quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Coisas da vida

Quando a vida lhe sorri, pode ter certeza de que ela apenas não entendeu aonde você queria chegar. Porque, a hora que cair a ficha, ela vai resolver curtir com a sua cara e Murphy entrará em ação. Tem outra explicação para eu passar meses querendo voltar à praia e, justamente quando eu tenho a chance, o sol querer desaparecer?
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Ontem à noite foi uma beleza! Havia tantos mosquitos no Moema (ah!, Moema...), que consegui matar pelo menos uns quatro sem lentes. Caso achem normal, lembrem-se de que tenho seis e seis e meio de miopia. Isso fora os que matei enquanto enxergava bem.

Raça inútil. Eles e as baratas poderiam desaparecer sem fazer nenhuma falta. Afinal, o que eles fazem de tão importante para a natureza em si? Qual a sua função? E nem me venham com aquele papo besta de equilíbrio do ecossistema. Eles são tão úteis para a vida quanto um mapa de Burundo para um venezuelano cego.
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Vocês já pensaram na falta que faz um "passe livro"? Alguma coisa que desse descontos todas as vezes que fôssemos à uma livraria ou sebo, abastecer nossas queridas e limitadas mentes com cultura.

Falo isso porque hoje fui à Leonardo da Vinci, lá na Rio Branco. Fiquei tão abismado com a quantidade de coisas interessantes disponíveis quanto triste pela minha falta de cacife para bancar meus sonhos de consumo literários. Senti-me tal qual um menino de aparelho e cheio de cáries em uma loja de doces, ou dentro da Fábrica Wonka. Deprimente.

Cheguei a achar livros do Flamengo, a história de Maradona e Ali por eles mesmos, Bresson, as coletânias de todos os anúncios americanos das décadas de vinte a setenta... Deus, quanta coisa!

Por isso que as pessoas vêem novelas, Ratinho e o grande irmão (Golias? Davi? Caim? Abel? Yao Ming?). Falta de opção. Porque tenho certeza de que, se o povo tivesse acesso, só leria Poppe, Eistein e Pelé. Edson, não.

Hasta la victoria con los pase livros siempre.

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