quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Pelamordedeus...

"Um de cada 5 americanos adultos pensa que o Sol gira em torno da Terra, idéia que a Ciência abandonou no século 17. A informaçao é uma das várias coletadas sobre o conhecimento científico da população americana. O estudo é feito pelo Dr. Jon Miller, cientista político que dirige o Centro de Comunicação Biomédica da Northwestern University Medical School, em Chicago. A ignorância de conceitos científicos preocupa Miller, que vê no problema um obstáculo para o exercício da cidadania e a participação no processo democrático. Acredita que a efetiva participação política e social passa por temas atuais como aquecimento global e células-tronco, nos quais a ciência é essencial.

Outras informações que a pesquisa do Dr Miller já levantou - os americanos adultos em geral não entendem o que são moléculas, sabem apenas que elas são muito pequenas. Menos de 1/3 sabe que o DNA é a chave para a hereditariedade. Apenas cerca de 10% sabem o que é radiaçao. Notícia do The New York Times."

Coisas da vida

Quando a vida lhe sorri, pode ter certeza de que ela apenas não entendeu aonde você queria chegar. Porque, a hora que cair a ficha, ela vai resolver curtir com a sua cara e Murphy entrará em ação. Tem outra explicação para eu passar meses querendo voltar à praia e, justamente quando eu tenho a chance, o sol querer desaparecer?
***
Ontem à noite foi uma beleza! Havia tantos mosquitos no Moema (ah!, Moema...), que consegui matar pelo menos uns quatro sem lentes. Caso achem normal, lembrem-se de que tenho seis e seis e meio de miopia. Isso fora os que matei enquanto enxergava bem.

Raça inútil. Eles e as baratas poderiam desaparecer sem fazer nenhuma falta. Afinal, o que eles fazem de tão importante para a natureza em si? Qual a sua função? E nem me venham com aquele papo besta de equilíbrio do ecossistema. Eles são tão úteis para a vida quanto um mapa de Burundo para um venezuelano cego.
***
Vocês já pensaram na falta que faz um "passe livro"? Alguma coisa que desse descontos todas as vezes que fôssemos à uma livraria ou sebo, abastecer nossas queridas e limitadas mentes com cultura.

Falo isso porque hoje fui à Leonardo da Vinci, lá na Rio Branco. Fiquei tão abismado com a quantidade de coisas interessantes disponíveis quanto triste pela minha falta de cacife para bancar meus sonhos de consumo literários. Senti-me tal qual um menino de aparelho e cheio de cáries em uma loja de doces, ou dentro da Fábrica Wonka. Deprimente.

Cheguei a achar livros do Flamengo, a história de Maradona e Ali por eles mesmos, Bresson, as coletânias de todos os anúncios americanos das décadas de vinte a setenta... Deus, quanta coisa!

Por isso que as pessoas vêem novelas, Ratinho e o grande irmão (Golias? Davi? Caim? Abel? Yao Ming?). Falta de opção. Porque tenho certeza de que, se o povo tivesse acesso, só leria Poppe, Eistein e Pelé. Edson, não.

Hasta la victoria con los pase livros siempre.

terça-feira, 30 de agosto de 2005

Tospericargerja

Folga é uma coisa "terrível!... terrível...", como diria meu ex-professor Rabicó. Eis que estou chegando em casa ontem à tarde, vindo de resolver problemas na rua, com um sol de aproximadamente 273 kelvin, quando vejo na ladeira de minha casa tapetes de carro. Não teria problema se não fossem do vizinho caroneiro, pai do cabeção.

A sorte dele - e da harmonia condominial - foi que era meu pai quem estava dirigindo. Com uma paciência e uma tendência ao deixa-disso que chega a me irritar, às vezes, ele estacionou o carro mais para o lado, dizendo que não tinha problema enquanto o caroneiro fingia que se preocupava com isso e falava umas coisas idiotas e sem sentido para enrolar.

Se eu estivesse no volante, teria parado em cima, e quando ele viesse com aquela cara de bunda suja, desesperado pelos seus preciosos minutos de ócio e cretinice perdidos, diria com a maior calma e cara lavada: "caramba, foi mal... tô tão acostumado a parar aqui na ladeira da minha casa que nem percebi os tapetes". Dando ênfase no minha, para ver se ele entende que é inconveniente.
***
Hoje relembrei como é horroroso acordar seis da madrugada. Isso é hora de ir dormir (quando estou no assombroso e assombrado Moema) ou estar enrolado no meu cobertor pesado e aconchegante, tal qual um útero materno. Acordar a essa hora é desumano.

Aliás, já pararam para pensar na função evolutiva do cobertor? Ele dá suporte para a humanidade, a partir do momento em que recria as condições uterinas e transmite maior segurança para o ser humano no momento em que se encontra frágil e desprotegido. Além disso, faz com que a pessoa se sinta mais à vontade para pensar na sua vida e outras coisas importantes, ajudando no processo evolutivo da raça. Bem provavelmente, grandes idéias nasceram debaixo de um edredon. E aposto um milhão de dinheiros chilenos que "A divina comédia" e "Maquiavel", dentre tantos outros, foram escritos naquele momento tão confortável em que você está na sua cama, coberto até o pescoço e tentando evitar que pêlos da coberta entrem na sua boca.
***
Tospericargerja é o nome de uma comunidade no Orkut. Procurem lá, é legal. Mas admito que não teve o menor sentido entrar como título do post.

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Bom dia

Nada, não. Só bom dia mesmo. É bom acordar às 10:30h...

domingo, 28 de agosto de 2005

Tome nota

*A ilha é desolador. Vejam bem, não disse que o filme é ruim, chato ou sem sentido. Disse desolador. O que o coloca em um patamar acima apenas da Sogra, que está no nível Faustão de filmes.

Basta dizer que o "roteirista" pegou Admirável mundo novo, um clássico do Huxley, arrancou as páginas, mandou encadernar e entregou para algum diretor cego de Hollywood. Mas se fosse só isso seria bom, o negócio é que ele resolveu misturar com elementos da Colônia, filme com Van Damme (?) e Rodman - imaginem o nível - e vinheta de final de ano da Globo, como bem disse o poeta. Tinha que dar nisso.

*Churrasco de reencontro é sempre muito bom. Pena que o desse sábado foi um reencontro-despedida. Se me serve de consolo, tenho casa em Nuremberg.

*Acordar cedo domingo é fim de carreira. Apenas um bom motivo justifica tamanha heresia para com o deus da preguiça, Beddo. O problema é que o que eu fiz não justificou.

*Aprendam, crianças: religião não é sinônimo de educação. Alguém que vai para uma palestra aprender sobre Espiritismo e fura fila, faz cara feia ou é inconveniente e fofoca não pode ser levado(a) a sério. Mas não faz mal, ainda acredito no Espiritismo.

*O concurso que tanto esperava pode se transformar em uma piada de mau gosto, com direito a falcatrua e impunidade. Cada vez me decepciono mais com publicidade (e muitos publicitários). Mas o que mais me impressiona é ver como as pessoas não reclamam do roubo. Reclamam de não poderem roubar. Porque assim que elas têm a chance caem em cima como abutres famintos. Até gente que deveria estar do seu lado. Gente pequena, essa...

*Brasil, ame-o ou deixe-o. Querem que eu deixe, mas continuo acreditando. Persistência é tudo.

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

É hoje

Mais um dia decisivo se anuncia. Torçam para que possa dar (ou esteja dando, ou tenha dado) tudo certo. Será "um pequeno passo para a humanidade, mas um grande passo para o homem (eu)".

Caso dê certo, prometo nunca criar nada igual a eh + q 1 promocaum eh 1 revolucaum. Apesar de achar que sei qual é a agência responsável pela ignorância, não quero cruxificar alguém sem ter certeza. Culpar um criativo por isso é como xingar a mãe e chutar o saco. Ao mesmo tempo.

Enquete

Vocês querem posts mais curtos? Só vale sim ou não, e como não sei criar aqueles botões radio aqui deixem a resposta nos comentários.

A gerência.

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Des-abafo

Não poderia escrever sobre outra coisa se estou passando pela Ponte uma e tanto da manhã. Minha mãe sempre me disse que é perigoso andar por aí a essa hora da noite, eu nunca dei ouvidos e agora deu nisso. Estou com certo "receio".

Receio de quê?, alguém pode me perguntar. É verdade. Não sei do que posso ter "receio", afinal nunca fui disso. Coragem sempre foi meu ponto forte. Até onde posso me lembrar, nunca fui de amarelar para desafios. E não vai ser agora.

Mas a questão não é amarelar. "Receio", nesse meu caso específico, é alguma coisa acima disso. Um passo além da simples desconfiança perante o desconhecido. O que eu sinto agora, e que parece não querer me deixar tão cedo, diz respeito tão somente a um fato inédito e único da minha vida: deixar para trás, mesmo que por um tempo, tudo o que eu amo e cuido.

Dia 14 de setembro, como a maioria sabe, é meu até breve. É a hora de provar que tudo o que aprendi - não só na UFF, como na vida, com meus pais, Alan, Carol e amigos, tudo o que minha terra querida me deu - é aplicável do outro lado. Do outro lado da linha imaginária que chamam de fronteira e que gera tanta complicação entre as nações do globo. Linha imaginária que atravessarei.

Tenho começado a perceber que ir para outro lugar, onde Brasil (ou Brazil, depende) é sinônimo de futebol, samba, capoeira, cachaça e sacanagens em geral, é uma responsabilidade e tanto. Sinto meu orgulho fincado nas raízes da terra onde nasci, e vejo que preciso mostrar muita coisa para os outros. Felizmente para meu país sei que posso, e infelizmente para mim enxergo isso como uma obrigação. Talvez esse seja meu "receio".

Ou talvez seja só a tristeza esquisita e repentina que caiu sobre minha pessoa hoje, que no caso é ontem. Mas isso é papo para amanhã, que no caso é hoje, que quer dizer que mais tarde escreverei sobre isso. Em todo o caso, fica um presentinho de começo de madrugada para vocês.

Prelúdio, de Raul Seixas:

"Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só.
Mas sonho que se sonha junto é realidade."

Gostem ou não, Raulzito era genial. Depois vai surgir mais coisa dele por aqui de novo. Por enquanto, pensem nisso. E sonhem junto dos que vocês amam.

Vixi, Maria!

As coisas se complicam. Tenho percebido uma certa má vontade do relógio para comigo. Como se não bastasse sua pressa, as coisas para eu fazer se acumulam.

Agradeço se alguém puder ficar disponível por algum tempo, ou tenha conhecimentos avançados em clonagem. Humana, por favor.

terça-feira, 23 de agosto de 2005

Notículas

Primeiro as bobeiras:

O Fenômeno (com o rol de conquistas dele, tinha que colocar esse apelido aqui) deve contracenar com o Garfield no próximo filme do gato. Daí andei me perguntando...

Ele é bonitão, um galã de cinema? Não.
Ele é talentoso, um Lima Duarte do subúrbio? Não.
Ele é amigão do pessoal de Hollywood, parceirão de festas e com comentários pertinentes sobre o mundo do entretenimento? Muito menos.

Isso me faz ver que o mongolismo é uma doença de caráter universal, e que ser troncho não é coisa de farofeiro brasileiro. Imaginem o nível de um filme de um gato computadorizado (engraçado nos quadrinhos, mas o Quarteto Fantástico também veio de gibis) com um jogador de futebol feio batendo bola. Se era para chamar alguém dentuço, que fosse a Mônica. Pelo menos ela é desenho, e seria bem mais talentosa do que o Ronaldo.

Hoje consegui a façanha de, para pegar um ônibus com ar-condicionado para vir para minha querida Terra do Nunca Jacacity, andar todo o trajeto do 268 até a Presidente Vargas. Isso quer dizer que eu, que estava no final da Rio Branco, andei até o Largo da Carioca - por dentro -, e caminhei da Rua da Assembléia até o meio da Presidente, passando pela Praça Tiradentes e oscambau. Digo que isso não foi muito inteligente, porque fiz um trajeto umas quatro vezes maior do que o necessário.

Como desculpa tenho que estava sem café e almoço, mantendo minha sanidade com balas de eucalipto. Isso encarando uma hora de fila na Varig, e descobrindo neste exato momento que errei lá e vou ter que trocar de novo o bilhete.

Posso dizer que estou cada vez mais preparado para minhas andanças surtadas, que espero realizar com gosto e sem noção nenhuma, pelo querido Continente Vovô. Como parte do treinamento já dormi nove horas em três dias, passei praticamente um dia sem comer e andei quilômetros desnecessariamente. Agora só falta aprender russo e tô no ponto.

Agora coisas mais sérias:

Fiquei sabendo através de minha mãe - noticiário ao vivo de assuntos relacionados à violência, drogas e vaciladas de terceiros - que a polícia está descobrindo um monte de gente famosa relacionada ao tráfico. Divulgaram uma história, confirmada a partir de escutas telefônicas, que uma artista famosa que namora o Bem-te-vi foi para uma festa de seu rival pelo comando do tráfico levando uma amiga modelo famosa, e como se não bastasse isso cheirou até a mãe lá e ganhou três mil (assim como a outra), para trair o bicho voador. Claro, artista famoso é sinônimo de Globo, o que faz com que as pessoas nunca sejam conhecidas - no máximo punidas internamente com uma geladeira de dois anos na Malhação, a Sibéria da emissora. Mas será que esse negócio de involvimento de famosos com traficantes ainda surpreende alguém?


Nnnnnnnnão...

Pois é. Além do mais, é como diz o ditado: passarinho do tráfico que come pedra de crack sabe o assento que tem.

Outra coisa que preciso falar sobre não é coisa, é uma pessoa. Marilena Chauí. Não sei onde está o link, mas quem for procurar no Globo de hoje vai achar, na parte que fala sobre o Brasil (quer dizer, na seção "matem o governo" do jornal).

Quando tive aula de Ética na Publicidade, meu professor falava dela como uma deusa. Babava por seu vídeo, e não conseguia enterder o porquê de tamanha admiração. Afinal, ela é tão bonita quanto uma ema deformada. Mas lendo seu discurso entendi.

Finalmente uma voz consciente no meio da bagunça que estabeleceram no país. O período de caça às bruxas recebeu uma voz diferente da maioria. Alguém que não concorda com o que foi feito mas não concorda com o "massacre", como disse muito bem o Veríssimo na coluna de ontem.

Aliás, o que está acontecendo com o Globo? Colocou duas vozes que falam diferente do que ele quer? Estou começando a ficar assustado. Só falta eu voltar e encontrar um caderno especial sobre o candidato favorito nas pesquisas, Zé Maria do PSTU. Aviso que se encontrar isso volto para lá na hora! Nem pego minhas malas, vou viver cantando fado na Romênia.

Enfim, isso não importa. Leiam Marilena Chauí e aprendam a não dar ouvidos ao que 99% dos veículos de comunicação dizem. Mesmo que concordem com eles, escutem o outro lado. Ou vão ficar surdos do ouvido esquerdo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Desgraçados!

Essa crise do governo está acabando com meu planejamento. Agora quero que o Palocci se safe, porque senão o euro vai subir ainda mais. Agora ele está em 3,05. Alguém conhece gringos dispostos a se livrar daquelas notas de Banco Imobiliário que custam três vezes a nossa?

Fui à loja da Varig do Centro, e descobri que para imprimir uma simples passagem preciso pegar uma fila de dezessete quilômetros, ou marcar para dois meses após chegar onde deveria estar - tendo ido com a passagem que eles têm que imprimir.

Isso se eu for a partir da hora do almoço, porque se for pela parte da manhã não há ninguém para ficar na minha frente. O que comprova minha tese de que é a fila que move o Brasil. E por isso ele anda a passos tão lentos.

Sábado ganhei Ecce Homo, obra-prima de Nietzche (certa, a escrita?). Nele o pensador explica, entre outras coisas, porque é tão sábio. Não tô brincando, esse é o primeiro capítulo. Fico imaginando os outros:

2) Porque sou venerado;
3) Porque as mulheres me perseguem;
4) Como me tornei campeão intergaláctico de bocha com porcos acinzentados mancos de rapina;
5) Como Deus pede minha opinião.

Apesar de sua modéstia nível -194, realmente sou obrigado a admitir que o livro é interessantíssimo, e ele era realmente sábio. Além do mais, não dá para discutir com alguém que influenciou boa parte dos pensadores realmente importantes, não gente tipo Paulo Coelho.

Aliás, isso só comprova que sua obra é perene - repito porque é uma palavra bonita -, perene. Ser lido por milhões de pessoas é bom, mas não quer dizer nada. Milhões votaram no Bush, milhões seguiram Hitler, milhões são vascaínos. O nível de boçalidade anda muit alto para sucesso ser medido por tiragens de livros.

Como vou viver até os 115 anos, verei toda a sua "obra" ser esquecida e usada como combustível para as lareiras nos países mais ricos (e frios) e como papel higiênico nos países mais pobres (e quentes).

Aliás, isso me remete a outra coisa. Vocês já devem ter percebido a relação entre países ricos e frios e quentes e pobres. O que comprova que o inferno existe, sim. Mas não no plano espiritual ou metafísico.

Assim, quando quiserem mandar alguém para o inferno, basta comprar uma passagem só de ida para Congo ou Iraque.

E antes de ir embora, prometo que escreverei mais, pelo menos, dois contos para entreter vocês e deixá-los com ainda mais saudades de mim e meu incomparável talento literário. Talvez comparável à capacidade do Zagallo de escalar equipes - quem leu o Globo da semana passada entende o que digo. Mas, de qualquer forma, estejam atentos. É imperdível como um desfile de modelos de marrecos-de-Burundi com crise intestinal.

sábado, 20 de agosto de 2005

Notas

A animação da Disney Madagascar foi proibida de ser assistida por crianças e adolescentes por estimular o uso de drogas, principalmente ecstasy. Tio Walt gosta memo de umas paradas, ou estimula a criatividade lá dentro com isso. Impressionante como eles curtem fazer apologia a coisas ilícitas.

Daqui a pouco vão falar sobre o Flamengo. Que triste, isso...
***
Um quadro original do Picasso está à venda na Internet, pela bagatela de 130 mil dinheiros estadunidenses. É o Atelier de Cannes, para quem se interessar em dar lance. É na página do Costco, que não tenho a menor idéia de qual seja. O negócio é começar a juntar dinheiro para comprar um daqui a alguns anos. Se for o caso monto até um museu virtual - o Museu da Ponte Contemporânea. Já podem reservar ingresso, mas sem meia entrada que é coisa de estudante pobre como eu.
***
Hoje comprei dois livros por 10 guaravitas em um sebo de rua lá perto da Rua da Lapa, com o JP. Ele é um senhor gente boa que não pensou duas vezes em me fazer desconto. Virei cliente.

Um foi do Herman Hesse, mas não lembro o nome. Acho que é Damian. O outro não lembro o autor, mas sei que é Eu sou um esquizofrênico. Interessante, porque vai dar asas à minha imaginação e alimentar minha loucura.

Vou ficar cada vez melhor...
***
Entreguei as peças do CCRJ. Gastei 100 dinheiros, mas espero que valha a pena. Afinal, se Deus ajuda quem cedo madruga e estou praticamente virado a duas noites, merço um Grand Prix, né?

E dia seis (6) de setembro está chegando. Não esqueçam a minha Caloi, que deve ser entregue no meu querido e assombrado Moema (ah!, Moema...).

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

Pois é...

Eis que hoje de manhã abro a janela do meu querido Moema (ah!, Moema...) e vojo, no lugar do simpático outdoor do hortifruti qualquer da vida e suas estrelas vegetais, Jogo da Vida com Márcia Goldshmidt. Não é por nada, não, mas nunca quis tanto que alguma coisa fosse atingida por um raio, árvore, raio laser ou coisa que o valha. Aquele sorriso forçado vai acabar com minha alegria matinal.
***
Acabei de ler - literalmente - que inventaram o uberssexual, o homem ultraconfiante. Essa palhaçada parece não ter limites. Até poderia dizer que é criatividade, mas é como as crianças que inventam palavras e conversam com amigos imaginários. E nunca vi nenhuma delas ficar rica e famosa por causa disso.

Se isso é ser jornalista, daqui a pouco a Inglaterra vai formar uma legião incomparável de boçais. É esperar para ver.
***
Acabei de receber um e-mail - também literalmente - spam clássico, daqueles que vendem remédios proibidos no atacado e oferecem a solução para os problemas da humanidade. Tá bom, deveria estar acostumado. De certa forma estou. Mas não a receber capisula - extradordinaria. Se me acham burro o suficiente para acreditar que vou abrir uma mensagem que não pedi, que pelo menos se preocupem com nosso bom e velho português.

Isso é de partir o coração de um redator...

Ah, e como se fosse pouco, recebi um que diz que posso emagrecer por apenas UEHMWI. Isso seria caro ou barato? É dinheiro de Uganda? Tem troco pra vinte?
Ah, e recebi também uma mensagem do Georgios Hanson... Mais um pouco e eu respondia perguntando se aquelas menininhas "cantoras" são filhas dele.
***
Acabei de voltar do show dos Mixiricas. Todos foram muito bem, mas Daniel "naja" Cardoso teve uma participação destacada. E vou escrever mais textos agora, às 4h. Então, tá, então...

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

Perdão

Deus, perdoai-me, eu pequei. Assisti "A sogra" (sem saber, Pai, mereço uma chance) e ainda por cima perdi o show do Lenine na praia, de graça.

Vou ter que rezar muito para tirar tamanho pecado de mim. E fazer alguma boa ação.


"Não liguem para o Alê, vejam meu filme. Eu mereço até um Oscar.

Morte à Cora
"Faz sentido. Uma coisa é a fotinha simples de celular, curtição extra permitida por aparelhos cuja função essencial é falar..."

Pois é, ela escreveu isso. E é "jornalista", além de "entender de foto". Que morra com alguma doença de gato.

sábado, 13 de agosto de 2005

No limiar da escrotice

Quanto mais o tempo passa, parece que as coisas ficam piores. Isso não é uma visão pessimista, ainda mais vinda de um cara que procura enxergar o lado bom das coisas em tudo (esse cara sou eu, caso não tenham entendido), mas uma constatação. Triste, mas verdadeira. Percebi que a escrotice vem de berço, da criação. Escrotice está se tornando a mola mestra da sociedade. Ela alimenta a hipocrisia, inspira ações estúpidas e faz todo o possível para desestabilizar as pessoas que estão em contato com ela, sofrendo seus efeitos. E posso comprovar com duas coisas que têm me incomodado bastante nesses dias:

Fui a uma festa de aniversário. Festa de quinze anos, menina muito gente boa, simpática, feliz com tudo. Convidados com uma condição financeira minimamente decente, que os permite viver uma vida sem grandes dificuldades. Acontece que nem todo mundo entende que festa é para aproveitar, e amigos devem ser respeitados - ainda mais em um momento importante como esse.

O pessoal da mesa vai dançar, e quando volta - surpresa! - fizeram uma limpa considerável na mesa. Máquina digital, celular, dinheiro. Levaram bastante coisa. O valor monetário é o de menos, mas o sentimental não se paga. E havia coisa muito importante para pessoas do grupo. Daí a gente olha em volta e fica aquela coisa chata de tentar descobrir quem foi que fez isso.

Dá para imaginar você em uma festa de gente conhecida, "amiga", tendo que se preocupar em descobrir que foi o autor da escrotice? Tem como aproveitar a festa com as meninas chorando e os caras estressados? Mas, pior do que o que as mulheres perderam é imaginar como fica a cabeça da menina que deu a festa sabendo que nem todos seus amigos são seus amigos, e sem saber quem é o responsável. Quando ela chegar no colégio segunda, vai olhar para as pessoas como?

E tão triste quanto isso, e tão revoltante quanto isso, é imaginar que meninos ou meninas (ou os dois) tão jovens já são tão canalhas. Isso é um conjunto de falta de educação por parte dos pais e falta de personalidade da pivetada. Se fossem pobres já ia ter gente descascando, segurança virando todo mundo do avesso, reclamação e escândalo. Como têm dinheiro, passam a ser coitados e "vítimas do sistema e da falta de carinho". Vítima é oscambau, e isso é falta de "não" durante a vida. Ou falta de um bom tapa na cara para ficar esperto.

Essas crianças são o futuro de amanhã, a elite dominante que vai ditar o que é certo e o que é errado no nosso país. Mas alguém ainda se lembra do que é certo?

Outra coisa que tem me incomodado demais é toda essa história de mensalão, Marcos Valério, Delúbio, Duda Mendonça, CPIs, gritaria sabe-não-sabe do Lula e coisas do gênero. Valem alguns esclarecimentos antes:

-Valério não é publicitário, então esqueçam a profissão e se concentrem na pessoa;
-Duda é um excelente publicitário, mas pára por aí. E está errado de fazer o que fez, mas tomar calote de 10.000.000 (10 milhões de balas no sinal) deve doer consideravelmente;
-Delúbio é um nome feio demais.

O que me deixa abismado é ver como tem escroto nesse país. Votei no Lula e continuo acreditando nele, mas aquela história do "diga-me com quem andas e te direi quem és" nunca foi tão verdadeira. Ele andou bastante mal assessorado. Tem muita gente querendo tirar proveito dele, do poder, da grana que rola etc. De dentro do PT.

Mas o pior de tudo é o que partidos e mídia têm feito com ele. O Lula construiu uma história sofrida e linda no Brasil, às custas de muito suor e um dedo mindinho. Batalhou com muita gente boa, e muita gente que se perdeu no meio do caminho (Dirceu, Genoíno e companhia tão se afundando). Mas se o país está nessa situação caótica, a culpa não é de um governo de três anos. Quanto tempo a direita governou nossa terra?

Puxando só desde a república, para não dizer que estou culpando os "inocentes" portugueses, só quem governou foi a direita. E chegamos em 2002 com uma dívida externa impagável, déficit de tecnologia perante os mais desenvolvidos, dependência politico-econômica das grandes potências. Nunca podemos dar um passo sem perguntar para onde deveríamos ir e ter a certeza absoluta de que não pisávamos nos calos de ninguém. Nossas riquezas, que não são poucas, se esvaíam como água.

Aí fica a pergunta: como a riqueza sumia? Mágica? Ela fugia sozinha, por não gostar do calor tropical do Brasil? Não! Era desviada, roubada, às escuras ou às claras mesmo, porque se a direita manda e a direita investiga, nada de muito importante vai ser feito. No máximo, quando a coisa fedia demais, escolhiam um ou dois para dar a descarga e mandar por água abaixo (vide PC e Collor, que eram dois creinos mas com certeza não eram os únicos culpados - mas quem foi punido junto com eles?).

Não é possível alguém como o acm, canalha-mor, sair disso como santo. Depois de fazer e acontecer ele não só não é cassado como se alia ao governo e, quando a bomba estoura, joga púlvora no fogo. Vai sair dessa como herói baiano e ganhar mais 17 escolas e 230 ruas com o nome dele no seu fazendão (fazendão=Bahia). E Sarney? E FHC? E Collor, pelamordedeus???

Como se não bastasse, uma revista do tamanho da Veja estampa uma capa com o Lula e o "ll" colorido do Collor. Ah, tá, então o Lula é igual ao Collor? Entendi, tá bom...

Não dá para aceitar que todos esses pilantras e os veículos de comunicação façam o que quiserem aqui dentro. Mas é inevitável, de certa forma, porque o povo oscila entre o ingênuo e o ignorante. Acredita em tudo o que vê na TV, lê nos jornais, acredita em quem fala mais alto. Aceita o que pessoas bonitinhas ou de boa fala dizem como verdade absoluta. Isso é clara falta de instrução, que anos de apelo à estupidez coletiva construíram tão bem. Ninguém pensa, porque "não precisa". Tem gente para explicar tudo tão bem a eles, e de uma forma tão clara, e sendo tão honestos... Ah!, esses bastiões da honestidade que são nosso políticos e a Globo...

Sério, lendo as notícias, vendo a expressão do Lula e o sumiço de dona Marisa, vendo a foto de petistas de verdade chorando, fiquei com uma vontade danada de chorar. Chorar junto, por ver que as coisas estão caminhando para o pior. Chorar pela ignorância de um povo que eu defendo, chorar pelo sonho de tantos que está se desfazendo graças a alguns. Deu vontade de chegar do lado do Chico Alencar (sem puxa-saquismo, Manu) e falar "liga não, isso passa, você dá a volta por cima". Deu vontade de chegar no Lula e trocar uma idéia com ele, explicar que não dá para confiar em todo mundo, que as coisas são mais difíceis do que parecem, que há desonestidade em todo lugar - até dentro do PT.

Sempre disse que o Brasil é o lugar onde quero vencer na vida, que é o povo daqui que tenho que ajudar. Mas, lado a lado com o meu sonho de mudança, caminha essa escrotice pesada. E é difícil disputar com ela quando você sente que começa a caminhar com poucos, que a maioria está tirando proveito da situação ou querendo se mandar daqui e se livrar dos problemas. Desistir eu não vou, mas o problema agora é como fazer para não me cansar antes deles.

Apesar de saber que as pessoas que lêem aqui são mais intruídas que 97% da população brasileira, fica o apelo. Expliquem, mostrem como as coisas são, abram os olhos das pessoas ao redor de vocês. E, mais do que tudo, mantenham a compostura e o respeito. Se não por vocês mesmoa, pelo menos pelo nome que carregam e pelo lugar de onde vêm. Toda mudança começa dentro de nós mesmos, um a mais do lado certo é um a menos do lado errado.

Não quero chorar pelo fim do meu sonho e do meu país.

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

No batente

"Chega de saudade. A realidade é que sem ela não há paz, não há beleza, é só tristeza e melancolia..."

A Ponte está de volta, e eu retorno à labuta. E aproveito para dizer que, em um humilde esforço para ser uma pessoa melhor (ou menos-pior, depende do ponto de vista), vou procurar abolir toda forma de ódio que sinto. Isso é minha pequena contribuição para um mundo melhor.

Futuramente falarei sobre isso. Fiquem com um filósofo que respeito e admiro.


"A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena."

terça-feira, 9 de agosto de 2005

No caminho de volta

Hoje fui dar continuidade aomeu processo de sequela extrema. Graças a Dios as coisas estão caminhando. Espero conseguir tudo logo, para dar uma grande festa regada a Glacial, Sendas Cola e KiSuco, além de toneladas de Torcida. Fica aqui meu agradecimento a todos os que têm me ajudado. Mas não é sobre isso que quero falar. Hoje, voltando de Botafogo, vi quatro coisas deveras deveras...

1) Outdoors de cuecas deveriam ser abolidos, e os publicitários que fizessem isso deveriam tomar uma surrade cueca molhada. Sempreme disseram para andar de cabeça erguida, mas cada vez que levanto a cabeça dou de cara com um péla esparramado de barriga para cima. Isso é feio. Abaixo outdoors de cuecas!

2) Vi um busdoor com um anúncio de uma tal Faculdade Paraíso. Ou ela ensina arte funerária, sepultamento e essas coisas, ou isso é piada. Porque não consigo imaginar alguém colocando no currículo "formado em Medicina pela Faculdade Paraíso". Você se trataria com alguém assim?

Bom, foi mal não lembrar as outras duas. Mas primeiro que minha memória é fraca, depois que acabei de receber uma notícia realmente triste. Arno, meu não-professor de Filosofia na UFF (por um azar meu) morreu ontem à tarde, vítima de um estúpido assalto frustrado na rua onde morava, Tiradentes, lá no Ingá. Um cara tranquilaço, que não faria mal a ninguém (fora da sala, onde dava provas), tomou um tiro no peito.

Acho desnecessário ficar falando sobre segurança pública, violência e tudo o mais. Mas tenho que deixar registrado aqui minha revolta. Lá na rua ficam sempre um carro da pm, pronto para pedir lanchinhos à padaria e ao boteco. Ficam joando conversa fora, batendo um papinho, essas coisas importantes para um policial. Mas na hora do trabalho nada.

Passei lá, ontem, uma hora antes, mais ou menos, e eles estavam lá, fazendo o de sempre. Nada. E se fosse eu de carro?E se fosse você, seu pai, sua amiga? Poderia ser amesma coisa. E depois de acontecer isso, tudo continuaria a mesma coisa. Como está acontecendo agora.

Não sei aonde isso vai parar, mas posso dizer que meu ódio a milicos só tem aumentado. E, se não simpatizo com bandidos, tampouco com eles. E não tenho vergonha nenhuma de admitir isso. Não existe mocinho mais. Então que todos eles morram.

A Ponte Elétrica está de luto oficial de dois dias. Até quinta à tarde.

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Nanismo

A mentira tem perna curta. Vocês tinhamque ter vistoo episódio de hoje do Chaves, que a Chiquinha e o seu Madruga inventam que ela estava com sarampo. No final ela pega. (Rá! Isso é uma vida legal - trabalho, ganho um dindin e vejo Chaves)

Uma frase engraçada para ilustrar um dia feliz:

"Caramba, Chaves! Eu sabia que você era burro, mas não a nível executivo."

Obrigado pela torcida. Segunda, 08/08/2005. Um dia feliz.

Oficialmente...


¡Hasta febrero!

Nossa Senhora!!!

Ia falar algumas coisas, mas abro espaço para uma única notícia que serve de introdução para o melhor de tudo:

A revista britânica Uncut promoveu uma eleição com um monte de gente, incluindo famosos e entendidos como Paul McCartney, Lou Reed e outros, para eleger músicas, filmes, seriados e livros que mudaram o mundo. Não quero nem saber da lista completa, o que me importa é que "Like a Rolling Stone", do Bob Dylan, ficou em primeiro lugar; Laranja Mecânica em quinto, Poderoso Chefão I e II em sextos (empatados); On the road, do Jack Kerouac, foi o livro mais bem colocado, em décimo-nono lugar.

Daí leio hoje a notícia que On the road está será adaptado para o cinema por ninguém menos que Walter Salles, que fez a genial adaptação de Diários de Motocicleta, e a produção executiva é do Coppola. Nossa Senhora, o que vem por aí?!
***
Tô tenso demais. Recebi uma ligação dizendo que vou receber um e-mail, só para ficar mais apreensivo. Meu Deus, me ajuda a resistir, meu frágil coração pulsa como nunca.

domingo, 7 de agosto de 2005

De trás para frente

Ontem minha infância ficou completa! Vi A fantástica fábrica de chocolate. O filme é bem como eu gosto - bem escrito, bem feito e completamente viagem. Eu ainda quero ver o antigo, mas posso dizer que este novo vale a pena.

Tenho que admitir também que o seu Depp é excelente ator. Não vi Piratas do Caribe nem pretendo ver, mas Em busca da terra do nunca é maravilhoso, e ele está completamente diferente. Versatilidade é tudo, e isso ele tem. Inclusive, as caras e bocas e o jeito perdido dele como Willy Wonka são espetaculares.

Fora ele, o menininho que eu não sei o nome também é muito bom ator. Se não fizer como o "menino esqueceram de mim", Macáuli Cóuquin (foi mal, não sei como escrever, fica assim mesmo), tem tudo para chegar aos 80 anos - caso as drogas e o dinheiro que vai perder no jogo permitam - arrebentando nos filmes que fizer.

Voltando ao filme. Sei porque é tão importante para as crianças. Mostra como pode dar problema ser mimado, viciado em TV (nerd, por assim dizer), não ter respeito pelos outros, ser falso e egoísta. Tudo que 99,17% das crianças tendem a ser ou fazer. Como os pais não se importam, não vêem ou acham engraçadinho, as crianças crescem assim e dá no que dá hoje em dia.

Inclusive, seria muito bom se passassem sessões ininterruptas na Barra da Tijuca. Tem muita gente lá precisando disso, e não só crianças. Como os adolescentes/adultos moradores daquele bairro podre ainda têm a mentalidade de meninos e meninas de cinco ou seis anos, mais ou menos, poderia surtir efeito. E se não adiantar, sempre vai existir a boa e velha surra.

Quero deixar claro que sou contra a violência, mas se é assim que eles gostam de resolver as coisas, sou favorável a dar uma amostra na mesma moeda de como pode ser ruim. De repente eles até gostam de apanhar, mas isso é outra história. E caso pra psicólogo.

Sexta vi Sin City. Tão bom quanto o anterior, com a diferença óbvia de conteúdo. Mas filmes assim me fazem bem, deixam eu extravazar minha ira através dos outros, e sem causar mal a ninguém. Fico imaginando se existisse um lugar assim, como eu viveria nele. Acho que me adaptaria bem, arrancando cabeças dos meus queridos inimigos.

Isso me lembra que odeio discussões. Por mim, tudo se resolveria de duas maneiras bem fáceis, diferentes para homens e mulheres. A vida é simples, a gente que complica. Mas às vezes pessoas resolvem complicar demais, e isso não é bom. Daí que surge meu "lado negro da força".

Sou um cara pacífico, mas bem sensível. Por isso, quando alguém toca neste ponto sensível preciso me defender. Sou tranquilo, mas nutro ódio a algumas raras pessoas. Tento fazer passar, mas certas coisas - e pessoas - cismam em reacendê-lo.

Por isso, queridos amigos e leitores esporádicos, não façam nada de ruim comigo. Podem acabar me fazendo lembrar de muita coisa, e isso não é bom. Ah, e isso não é ameaça. É um desabafo.

De qualquer jeito, Sin City passa a ser um dos meus filmes favoritos. E quero ser que nem o Mickey Rourke um dia. Tirando a cara feia.

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

Enfim...

Casos de família é o nome do programa. SBT é a emissora. Imagina o que sai dessa união?

Pois é, saiu isso mesmo. Para vocês terem uma idéia, a discussão de agora é "ela culpa os outros pela própria infelicidade". Funciona com uma dupla, normalmente mulheres, indo ao palco para uma dizer porque se sente infeliz e a outra dizer porque elaé infeliz. Depois das duas darem suas versões da história, algumas poucas pessoas - escolhidas previamente pela ignorância, acredito - do auditório falam o que pensam disso, uma psicóloga que diz coisas como "ninguém tem que nada" escracha com o alvo da dupla e o programa vai para os comercias. Aliás, os comercias condizem com o nível do programa.

É triste dizer, e não estou sendo nem um pouco preconceituoso, quando digo que isso é programa para gente de baixa renda (evitei dizer pobre para ninguém me encher o saco nem eu ser enquadrado naquela cartilha do Governo). Triste porque eles são os que mais precisam de alguma coisa que dê uma luz, que tenha um pouco mais de conteúdo para eles saírem dessa falta de pensamento e cultura. E nem venham me dizer que isso é cultura, porque se for assim tudo é justificável, inclusive neonazismo, terrorismo e preconceito. Afinal, tudo existiria por causa de pontos de vista divergentes.

Mas o mais triste disso tudo é saber que liguei a TV para ver Chaves e não tá passando. Sílvio Santos já foi mais legal...

É nóis!

A Ponte é notícia do Globo. Rumo ao Prêmio Nobel de Blogs, esse tal de Alexandre.

Pedala, Zuenir Ventura!!!
***
Caloi Davidson?

Querido diário,

"hoje eu acordei de super bom humor. Não sei como, porque fui dormir bem tarde e acordei 8:20 h, mais ou menos. Daí tomei afé bem rapidinho e fui para a casa de um amigo meu, o Rafa. Ele mora lá perto de onde eu treinava TKD. Passei o dia lá, criando conceitos para o CCRJ. Nossa, como é trabalhoso! Pelo menos eu almoçei bem e o trabalho rendeu.

Voltei e passei no banco. Tirei dinheiro para pagar as contas. Vim andando. Encontrei Guilherme no caminho, e a gente conversou um pouco. Cheguei em casa, li um pouco e fui encontrar Carol. Jantei na casa dela, beijei e voltei para casa. Vi futebol e depois vim escrever aqui (lógico, né? hahaha, que engraçado isso). Daqui a pouco vou dormir. Fui um dia legal."
***
Diário de crianças/pré-adolescentes/adolescentes devia ser assim. Não sei porque nunca tive oportunidade de ler um. Grandes coisa o que elas deviam esconder, porque gente nessa idade não tem históriainteressante para contar.

Deus, como meninas aguentavam escrever isso por anos a fio?
***
Não resisto a falar de futebol quando o Flamengo vence. E já são duas - eu disse duas - vitórias seguidas. Será que isso é o início dacaminhada rumo ao hexa brasileiro?
***
Mais possibilidades à vista. Mas o que eu mais quero nem me dá notícias. Se temalguémna torcida, continua aí. Assim que saircoloco um post comemorativo aqui e aproveito para fazer uma homenagem ao torcedor desconhecido, além de uma oração pelo bem de todos.
***
"Dinheiro na mão é vendaval, é vendaval...". Pena que eu não consigo juntar para saber.

quarta-feira, 3 de agosto de 2005

O bom e o ruim

Primeiro o bom. Domingo fui à formatura da Rachel, publicitária UFRJóloga, na Casa de España, em Botafogo. Sinceramente eu nem queria me formar, mas agora me sinto tentado a isso. Tudo muito bonito, tudo na amizade, mas o mais legal foi o hino.

Vocês devem ter passado pela experiência de ter que cantar o hino nacional ao menos todas as segundas, enquanto estavam no primário. Formavam fila por ordem crescente de tamanho e entoavam bonitinhos, em alto e bom som, todos os versos. Isso sem fazer nenhuma bagunça nem bater palmas.

Tudo bem que nem todo mundo aprendeu isso - tanto que boa parte das pessoas que estavam na formatura aplaudiram -, mas é bonito ver que existe gente que conhece a letra. E, para ser sincero, ouvir o hino ainda me emociona. Continuo cantando tudo alto e sem errar nada. Nem confundir "Brasil, um sonho intenso, um raio vívido" com "Brasil de amor eterno seja símbolo", coisa que 99,17% das crianças faziam. Não digo adultos porque tenho reparado que os afazeres dos mais velhos fazem que que eles esqueçam coisas "menos imporantes". Como essa letra, por exemplo.

Isso, sim, é ser patriota. Pelo menos eu penso. Acho muitomais importante saber cantar o hino que representa a nação a xingar argentinos porque eles colocam o coração em tudo que se rfere à pátria, por exemplo. Apesar de gostar tanto de argentinos quanto de paulistas-padrão, isso eu tenho que admitir...
***
Segunda fui almoçar com os abilidosos e os estrelados, e comi feito um porquinho desorientado no rodízio de massas. É bom ver que é possível fazer amizades de verdade em pouco tempo de convivência. De quebra, ganhei um freela no mesmo lugar de onde fui ido, o que vai ser muito útil para minha combalida finança pelos próximos meses.

Como se não bastasse, comi feito um urso prestes a hibernar em outro rodízio de massas, à noite. Dessa vez com a turma da UFF, grandes comunicólogos eamigos - dos melhores que eu tenho. Isso depois de fotografar em PB e badernar mais uma vez com o pessoal da formatura, que já deve estar de saco cheio de mim. É bom ver que dá para ter amizades em vários lugares diferentes.

Mas o fato de eu fazer amizades facilmente não deve se dever a uma possível cara de trouxa, que pessoas lá da Buenos Aires 93, 103 (loja de fotografia) devem ter visto em mim. Como alguém em sã consciência trocaria uma máquina manual sem fotômetro por um cartão de memória para a digital? Ou acreditaria que uma Nikon FM2 que custaria 1800 troços seria vendida, apenas por um belo par de olhos castanhos, a 1200? Ou que eu trocaria minhas duas máquinas - digital e manual - por uma FM2 usada?

Deus, será que estou encolhendo e não percebi? Será que tenho cara de criança? Ou será que eles têm um espírito aproveitador aguçado? Seja como for, só queiram ir lá para atirar a esmo e acertar um cara mais velho com cara de pilantra. No saco, para doer muito, e depois dizer que é por tentar enganar os outros.
***
Leiam e aprendam a cantar. Joaquim Osório Duque Estrada teve trabalho para escrever essa preciosidade. Copa do Mundo vem aí, pelo menos.

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante

E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito à própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza!
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado o sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.
Ó Pátria amada,
Idolatrada
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula:
Paz no Futuro e glória no Passado!
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme quem te adora a própria morte!
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,

Brasil

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

Hum...

Possibilidades?