sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Então foi Natal

Engraçado (força de expressão, isso não tem graça nenhuma), não lembrava como é difícil escrever depois do Natal. Dois dias parado e parece que eu esqueci o alfabeto inteiro. Ou melhor, só metade. Eu ainda sei grunhir umas palavras com um pouco de sentido.

Mas não vim aqui pra falar disso, porque com certeza algum colunista vai colocar a mesma coisa hoje no jornal - assim como, todo início de ano, pelo menos 2 deles escrevem sobre a dificuldade de se falar coisas diferentes no dia 1 (ou 2, 3, que seja) e como é quase impossível tirar assuntos do nada e falar sobre qualquer coisa, fazendo da falta de assunto um assunto. Batido.

Enfim, o importante é que uma parte da minha infância foi alimentada nesse Natal. Depois de 25 anos, recebi minha primeira pistola de água. Aliás, duas. E já parti pra guerra. Primeiro contra meu irmão, depois contra o líder opressor (vulgo pai), que usou de força desproporcional para combater os manifestantes (disparava com a mangueira do quintal). Se eu pudesse denunciar a situação ao tribunal de Haia, isso seria enquadrado como crimes de guerra contra a humanidade. Pobre povo, sempre sofre as piores conseqüências.

Essa pequena história de Natal prova algumas coisas. Carol me conhece. É sempre bom voltar pra casa dos pais e esquecer as contas a pagar. Família é insubstituível. Nunca é tarde pra brincar com pistola d'água. Meu lado criança é imortal. Eu não sei como acabar um post que começa num vazio da minha infância.
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E já que não sei como acabar, continuo com uma dica de filme. Contos de Nova York. Comprei a 16,90 dinheiros brasileiros na Livraria da Travessa do Barrashopping, e valeu cada centavo. São 3 histórias dirigidas por 3 até-que-nada-mal diretores: Scorcese, Coppola e Woody Allen. O primeiro faz um trabalho genial, o segundo cuida de uma história muito louca e o terceiro... Bom, é o Woody Allen. Um excelente filme pra quem não quer dormir por esses dias de vagabundagem. Com todo respeito ao espírito natalino e às expectativas pro ano novo.
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O melhor do Natal é você ver que pessoas importantes na sua vida, e pra sua vida, não esquecem de você. Na verdade, ainda são e se comportam como antes, mesmo estando há milhares de quilômetros de distância. Genial, tío!
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Que seja mais fácil acabar de escrever na postagem de ano novo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Seu Natal foi um tiro! rsrs. Deu pra perceber quando você escreve "estando há milhares de quilômetros"... ui... pistolinha d'água na cabeça hein? hehehe!