sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Onde está wAle???

Gente, olá outra vez. E desculpa a orfandade em que os deixei, mas estava deveras ocupado com um milhao, quatrocentos e trinta e três coisas que deveria ter feito. Explico (aos poucos). E tentando resumir, porque continuo sem tempo. Explico isso também.

Semana passada foi minha última semana completa em Sevilla, já que está semana começaria minha rodada frenética por aí. Aliás, a contagem regressiva que deu errado era justamente para isso, mas como nao tive acesso à internet diariamente...

Assim sendo, tinha que fazer tudo ao mesmo tempo. Presentes, arrumar coisas, achar minhas coisas, preparar meu aniversário - é, para quem nao lembrou foi dia 22, sábado - e coisas mais. E como se nao bastasse tinha que viajar, me sentia na obrigaçao de conhecer mais da Andalucía antes de deixá-la.

Assim, quinta e sexta estava na estrada mais uma vez. Eu, Naty, Tay e Isabela representando o Brasil, Samir e Leonel a França, Thibaud a Bélgica e Jack o Equador (ou coisa parecida) fomos em dois carros a Antequera e vimos el Torcal, um sítio de rochas sedimentadas incrivelmente bonito. De lá fomos à Granada, vimos dança do ventre e comemos e bebemos coisas árabes. De lá dormimos nos carros e, no dia seguinte, nos despencamos a Sierra Nevada para praticar skybunda gelada, esporte que deve entrar nas Olimpíadas de Inverno de 2083 em Burundi - isso se as previsoes que coloquei da última vez estiverem certas.

Voltamos sexta à noite e fui dormir bem tarde, acordando cedo no dia seguinte porque trabalhava das 14h às 0h, quando virava para meu aniversário. Meu último dia leviano foi bem divertido, apesar de doloroso. Fui graduado branca-ponta amarela em Levies, joguei mais baseball com laranja e servi bebidas de graça. Para mim, inclusive.

A galera foi chegando, e ouso dizer que se nao fosse meu aniversário o bar estaria mais vazio. Bem mais. e foi muito legal ver a galera prestigiando um dia tao especial, e que pesava bastante por estar longe de casa. Os brasileiros, os gringos, até o dono do bar. Talvez por estar com medo de que aquilo virasse bagunça, mas nao importa. Até porque, ele foi um dos que mais fez zona.

Ganhei bandeira da Espanha assinada por todos (copyright trademark registered all rights of idea reserved to Naty e Tay) os presentes, ganhei mais presentes e quase chorei um milhao de vezes. À meia-noite rolou contagem regressiva em polonês, holandês, castellano, andaluz, catalao, alemao, francês, árabe e nosso velho e querido português, claro, ns últimos dez segundos. Incrível o que essa galera significa para mim, cada vez mais.

De lá saímos e passamos perrengues na rua, mas sobre isso nao falo. Domingo rolou bolo surpresa na casa da galera (copyright trademark registered all rights of surprising idea reserved to Bruno, Ste, Carmem, Karen, Pepê, Joana e Felipa, com o bolo sendo feito pelas quatro últimas). Aliás, de morango, de babar. Ficamos até tarde.

Segunda fui acabar de fazer o que tinha que fazer, e nao consegui. Acabei indo pro Bar Internacional com Tay, Thibaud e Lore provar cervejas belgas. Que sao realmente boas. Assim sendo, quando fui me despedir da galera na terça, nao deu pra segurar. No Levies só foi uma cara de tacho prestes a chorar, mas no apê da galera parecia uma criança. Só faltou eu me agarrar na porta para nao ir.

E como nao podia deixar de ser, apesar de meu ônibus sair quarta às 10h, ainda nao havia arrumado a mala. E se nao fossem Marina e Rê para jogar tudo dentro dela, de madrugada mesmo, nao teria conseguido. E ainda assim, acordei 8:30 de quarta só porque Marina me chamou. Joguei tudo dentro do mochilao da menos pior maneira que pude e, como nao podia chegar à tempo, matei dez euros num taxi até a rodoviária (ps: o motorista, ao tirar a mala grande do carro, me perguntou o que pesava tanto; deveria ter dito que era meu anao de estimaçao que tinha morrido, só para ver a reaçao dele, mas perdi a chance...). Cheguei faltando 15 minutos para meu ônibus sair, tempo de tomar um café. Lore, a belga, foi solitária despedir-se de mim, porque disse que sentiria saudades do único amigo que tinha feito aqui. Nao duvido, "sou por demais inesquecível" (copyright trademark registered all rights of surprising idea reserved to Falcao).

Tomei café e quase perdi meu transporte querido que me traria de volta a Madrid, onde tudo começou. Mas cheguei a tempo e parti, ouvindo feliz meu novo filhote (um MP3 de 512 verde-bonito, que divide em pastas e tudo o mais).

A viagem foi dolorosa, é triste deixar tudo que conquistei com tanto sacrifício para trás. Mas bola pra frente, uma grande viagem me espera. E já com obstáculos, porque o puxador da mala grande quebrou - provavelmente devido ao peso - na escada rolante da estaçao de metrô, indo para o aeroporto, onde ia encontrar Bruno, que me recebeu aqui e é mais um amigo que ganhei nesta viagem doida. Sufocos à parte, cheguei sao e salvo e ontem já comecei a explorar a cidade, andando bastante e conhecendo muita coisa e descobrindo porque Madrid é tao bem falada. Linhas de metrô sao 11, e a cidade é linda. Bom início, apesar dos 0 graus pela manha...

Hoje comi churrasco e tomei guaraná. Vou jogar futebol, se Deus quiser graças a Deus. E isso tudo com a passagem para Barcelona já comprada para o dia primeiro às 9h. E assim sigo.
***
Vale (demais) citar que recebi ligaçoes no meu aniversário do Brasil. Minha família toda, Carol e seus pais e toda a galera do churrasco da turma e Andrezinho e Manu e Bárbara. Se quiserem me fazer chorar, é só demonstrarem afeto. Sou grande mas sou bobo.

Descobri, aqui, que meu coraçao é gigantesco, porque amo muitos que estao no Brasil e recebi de presente de aniversário mais um montao de gente daqui para amar. Sem ciúmes, pelamordedeus...
***
Aos meus amigos brasileiros, do Brasil e daqui, e isso inclui minha família - que é minha amiga como um todo - e Meily, que faz aniversário hoje e nao consegui falar com ela, fica uma música que mostra um pouco o que sinto e o que passei e passo e diz um pouco do que quero dizer, mas nao consigo.

"Barão Vermelho - Meus Bons Amigos

Meus bons amigos, onde estão
Notícias de todos quero saber
Cada um fez sua vida de forma diferente
Às vezes me pergunto: Malditos ou inocentes?
Nossos sonhos, realidades
Todas as vertigens, crueldades
Sobre nossos ombros aprendemos a carregar
Toda a vontade que faz vingar

No bem que fez prá mim
Assim, assim, me fez feliz, assim

O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo e imperfeito
Meus bons amigos, onde estão
Notícias de todos quero saber
Sobre nossos ombros aprendemos a carregar
Toda a vontade que faz vingar

No bem que fez prá mim
Assim, assim, me fez feliz, assim

O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo e imperfeito

O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo e imperfeito"

Quero bem demais a todos vocês, gente. Sempre. Fase inesquecível e amigos inesquecíveis, onde quer que estejam. No Brasil ou aqui na Europa.
***
E para Alberto, Julio, Irene, Joana, Felipa, Thibaud, Lore, Lio, Samir, Matthias, Mattio, Ana, Paulita, Gonzalo e os vários vários vários amigos estrangeiros que fiz aqui, fica uma pequena mostra de que todos sao inesquecíveis. E que espero estar sempre com vocês, onde quer que vocês resolvam estar.

"In this great future, you can´t forget your past
so dry yours tears, i say..."

Grande beijo para todos! E tentem sempre descobrir (aqui) "onde está wAle" (copyright trademark registered all rights of surprising idea reserved to Alê).

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