terça-feira, 30 de março de 2010

"Uno, grande, eterno, antimadridista" e freguês

Domingo foi dia de clássico... em Madrid. Atlético x Real, a rivalidade da capital à flor da pele. Algo que não se reflete na posição dos times na tabela, ou no investimento, ou no marketing, ou...

Como todo culé (torcedor do Barça), quero que o Real afunde nas próprias fanfarronices e suma do mapa. Assim, fui assistir ao jogo num bar da peña (torcida) do Atlético. Pequenininho, como a torcida. Mas todo empipadinho, como a torcida. Milhares de faixas, bandeiras, fotos, reportagens, e até uma baratinha passeando na parede, pra me recordar o bom e velho pé-sujo carioca. Vale registrar que foi a primeira barata que vi em cinco meses e meio aqui. Quase acredito que essa é a mascote do bar, como diziam.

Eles realmente são "antimadridistas", como fala o título deste texto - e como estava em uma das bandeiras. Xingamentos, piadas e gritaria eterna contra os blancos. E ainda saímos na frente! Mas, tal qual o Vasco diante do Flamengo (ou o Fluminense, ou o botafogo - com minúsculas, mesmo, como sempre), o pobre Atlético é freguês. Foi pro intervalo com 1x0 e bastaram uns 15 minutos da segunda parte pra levar 3 gols. Resultado: perderam e deixaram o Real junto do Barça, na liderança. O clássico do dia 10 promete incendiar o inferno.
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E, aproveitando o gancho do futebol, Armando Nogueira morreu. Admito que nunca fui fã dele (na verdade, achava um saco), mas é uma pena que se vá. Porque dificilmente dois jornalistas esportivos serão enterrados no mesmo ano - no bom sentido. O que quer dizer que ele fica.

Não desejo a morte ao "homem da palavra fácil". Mas é que a palavra dele fica mais difícil a cada dia. E não basta estar longe, tenho que sofrer com seus comentários em absolutamente todos os jogos do Flamengo, que sempre escuto na Rádio Globo. Isso é propaganda enganosa, e nem processar o Sistema Globo de Rádio eu posso. Me sinto castigado no exílio.

O Armando Nogueira era incrivelmente chato, com suas poesias tediosas sobre temas que já estávamos cansados de ouvir. Mas o Luizinho comenta com um Aurélio na mão - provavelmente a segunda edição dele.  E, por não entender muito bem como funciona esse negócio de tecnologia (quando ele começou, a rádio era literalmente ao vivo, com duas pessoas com cabos de vassoura na mão, falando de dentro de uma caixa de papelão), demora a se entender com essa coisa de microfone, dinâmica etc. Assim que uma frase tão simples como "o Dodô não sabe bater pênalti" demora uns três minutos pra ser completada - isso quando um repórter não o interrompe, e o narrador aproveita pra falar alguma coisa. Qualquer coisa.

Bom, fato é que o Cid Moreira continua firme e forte como azarão em todos os bolões de possíveis presuntos. O prêmio pela cabeça dele vai pagar mais que Mega-Sena acumulada. Talvez, tanto quanto 10% de uma obra pública qualquer de cidade do interior do Brasil.

Um comentário:

Cá disse...

Aliás, foi TÃO maneiro o Dodô perder dois pênaltis no mesmo jogo... heheheh!

Bjinhos!