sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Muito gira!

Sim, como vocês devem - ou deveriam - ter lido, estive em Portugal por esses dias. Seis, viajando de sul a norte do país. E dirigindo, revezando com o Bruno pelos tapetes que são as estradas européias. E com a companhia de Pepê, Carmen e Karen, que moram com ele.

O roteiro foi Sevilla-Faro-Lisboa-Sintra (onde se bebe Cintra; não, não bebi)-Porto-Sevilla. Mais ou menos vinte e cinco euros de pedágio na ida, nada na volta. Isso porque cortamos todas as cidades possíveis e imagináveis de lá e mais várias da Andalucía. Babem, ó pá!

Depois de passar uma vida fazendo piada deles, percebi que estava certo. Eles são limitados. Ou "literais", como Bruno diz. Mas são muito mais do que isso, e posso dizer que fiquei orgulhoso de ter antepassados lusitanos.

Eles são cordiais, simpáticos, solícitos, desenvolvidos, limpos e absurdamente crédulos nos que conhecem. Ou que não conhecem mesmo. Ficamos cinco brasileiros na casa da mãe de uma portuguesa amiga nossa (com ela aqui), comemos, dormimos e ela nos deixou sozinhos no seu apartamento sem o menor problema. Depois de conhecer Vera voltei a ter um pouco mais de fé na humanidade, sem exagero algum.

Faro é praia. Lindíssima. Lisboa é capital de lá e evoluidíssima - só de linha de metrô tem umas quatro, e com tevês de tela plana em toda a estação. Seu potencial turístico é muito bem aproveitado, e curtimos mesmo com chuva. Aliás, como chove e faz frio naquele país!

Sintra é uma maravilha à parte, e mesmo pegando um pé d'água no meio da mata curtimos demais. É lindo. E Porto, capital mundial da cultura de 2001, não fica atrás. Além de muita coisa para se fazer, que não fizemos por não dispor de tanto tempo assim, tem um climão de cidade médio porte que adoro. Fora a Casa da Música, projeto do holandês de Rem Koolhaas que encanta Bruno e me deu aquela vontade de ser arquiteto só para, um dia, fazer alguma coisa grandiosa assim. Mas relaxem, meu negócio é com a escrita, vocês não vão ficar órfãos de me ler...

Poderia falar por seis dias dos seis dias que passei lá. Poderia falar das pessoas que conheci, com destaque também para ADA (amigos dos amigos) que me receberam no Porto como se fosse velho conhecido - André, Paulinha, Paty e Carol. Todos gente fisíssima, que terei o maior prazer de receber quando vierem para cá em dezembro. Mas o mais importante é ver outras coisas, conhecer novas culturas, vivenciar coisas novas que ajudam cada vez mais na minha formação pessoal, do caráter que tenho e que reforçam minhas convicções e vontades.

Faço das palavras do Bruno as minhas, quando disse que somos um povo ainda engatinhando e cometendo erros para evoluirmos. Espero fazer parte da novra safra de brasileiros responsáveis pela mudança que nossa sociedade tanto precisa.

E, claro, me alegra ver que as pessoas que conheço e estou conhecendo também têm toda a capacidade de fazer isso. É bom ver que podemos crescer.
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Minha linda fez uma declaração de amor que dispensa comentários no seu flog, que está linkado aí do lado, e me senti na dívida com ela. Não por obrigação, mas pela vontade de falar sobre ela. Carol é a mulher da minha vida, a não ser que ela não queira. Estou cada dia mais apaixonado pela pequena, que aliás se mostra cada vez mais inteligente.

Será que o BNDES vai ganhar uma funcionária de 1.565m?
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Palmas também para o cabeçudo do meu irmão. Impressionante como ele me deixa orgulhoso. Ainda não falo nada, mas espero dar grandes notícias em breve. Mas seja como for, ele já mostrou do que é capaz.

Quero ter um filho igual a ele. E se for filha, que seja que nem minha pequena.
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E não podia deixar de citar o básico do básico: cada coisa que consegui, acda vitória que tenho, cada aprendizado, devo aos meus pais. Claro que eles não lêem a Ponte - o que, aliás, prova que não escrevo para puxar saco -, mas quero deixar marcado que, se algum dia vocês quiserem mudar o mundo, ou ao menos que seus filhos queiram fazer alguma coisa a mais, então dêem educação a eles. No mínimo igual a que eu tive. Que é a melhor que eu poderia ter.

É assim que se começa a mudar as coisas que queremos.
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E, só para deixar vocês por dentro de como anda aqui, depois desta viagem e da minha dor na consciência de ainda não ter arrumado emprego, resolvi colocar minha cabeça no lugar e fazer tudo da faculdade o mais rápido e melhor possível. Não que antes não quisesse, mas faltava um empurrãozinho. Este, para ser mais exato.

Até dezembro devo apresentar um trabalho oral sobre música e literatura brasileiras, relação com a espanhola, criatividade e gênio (na concepção platônica do termo). Ainda rola mais um que não lembro qual e um site boladão norótico sobre alguns bairros de Sevilla, linkado à Ponte (claro). Vou estudar italiano e francês com mais afinco e caprichar nos meus escritos. quero voltar com um livro, espero.

E para pegar uma isnpiração gostosita, vou ao Festival de Cinema de Sevilla. Confiram aqui qual é a da parada. Hoje vejo Delecarlians, Con todos mis respetos e Chats Perches. E por aí vai. Depois conto como foi.
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Última parada desta postagem, prometo: toda semana vai rolar uma indicação de página legal para vocês conferirem. Toda sexta, para ser mais exato. E o de hoje não poderia ser diferente:

www.us.es

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