrar em uma agência para entender como funciona a cabeça de um cliente. Mal. Não todas as vezes. Só quando ele pensa com o bolso.

Quando você vai criar - eu, no caso - pensa em tudo. Pelo menos tenta. Viaja, cria relações malucas, idéias pitorescas e mirabolantes, tudo pensando no público-alvo e para fazê-lo se identificar com sua cria, recebendo e entendendo e comprando a mensagem.

Aí você faz tudo isso, alguém olha e diz "mas é melhor colocar um fundo amarelo e tirar esse texto. Escreve 'melhor do Rio' aí". E não adianta você argumentar que isso está batido, que a concorrência usou, que o público odeia, que você não é retardado. Se você realmente não for retardado, vai deixar de discutir quando ele bater o martelo e te lembrar que quem paga sua conta é ele.

E daí que você estudou? E daí que você sabe? A pergunta desse início de milênio é "e daí?".

Mas nem adianta rir. Na sua profissão também vai ter muito disso. O médico que falou pra você dar Aspirina e o teu paciente morrendo de Aids. O engenheiro que jura que aquele cálculo tá certo, e deixa a parede cair no meio do banho da vovó. O arquiteto que cria um museu em frente à sua faculdade e que não tem a menor sustentação, mas larga a bomba na mão dos engenheiros, que largam a bomba na mão dos estagiários, que largam na mão do chefe-de-obra, que caga pra isso desde que receba a cachaça no final do mês.

Ainda tem o produtor que deixa Fernanda Abreu cantar um pop-meloso com solo de guitarra do filho do senador, que acabou de aprender o Dm mas tem certeza que vai ser um astro. E vai, porque o produtor deve favores ao pai dele. E por aí vai.

Então, um grande "rá!" pra você, que não pode rir da minha profissão. Além do mais, trabalho em um lugar na Zona Sul, com música legal tocando, chefe gente fina e pessoas boas à minha volta. Venho de tênis, calça jeans e camisa do Led. Desconheço a palavra terno. Até comprei um dicionário por causa dela.

Afinal, sou redator e não posso me desligar dessas coisas malucas só porque eu não uso.

ps: esse foi tirando onda porque tô feliz de estar numa agência, mas minhas postagens voltarão a ser imparciais, elucidativas e elucubrantes. Geral no aguardo, neguinho!

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Atendendo a pedido(s)

Estou voltando. Aos poucos, aos trancos e barrancos, mas tô voltando. Nunca ficaria - nem deixaria meus queridos leitores - debaixo da Ponte. Sempre caminhando por ela, isso sim.

Antes de voltar a falar sobre tudo e todos (e políticos, que não se encaixam em menhuma das duas categorias), um breve resumo do meu sumiço.

Depois que voltei de Sevilla, fiquei surtado um tempo. Daí arrumei emprego, e Alan passou pra Lafayette, Easton, PA, USA. Aí comecei a me preparar pra ir com ele, quando surgiu um teste na Br3. Aceitei também, e fiquei no mês anterior à viagem em dois empregos e correndo atrás das coisas da viagem. Fui com Alan, curti NY por três semanas, fiquei com ele no aniversário de 18 da criança, voltei e continuei nos dois, pra ver o que seria da minha vida. Acabei de sair de lá do primeiro e fiquei na agência, cuidando de clientes como o Brasas.

Além disso, um pouco antes de viajar entrei no Colunistas, quase sem dormir. Mas eu e Mari, também da Br3, ganhamos. Aqui, o resultado.

Além disso, também fui abduzido por alienígenas nada amistosos, que me levaram para tentar catequizar a minha pessoa e depois mandar eu mesmo de volta à Terra, para conquistar minha espécie a partir da violência explícita e indiscriminada. Era até tentador, viraria ditador para Américas e Oceania, mas achei que não valeria ter que cuidar de ornitorrincos e outros bichos bizarros. Maloquei uma nave-mãe que estava no estaleiro e corri de volta.

Enfim... depois dos sustos e correrias e perrengues, a Ponte me espera. Iluminar o mundo é a minha função. Por isso, comprei uma hgrande lanterna e coloquei dentro do meu novo laptop, só para ajudar na tarefa. E por aí vai.

É, realmente voltei. Acompanhem. Mudem suas vidas. Mudem o mundo. Mudem meu status de escritor e mudem minha conta bancária.

Olá.