domingo, 20 de março de 2011

Como dois animais

Eu não gosto de MMA, vale-tudo etc. Acho mongolóide entrar num ringue pra encarar um bombadão que vai bater em você caído, de preferência até que apague. São animais no cio lutando pelo controle de um território octogonal gradeado, ou por uma fêmea que não existe. Pra mim, arte marcial misturada é coisa de moleque que briga em saída de boate.

Mas ontem fui ver dois grandes amigos e eles curtem isso. Como era dia de UFC 2983 ou outro número menor, abrimos uns bons vinhos (porque somos civilizados demás) e fiquei fazendo piadas escrotas enquanto eles se divertiam com juízes patolando lutadores e marmanjos arranhando outros com a barba.

Mas a experiência psicossocioantropológica me ajudou a chegar numa conclusão: o cara que resolve ganhar a vida tomando bomba, usando shortinho da Bad Boy atochado e sendo estrangulado na frente de milhares de pessoas tem mais é que apanhar mesmo.

E, se um dia eu encontrar um desses cretinos na rua, dou logo um pescotapa pra ficar esperto.


Pescotapa, não. Faço que nem o Zangief mirim e dou logo um pilão pro cara ficar esperto.

***
Se fosse Twitter, eu lançaria uma hashtag "ficaadica". O que seria escroto, já que ninguém pediu minha opinião. Mas, se for pra parecer um animal, tio Alceu já mandou a real.


Pra deixar em pedaços o meu coração e meus nervos de aço no chão, que seja assim.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Vai procurar sua tribo


People want to be missed.

Seth Godin não é um guru do marketing. É um pensador. Por isso foi chamado para palestrar no TED.

Lá, ele falou da nova organização mundial em tribos, de encontrar quem acredita de verdade na sua idéia para fazer com que ela se espalhe, de como promover mudanças. Uma aula de negócios e psicologia em 18 minutos.

Vale cada segundo.

domingo, 13 de março de 2011

Perto do fogo

Brasa de incenso árabe, dançando ao som do Cazuza de vinil. Na janela, uma nuvem enorme. Não importa a cor; no peito, um gavião passa pela janela já sem grades.

Um caderno e uma caneta. Gente que vai, que vem, que vai ficando. Perspectivas. Expectativas. O mundo é azul. O sangue é negro e branco, amarelo e vermelho.

Um quarto quase vazio. A cabeça cheia. Coisas boas, e ruins que são ou devem ser boas. Mudanças, em todos os planos.

Fim do carnaval, início de uma vida nova.

Eu tenho a impressão de que nunca fui tão feliz na vida.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Calma

A condição mais importante para felicidade duradoura é a calma. Permaneça sempre concentrado, calmamente, no Eu interior. O diamante conserva seu poder e luminosidade não importa quantas ondas batam contra ele. O homem que goza de paz interior retém do mesmo modo sua serenidade até sob a tormenta das maiores provações.
Paramahansa Yogananda*

Por mais contraditório que pareça esta postagem no meio do carnaval, ainda mais do carnaval que estou tendo, tenho pensado muito sobre isso. A ansiedade deixa a pessoa exposta, potencializa os erros, cega e joga pra baixo quando algo não acontece na velocidade esperada. O que é normal, já que tudo tem seu tempo e sempre queremos as coisas pra ontem. Mas, como lidar com isso?

Se soubesse, diria. Mas não faço idéia. Se tiverem alguma, podem colocar nos comentários.

*créditos da mensagem pra sempre carinhosa (e calma) ex-sogra Celinha

***
Ler sobre a calma - e sobre Paramahansa Yogananda - me fizeram chegar a outro pensamento (também dele) que espelha o momento que estou vivendo, ou buscando viver:

“The true basis of religion is not belief, but intuitive experience. Intuition is the soul’s power of knowing God. To know what religion is really all about, one must know God.”

Toda religião é uma construção. Fé não é uma crença, e sim uma experiência onde você se encontra na busca por um deus/Deus em quem se reconhece mais ou melhor. Quanto mais você procura, mais você entende e se entende.

Eu ainda não me entendo 100%, mas já melhorei bastante. Inclusive no quesito calma. Mesmo sem saber como lidar com o assunto.

Agora, de volta ao carnaval.

terça-feira, 1 de março de 2011

"You just kinda wasted my precious time..."


But don't think twice, it's all right.

Ao sempre genial Bob Dylan, aqui interpretado pela sempre encantadora Joan Baez, obrigado.