quinta-feira, 4 de maio de 2006

Músicas e tristezas

Como havia prometido:

Um, meu setlist imaginário pessoal - Riders on the storm (The Doors), Purple Haze (Jimi Hendrix), Boys don't cry (The Cure), The lost art of keeping a secret (Queens of the Stone Age) e Meus bons amigos (Barão Vermelho). Esta última seria variável, e digo que seria o quinto elemento agora pelo que estou sentindo. Já, já, falo sobre isso.

Dois, a polêmica pirracenta do Garotinho - poucas vezes vi uma tentativa de chamar atenção dar tão errado. O partido é contra, a oposição só comenta para ridicularizar e quase todos na rua debocham da sua greve de fome. Só não são todos porque os fanáticos religiosos bitolados seguidores do futuro ex-chupeta de vulcão o apóiam e gritam palavras de incentivo, como comprovei hoje no centro da cidade ao voltar para casa. Tomara que o incentivem até que ele não aguente mais de fome e morra. Se possível, que seja logo.

O problema é a quantidade de gordura para queimar. Ele tem tanta que poderia hibernar. Parece um urso.
***
Agora o não citado em postagens anteriores. A tristeza bate forte à porta. Mais saudade que tristeza, mas aí uma coisa acaba puxando a outra e caga tudo. Culpa dos malditos cientistas, que ainda não inventaram uma máquina do tempo.

Se tivessem conseguido isso, que além de não ser nada difícil (eles já conseguiram façanhas muito mais impensáveis, como chiclete sem açúcar e colocar um brasileiro no espaço) é fundamental para a evolução do homem, eu poderia fazer, refazer, consertar e reviver muita coisa.

De onde tirei isso tudo? De duas fotos que acabei de ver. Uma foi da minha pequena linda, linkada aí ao lado. O lugar é o campus do Gragoatá, aonde tudo começou. Dali saíram beijos, conversas, sufocos, revelações, decepções, términos e retomadas e inúmeros momentos felizes que marcaram minha vida. Já tinha até um cantinho todo meu (nosso, Cá) e a foto mostra parte dele. Hoje, não tenho mais tempo para voltar lá e fazer um pouco como era antes. Às vezes, era tudo o que eu precisava para sossegar minha alma e entender minha vida outra vez. Mas não posso.

A outra foto são duas, mas de um mesmo lugar e evento. Recebi um email da Naty, grande amiga sevilhana, parceira de incontáveis perrengues, momentos felizes e inesperados e surpresas e tudo que um intercâmbio reserva para pessoas legais (falo dela), com fotos da festa Brasil do Erasmus, que ela ajudou a organizar. Nela aparecem tantas pessoas que sinto uma saudade imensa e que não posso rever agora. Na verdade, nem sei quando vou rever. Agora dói demais o fato de ser cabeça dura e orgulhoso e não ter marcado minha viagem para um mísero dia depois do que havia planejado. Madrid não vale sete dias. Só faltou eu me convencer disso antes de fazer a burrada.

Daí olho para a foto e penso que poderia ter encerrado minha estada em Sevilla com chave de diamante banhado a ouro perolado, com todos os que gosto dançando comigo enquanto escutaria música brasileira e riria até explodir. Mas agora não tem mais volta, tanbém.

Estou lendo "A arte da guerra". Ele ensina a analisar toda a situação antes de tomar decisões. Mas para mim não precisava de tanto, bastava pensar um pouco ao invés de ser impulsivo ao extremo.

Moral: impulsivo=burro.

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