domingo, 28 de agosto de 2005

Tome nota

*A ilha é desolador. Vejam bem, não disse que o filme é ruim, chato ou sem sentido. Disse desolador. O que o coloca em um patamar acima apenas da Sogra, que está no nível Faustão de filmes.

Basta dizer que o "roteirista" pegou Admirável mundo novo, um clássico do Huxley, arrancou as páginas, mandou encadernar e entregou para algum diretor cego de Hollywood. Mas se fosse só isso seria bom, o negócio é que ele resolveu misturar com elementos da Colônia, filme com Van Damme (?) e Rodman - imaginem o nível - e vinheta de final de ano da Globo, como bem disse o poeta. Tinha que dar nisso.

*Churrasco de reencontro é sempre muito bom. Pena que o desse sábado foi um reencontro-despedida. Se me serve de consolo, tenho casa em Nuremberg.

*Acordar cedo domingo é fim de carreira. Apenas um bom motivo justifica tamanha heresia para com o deus da preguiça, Beddo. O problema é que o que eu fiz não justificou.

*Aprendam, crianças: religião não é sinônimo de educação. Alguém que vai para uma palestra aprender sobre Espiritismo e fura fila, faz cara feia ou é inconveniente e fofoca não pode ser levado(a) a sério. Mas não faz mal, ainda acredito no Espiritismo.

*O concurso que tanto esperava pode se transformar em uma piada de mau gosto, com direito a falcatrua e impunidade. Cada vez me decepciono mais com publicidade (e muitos publicitários). Mas o que mais me impressiona é ver como as pessoas não reclamam do roubo. Reclamam de não poderem roubar. Porque assim que elas têm a chance caem em cima como abutres famintos. Até gente que deveria estar do seu lado. Gente pequena, essa...

*Brasil, ame-o ou deixe-o. Querem que eu deixe, mas continuo acreditando. Persistência é tudo.

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